Decepções

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*FanFiction de A Seleção sobre a vida de Kriss Ambers, ex-selecionada, após Maxon escolher America.*

É isso. Eu perdi. Acabou. Não posso, não quero acreditar, mas é isso. Maxon escolheu America e não a mim. Talvez eu já soubesse desde o início, mas quando ele começou a passar mais tempo comigo acreditei que ele realmente havia mudado de opinião, até mesmo que me amasse como eu o amava - não- como eu ainda o amo. Me enganei, sempre foi ela, desde o início.

A cerimônia de casamento real já acabou a horas. Tentei me manter firme e continuar até o fim da festa, mas não pude, não fui forte o bastante. Consegui permanecer até a entrada do casal real, mas quando vi Maxon radiante de braços atados a ela não pude suportar. Eu é que deveria estar ali. Talvez não estivesse com um vestido tão simples, e também não escolheria tão poucas jóias e nem estaria com o cabelo em uma cor tão radiante, mas com toda a certeza
estaria com um sorriso tão grande quanto o de America, e olharia Maxon com olhos que transparecessem o mesmo amor que America transmitia com os dela. Sim, ela o ama. Isso eu não posso negar.

Estou em casa, no meu quarto. Vim para cá assim que saí da festa. Tive que driblar vários repórteres, mas meu pai me ajudou a sair sem ter que dar mais uma entrevista dizendo o quanto estou feliz por America. Não, eu não estou.
Choro a vários minutos com a cabeça enterrada em meu travesseiro. Eu estava tão perto de ser a nova rainha de Illéa. Não que esse fosse o meu principal objetivo, na verdade eu queria Maxon - ainda o quero.

Ouço batidas vacilantes na porta. Não desejo responder. As batidas persistem e vejo que terei que me pronunciar.

-Kriss?!- Minha mãe chama do outro lado.

Desencosto meu rosto do travesseiro e respondo, buscando o tom de voz mais gentil:

-Estou aqui, mãe.

-Filha , o jantar está na mesa. Não vai descer?

-Não estou me sentindo muito bem, mamãe. Estou com dores de cabeça e sem fome nenhuma.

-Querida, você precisa se alimentar.
"Querida". Era assim que Maxon costumava me chamar. Sinto um nó em minha garganta.

-Obrigada, mãe. Agora tudo o que quero é dormir. Prometo que comerei bastante pela manhã.

-Tudo bem, Kriss. Boa noite.

E após dois segundos:

-Eu te amo, filha.

Uma lágrima escorre solitária pelo meu rosto.

-Eu também te amo, mãe. Boa noite.
Sinto-a afastar-se vacilante de minha porta, e logo ouço seus passos descendo as escadas. Estou sozinha novamente.

Vagarosamente sento-me na cama e olho para o travesseiro no qual eu estava chorando. Ele está manchado pela maquiagem que eu nem sequer tirei antes de deitar e cair em prantos. Não será hoje que eu a tirarei.
Ensaio para me deitar novamente mas, antes que isso realmente aconteça ouço a campainha tocar. Isso não é novidade, afinal são apenas oito horas da noite.

Me esforço para me manter sentada na cama, mas o meu corpo não me obedece. Corro até a janela. Minha mente devaneia que talvez pudesse ser Maxon, arrependido, me pedindo para voltar, e é óbvio que eu voltaria. Bobagem. É claro que não é ele. Tampouco é uma figura totalmente desconhecida. A porta da sala é aberta e a luz invade a varanda, então posso ver claramente a figura outrora misteriosa. Me surpreendo. É Josh. Mas o que ele está fazendo aqui?

A FinalistaWhere stories live. Discover now