BOA LEITURA!
Para variar, estava eu chegando em casa após minha corrida matinal quando vi o carro do Jonas encostar. Imediatamente suspeitei que o assunto era o mesmo: a cadela Melina! Ele desceu do carro, apertamos as mãos e convidei-o para tomarmos um café. “Cara, vou te contar! Aquela Melina é mesmo uma cadela safada …, sabe o que ela me pediu?”, desabafou ele enquanto eu ainda preparava nossa bebida quente.
-Não sei, mas tenho certeza que você vai me contar – respondi com tom brincalhão.
-Ela me pediu um arrego …, queria comida – ele prosseguiu com tom maroto – Então, como sou um dos poucos que tenho acesso à masmorra da Khadija, levei um lanchinho pra ela …, em troca ganhei aquele boquete que só a cadelinha saber fazer!
-Você fez o quê? – perguntei com tom surpreso – Você tá louco, mano? Se a Khadija descobrir sabe quem vai se foder? A cadela Melina!
-Ué! Porque ela? – questionou ele em tom alarmado – Quem fez a traquinagem fui eu!
-Para uma Domme o problema não é quem dá o arrego – respondi enfático – O problema é a desobediência da cadela que pediu! Putz, cara! Se a predadora descobrir …
Tomamos o café em silêncio, já que meu parceiro se tocara que cometera um deslize que custaria caro para a cadela Melina. Antes de ele partir, tentei aliviar a barra dizendo que talvez a Domadora de escravas não desconfiasse de nada e deixei que ele se fosse acreditando nessa baboseira …, e sabia que nada escapa aos olhos e ouvidos atentos de Khadija e que se ela descobrisse a casa desabaria para a cadela! Foi nesse momento que meu celular tocou …
-Olá! Preciso que você venha até a minha casa mais tarde – disse Khadija com seu habitual tom de comando – Tenho uma tarefa para desempenhar …
-Me perdoe, Khadija …, mas, porque eu? – ousei perguntar já que gozava de uma certa liberdade com a predadora.
-Só te respondo, porque tenho afeição por ti – ela respondeu com um tom reprovador – Não confio em Jonas para fazer o que preciso …, e nunca mais me questione dessa maneira …, entendeu?
Khadija não esperou por minha resposta desligando o telefone; tive certeza que perdera uns pontos com a predadora, mas não me arrependi porque suspeitava de que ela já sabia do lance do Jonas com a cadela. Eram vinte horas quando estacionei meu carro em uma das vagas dentro da casa de Khadija. Assim que desci um segurança veio até mim para que eu o acompanhasse. “Ela tá um pouco estranha hoje! Mas não sei explicar não!”, respondeu o sujeito com tom hesitante quando lhe perguntei como estava o humor de Khadija.
Fui conduzido à saleta que antecede ao escritório onde Khadija trabalha; na verdade nunca soube o que ela faz, apenas sei que tem muito dinheiro e prestígio junto a pessoas importantes que fazem tudo que ela pede; nesse momento uma negra escultural usando apenas um fio dental sai do escritório tendo nas mãos algumas pastas e um tablete; ele me olhou de soslaio e deu um sorrisinho maroto; eita que era um mulherão! “Venha até aqui!”, chamou Khadija me sacando do devaneio.
-Preciso que você faça uma coisa – começou ela mal em acabara de sentar – Quero que pegue a cadela Melina e a leve até o reduto dos cães vadios …
-Cães vadios! Isso é mesmo sério? – sem pensar nas consequências, interrompi a predadora surpreso com a tarefa.
-Porra! Jamais me interrompa outra vez! – vociferou ela com tom furioso – Ah! Que merda!
Khadija reclinou-se sobre a cadeira levando as mãos para trás da cabeça entrelaçando os dedos e olhando para o teto; senti um arrepio imaginando que ela poderia muito bem me açoitar ali mesmo! …, entretanto para minha sorte não foi isso que aconteceu. “Essa cadela Melina …, essa vadia precisa aprender qual é o seu lugar! E eu não tenho escolha …, ordens, inclusive, com o aval do Nicholas!”, disse ela em tom de desabafo.
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Um conto sobre Melina
Short StoryPicante e intensa, um mundo de dor e submissão onde conflitos e intrigas são a base deste conto erótico, e lógico, muito, muito tesão... Apresento-lhes, o mundo de Melina!