5°Hope

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Era tarde da noite, as pálpebras de Hope estavam se fechando, enquanto encarava a tela do computador. Balançando a cabeça para tentar permanecer acordado, decidiu olhar em volta, percebeu que seus amigos também estavam tentando evitar dormir enquanto trabalhavam no protótipo de robô que deveria se passar por Hiro. Fred era o único que já havia sucumbido ao sono há muito tempo e roncava baixinho.

Hope massageou as têmporas, vendo que o relógio marcava dez horas da noite, se levantou rapidamente, sentindo o último fiasco de energia tomar o seu corpo.

- Não acredito, está muito tarde – disse alto, acordando aqueles que lutavam contra o sono – Meus pais irão me matar.

Gogo levantou-se bocejando. – É melhor irmos embora, não vamos fazer muito progresso se não descansarmos.

Não houve protestos, todos estavam cansados tanto fisicamente como emocionalmente. Fred levou todos para casa em sua limousine preta. Hope não conseguiu aproveitar o passeio, já que passou todo o caminho até a sua casa cochilando levemente.

Entrando em sua casa, Ryan foi o primeiro a recepcioná-la, teve que aguentar o sermão de seu pai que pediu encarecidamente que ela os avisasse que ficaria até tarde na universidade. Hope, cansada e desejando profundamente dormir, apenas concordou com a cabeça, implorando internamente para que sua mãe interrompesse o falatório de seu pai. Começou a caminhar e, passando por Caio, percebeu que naquela semana ele não tinha ido para a faculdade.

Estava concentrada nos acontecimentos e em como ajudar Hiro e seus amigos que se esqueceu de conversar com o seu irmão. Esqueceu que ele poderia facilmente desmenti-la perante todos os membros da família. Hope acenou com a cabeça e subiu as escadas, não tinha forças naquele momento para conversar com seu irmão.

A revelação havia sido na segunda-feira daquela semana, no sábado ele havia descoberto a verdade, já era quarta-feira e ainda assim Caio não havia falado nada desde então. Decidiu acreditar que ele permaneceria calado até que chegasse o momento certo para conversarem, o que provavelmente seria logo.

No dia seguinte, bem cedo pela manhã, Hope e seus amigos estavam em seu laboratório. O projeto estava quarenta porcento completo, mas ele sabiam que não conseguiriam finalizá-lo. Permaneceram no projeto e faltaram em todas as aulas, mas não pareciam fazer grande progresso, para Hope não haviam feito progresso nenhum.

Construir um robô que deveria agir da forma exata que Hiro para que ambos pudessem ser visto juntos deveria ser algo fácil, mas estavam iniciando o projeto desde o começo e não tinham tempo para testá-lo antes. Hope suspirou cansada, olhando a hora em seu celular percebeu que logo daria o horário combinado.

- Não dará tempo de terminar – Wasabi disse, de repente – Esse tipo de projeto é para ser feito em uma semana. Precisamos pensar em outra ideia.

Wasabi disse aquilo que todos na sala estavam evitando pensar.

- Hope, o melhor que podemos fazer é adiar o encontro – Honey Lemon disse – Cass ficará irritada, mas logo passará assim que conseguirmos colocar Hiro e o Capitão Fofo junto.

Hope olhou para Gogo que expressava um estado de paralisia e confusão, ninguém na sala sabia ao certo o que fazer. Sentindo o celular vibrar em seu bolso, abriu a notificação que recebeu, leu a notícia e colocou a mão na boca incrédula. Olhando para seus amigos, disse:

- Infelizmente, não temos a opção de cancelar o encontro. Vejam.

Hope reproduziu a notícia do site que havia assinado para receber qualquer informação nova sobre a Operação Big Hero. Todos suspiraram cansados, vendo que havia muitas pessoas em frente à cafeteria de Cass esperando ansiosamente pela aparição do Capitão Fofo. Eles sabiam o que aquilo significava, se eles não levassem o robô para se passar por Hiro, todas as pessoas que esperam ver o Capitão Fofo teriam certeza de que Hiro é um super-herói e, naquele estágio, seria impossível provar o contrário.

A Sétima Big Hero - Liga de VilõesOnde histórias criam vida. Descubra agora