A Sétima Big Hero - Liga de Vilões

10°Hope

Sobrevoando a cidade que brilhava com o sol escaldante daquele dia quente e sem nenhuma nuvem no céu para dar-lhes que fosse uma pequena sombra, Hope repassava os acontecimentos do dia enquanto se aproximava do local que estava sendo atacado pelas vilãs e, ao mesmo tempo, se perguntava onde que elas estavam com a cabeça de roubarem um banco em plena luz do dia?

Hope não podia suspirar por mais que quisesse, havia aceitado a proposta (chantagem) de Harry e lembrava-se do largo sorriso que o rapaz dera ao vê-la de mãos atadas contra sua proposta. O que ele queria? Era sua pergunta constante desde que saiu correndo do laboratório ao receber a mensagem de Baymax e durante toda a conversa com o grupo e até mesmo enquanto criava uma viseira igual à de Wasabi para usar na batalha no lugar de seu capacete que ainda estava quebrado depois da última luta.

Tudo em sua mente, ou quase tudo, girava nessa pequena pergunta e, a partir dessas perguntas, outras surgiam. Se ela não fizesse o que ele queria, o que aconteceria? Devia contar para seus amigos? Devia contar para Hiro? O que deveria fazer ao saber que não só a identidade deles, mas a dela havia de alguma forma ficado exposta? Eles já tinham problemas por demais, precisavam lidar com Harry sozinha.

Desviou por pouco de um prédio ao fechar rapidamente os olhos em um quase suspiro, devia ter permanecido firme, assim ele não teria confirmações ainda mais concretas de que ela realmente era a Imagine. Foi burra. Porém, naquele momento, não sabia o que fazer a não ser aceitar seus termos, termos que naquele momento eram simples, mas que no futuro, talvez um futuro mais próximo do que desejava, poderiam tornar-se perigosos.

Hope pousou no prédio em frente ao banco que estava sendo atacado e viu várias faíscas de eletricidade por todo o local. Fumaça saía da entrada, que estava completamente destruída, do banco e não dava para enxergar o que estava acontecendo dentro do local. Encarando suas luvas pretas, respirou muito fundo, recordando a ideia que teve antes de se afastar de Hiro. Aquilo precisava funcionar.

Respirando fundo mais uma vez, pressionou o botão quase imperceptível no interior de sua luva esquerda e criou seis pequenos discos brancos, quase transparentes com pequenas lentes no centro de cada disco, aquilo iria esgotar sua energia e lhe deixar com pouquíssima nanotecnologia, mas era necessário se queria proteger seus amigos.

Lançando os discos para o alto, percebeu que ficaram ainda mais invisíveis com a claridade, sorriu, sabendo que era aquilo que desejava. Voltou sua concentração para o banco e tocou na lateral de sua viseira e, com a visão térmica, percebeu que havia reféns no local, enquanto apenas dois corpos se movimentavam por todo o ambiente. Hope estranhou, mas precisava entrar quanto antes.

Criou um arco e uma única flecha, com uma corda presa à flecha e lançou no banco. A ponta da flecha se abriu em um gancho e facilmente se prendeu ao topo do banco. Usando a corda como tirolesa, chegou ao topo. Suspirou ao perceber que poderia ter voado até aquele local desde quando havia chegado, havia muito o que aprender ainda como heroína.

Caminhou sorrateiramente pelo teto do banco e encontrou uma pequena passagem, o plano era simples. Precisava primeiro proteger as pessoas em voltas das dançarinas e então atacá-las de surpresa, se tudo desse certo não precisaria usar o plano B. Precisou se aproveitar dos movimentos graciosos das dançarinas para descer por uma corda feita com nanotecnologia e então se aproximou do primeiro refém, fazendo um singelo e rápido movimento com a mão indicando que ele deveria ficar em silêncio.

- Ah, mamãe, quando ela vai chegar? – uma mulher alta, de pele escamosa, de cabelos loiros e pintados com uma única mecha em lilás, perguntou – Estou começando a ficar entediada. Devíamos, sei lá, chamar a atenção usando um desses reféns.

Hope olhou de soslaio, para tentar ver a reação da mais velha, mas não conseguiu distinguir sua expressão. – Juniper, ele nos mandou apenas para derrotar aquela mesquinha da Imagine. Nossa maior pedra no sapato.