A Fama de Prissy | capítulo único

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Bastou eu encostar minha mão na porta de entrada do hotel que o flash inúmeras câmeras fizeram-me fechar os olhos

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Bastou eu encostar minha mão na porta de entrada do hotel que o flash inúmeras câmeras fizeram-me fechar os olhos.

— Deixem-na passar — um segurança bradou.

— Prissy, conte-nos sobre seus novos projetos — um repórter perguntou, colocando um celular perto de mim.

— Priscilla, como você está lidando com as notícias maldosas ao seu respeito? — outro questionou. Oh! Aquilo… Bem, sempre inventam algo sobre mim, não era novidade.

— É verdade que você está namorando? Pode nos dizer quem é o sortudo? — uma mulher quis saber.

— Pessoal, eu não consigo responder todos ao mesmo tempo. Sejam civilizados, por favor — falei com a voz mais doce possível naquela situação, porém por dentro eu queria gritar com todos eles.

— Deem licença — Meus seguranças lutavam bravamente para achar um espaço para minha passagem. São verdadeiros guerreiros.

Em meio àquele caos, ouço a buzina da moto — que não faço ideia qual seja o modelo — do Malcom.

Consegui passagem quando alguns repórteres e paparazzis se distraíram com a chegada.

— Não sabia que você viria me buscar — digo, aproximando-me do homem. Os flashs das câmeras trabalhavam sem parar.

— Não sou o príncipe encantado com cavalo branco, mas consigo ser o bonitão com uma Ducati Superleggera V4 — Oh, então esse é o modelo da amada moto do Malcom. — Suba — Entregou-me um capacete.

— Caso não tenha percebido, estou com um maravilhoso vestido vermelho longo e saltos altíssimos — Apontei para o meu próprio corpo.

— Muito linda — Deu uma piscadela e um sorriso de canto. — Mas vai ter que tirar se quiser fugir dessa gente.

Ergui uma sobrancelha, já retirando os saltos. Os seguranças estavam arduamente detendo os invasores de privacidade.

— Tirar o vestido? — perguntei, colocando capacete e logo em seguida subindo na moto.

— Isso só mais tarde.

Deixando a multidão para trás, nós dois sentimos o vento gélido da noite em Los Angeles batendo contra nossos corpos.

Na manhã seguinte, acordei com um Malcom sonolento resmungando alguma coisa.

— Virei notícia — Foi a única coisa que entendi em meio aos resmungos.

Segurando o lençol entre os braços, peguei o celular da mão de Malcom.

— Você fica mais bonita de lençol do que com qualquer vestido da Versace — Mordeu o lábio inferior, fazendo em seguida a carinha do emoji "capetinha roxo".

Revirei os olhos.

Lá estávamos nós em vários sites de fofocas, com fotos tiradas de diferentes ângulos e variedades de manchetes. 

"PRISSY DADDARIO FOGE COM SEU MOTOQUEIRO MISTERIOSO"

Derrotada, deito-me novamente.

— Esse é o preço da fama.

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