❝𝙏𝙧𝙤𝙟𝙖𝙣 𝙃𝙤𝙧𝙨𝙚❞
✻ 𝙑𝙞𝙣𝙘𝙚𝙣𝙩 𝙃𝙖𝙘𝙠𝙚𝙧
↳ᴼʳⁱᵍⁱⁿᵃˡ
❝ O meu gênero não limita a minha força.❞
--- : : 𝙊𝙉𝘿𝙀 S/n nasceu sendo uma garotinha de sangue nobre, filha de um rei e primogênita.
Porém um único fat...
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Eu estava desesperada.
Os gritos rasgavam minhas garganta carregados de sofrimento. Minha pernas entreabertas sobre o extremo da cama. Um pano de pigmentação branca abaixo do meu corpo suado, protegendo os cobertores custosos e impagáveis.
Meus cabelos grudavam em meu rosto por conta da transpiração que meu corpo produzia. Estava sendo um trabalho árduo.
--- Vamos senhora--- Gritou a parteira pela milésima vez
--- Eu... Eu não iriei consegui--- Falei. Subitamente comecei a chorar pela minha criança
Como gostaria que Félix estivesse aqui neste momento.
Fiz força mais uma vez, ao mesmo tempo em que mais um gemido de angústia saia dos meus lábios. Eu sentia o meu corpo tremer, os meus olhos fatigarem, a tontura e a fraqueza dominarem meu corpo por completo.
--- Lute pelo seu filho, senhora--- Gritou novamente a parteira
Lutar...
E uma vez mais estava eu fazendo força, mesmo que já não tenha força para fazê-la.
--- Estou vendo ele, minha senhora--- Ela falou e eu empureei mais uma vez
Foi como se tudo se passase em lentidão...
O suor que estava alojado em minha testa, escorreu pela lateral, passando por minha bochecha e queixo, terminando por escorrer do meu pescoço até entre os meus seios. E então ouvi os soluços do ser mais angelical e precioso que o mundo poderia receber.
Era o berreiro da minha criança.
--- Qual o sexo?--- Uma das mulheres que estava passando panos sobre minha cabeça pergunta
--- Uma... Uma menina--- A parteira falou
Um sorriso singelo se fez presente em meus lábios.
--- Não poderia receber presente melhor--- Murmurei para mim mesma
A parteira se aproximou com a minha bebê no colo, enrolada em uma manta dourada. Peguei o ser inocente de suas mãos, e a acomodei em meus braços.
Era perfeita.
Uma lágrima escorreu dos meus olhos.
Não de felicidade, mas sim de preocupação.
Era uma menina.
E logo o desespero tomou conta de mim novamente. Eu era a rainha de Gênova, a minha única função era dar ao rei um primeiro filho homem.
Mas agora, vendo os traços femininos no rosto da minha filha, eu não poderia estar mais feliz. Mesmo que eu saiba que o meu destino e o dela, não vai será um na qual você se sonha.
Eu estaria morta dentre de alguns mêses, e a minha filhinha exposta.
A porta grande e revestida por ouro e pedras das mais preciosas, foi aberta. Vi qua do o rei de Gênova entrou com sua atual soberania e crueldade. Uma coroa forjada pelo ouro puro e roupas tão brilhantes como os astros do céu.
--- É um menino?--- Sua voz cortante e rouca passou pelos meus ouvidos, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem
--- É uma menina--- Falei de forma quase inaudível, tanto pela fraqueza, tanto pelo medo
Sua expressão continuou a mesma de quando entrou, porém eu conseguia entender os seus olhos como ninguém.
Eu estava morta.
Seu punho se fechou com furor, e acompanhei quando os seu pés se voltaram em direção a porta, e ele saiu pelo mesmo lugar ao qual tinha entrado a minutos atrás.
--- A senhora tem que amamenta-lá--- A parteira falou me acordando de um pesadelo real
E então eu consegui ouvir o choro estridente da minha filha novamente.
Fiz o que tinha que ser feito, e logo a garotinha pálida de nariz carmesin estava se fartando do leite materno.
Enquanto isso os seus olhinhos tingidos pelo verde claro, não desgrudaram dos meus quase como se soubesse que eu era a sua mãe. Com uma babinha de leite no canto dos pequenos e desenhados lábios.
--- Qual será o nome dela? senhora?--- Perguntou
---...Se chamará, S/n--- Falei deixando um beijo em sua testa ainda um pouco suja do meu sangue
Foi quando eu olhei para o cordão que rodava o meu pescoço, e tive a ideia mais louca que se passou em minha mente, para que de algum jeito eu continuasse junto a ela.
--- Lana, me ajude aqui. Pegue o cordão preso ao meu pescoço--- Falei e a mulher se aproximou de mim o tirando
Quando o cordão cujo a medalhinha eram duas espadas cruzadas, parou em minha mão, eu o enrolei no pescoço da minha pequena. Obviamente ficou largo, mas eu saberia que continuaria sempre ali com ela.
--- Cuide dela, Lana. Não deixe que a falte carinho e atenção.
Olhei novamente para a criança no meu colo, e sorri sentindo uma lágrima escorrer mais uma vez dos meus olhos.
Foi aqui que eu soube que eu daria a minha vida por ela, mesmo que a minha vida já não significasse de muito.
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Oioi
como cê tá?
minha rainha injusticada. mais pra frente vocês vão ver o perrengue que essa medalhinha vai causar.
