1°Hope

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Hope encarou a porta de sua casa, subiu os degraus da entrada, respirou o mais fundo que conseguiu. Ela não sabia o que aconteceria assim que entrasse, entretanto, nada mais seria igual antes. Respirou profundamente novamente e girou a maçaneta, abrindo a porta.

Karmi se virou rapidamente, assim que ouviu a porta sendo aberta para encarar quem entrava, seu olhar acusador encontrou-se com os olhos cansados de Hope e está logo percebeu que viria uma longa discussão pela frente.

Karmi rodeou o sofá e caminhou até Hope. – O que passou no jornal é verdade? Hiro e todos os outros são a Operação Big Hero? – Karmi gritou. Elena se aproximou, para tentar contê-la.

Hope encarou sua irmã, estava cansada, todos os seus músculos pediam descanso.

- Logico que não é verdade, Karmi. Acha mesmo que Hiro é o líder da Operação Big Hero?

- Antes eu não achava, porém, depois da reportagem, tudo se encaixa perfeitamente. Os sumiços sem explicações, as mentiras esfarrapadas, que a Operação Big Hero e eles nunca estiveram no mesmo lugar. – Karmi assumiu uma posição de poder, dizendo: - Não tente proteger seu namorado!

O nojo na voz de sua irmã foi nítido, fazendo com que Hope a encarasse com ódio. Sua cabeça estava cheio de problemas por demais para lidar com o rancor de Karmi. Sorriu sarcasticamente:

- Eu não estou protegendo ninguém! Hiro não é o líder da Operação Big Hero, não irei repetir.

- Continuará mentindo? – Karmi elevou o tom da voz – Para proteger o Hiro?

Hope encarou sua mãe de soslaio, que continuava calada vendo toda comoção, sabia que não poderia contar com o apoio dela naquele momento. Elena tanto quanto Karmi queria ouvir de Hope a verdade.

Hope fez um barulho com a boca, não estava disposta a continuar discutindo, havia muito o que pensar, desviou de sua irmã e pôs-se a caminhar.

- Ainda não terminei – Karmi gritou, virando-se e agarrando o cabelo de sua irmã – Diga a verdade, Hope!

Hope segurou as mãos de sua irmã, para aliviar a tensão em sua cabeça. Elena ordenou que Karmi soltasse Hope, mas esta estava completamente cega pela raiva. Karmi continuou a puxar e Hope não teve escolha a não ser se defender. Diminuindo o espaço entre elas, Hope agarrou o pulso de sua irmã e enfiou as unhas, fazendo Karmi afrouxar o punho, passando a perna por detrás da perna de Karmi levantou sua irmã e a lançou no chão, segurando seu pulso, controlando sua vontade de torcê-lo.

Elena encarou Hope. – Eu já disse a verdade, você que não quer a aceitar. – Hope disse, soltando o pulso de sua irmã. Vou para o meu quarto.

Avisou apenas para entenderem que ela gostaria de ficar sozinha, subiu as escadas correndo e assim que entrou no quarto, trancou a porta e lançou na parede sua mochila. Passando as mãos pelos cabelos, se agachou chorando.

Abraçando as pernas, tentou conter o barulho dos soluços, tudo o que ela menos precisava naquele momento era discutir com sua irmã. Chorou até que sua cabeça doesse, depois se arrastou para sua cama e ficou deitada olhando para o teto.

Perdeu a noção do tempo, não sabia quantas horas ou se apenas minutos haviam se passado, mas seu olhar não desviou por nenhum momento do teto de seu quarto. Se no início da semana ela não obteve respostas para o ataque de Yamá, ela encontrou mais do que respostas, foi lhe apresentado um novo problema.

O segredo havia sido revelado.

Com toda a confusão, Hope não teve tempo de saber como seus amigos reagiram com a descoberta, nem se estavam bem. Hiro teve que voltar para o café de sua tia não muito tempo depois da revelação. Era como se uma nuvem escura pairasse sobre a cabeça de Hope, seu peito doía de angústia e ansiedade, não tinha como prever o que aconteceria daqui para frente.

Hope tinha tantas novas perguntas em sua mente: Como resolveriam aquele problema? O que faria para desmentir a verdade? Quem havia revelado o segredo? Contra quem estavam lutando? Muitas perguntas sem respostas. Queria chorar mais, porém seus olhos não tinham mais lágrimas para serem derramadas.

Hope sentia suas mãos atadas, em poucos minutos sua vida virou de cabeça para baixo e quanto mais pensava mais seu peito doía. Uma angústia e agonia faziam seu corpo doer e suas pálpebras se fechar. Seu corpo e mente estavam cansados e a única coisa que lhe dava esperança era saber que pelo menos a sua identidade estava segura.

Mas antes de adormecer, lhe ocorreu uma pergunta: por quanto tempo sua identidade estaria segura?

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Voltei, meu povo, mais um capítulo para vocês...

Espero que Gostem... :)

...Até a Próxima...

A Sétima Big Hero - Liga de VilõesOnde histórias criam vida. Descubra agora