Todos, Menos Você! - Bajifuyu

Um maluco, mas amigo

O primeiro dia de Chifuyu de volta em casa foi estressante no começo, mas tudo mudou depois de conhecer Hina. Ao contrário do que toddos falavam, a garota estava longe de ser uma golpista, na verdade ela era um amor de pessoa, Chifuyu ficou feliz que aquela garota, curiosa e gentil, seria sua próxima baronesa.

Conversaram por horas sobre a viagem do ômega a Índia, e depois tomaram chá enquanto falavam sobre o comércio do qual a família Tachibana fazia parte, e até mesmo tomou iniciativa de ensinar Hinata a ler, o que a deixou emocionada, visto que não era algo possível para ômegas que não pertenciam a alta sociedade, e os próprios ômegas da alta sociedade não tinham nenhum interesse em aprender a ler e escrever, visto que poderiam pagar pessoas para fazer aquilo para eles.

Hinata no geral era mais parecida com a Baronesa Matsuno do que poderia contar, pensava em poucos filhos, teve um casamento por amor e ela amorosa, ela não parecia se importar todas as vezes que Chifuyu se perdia falando coisas inteligentes que um ômega não deveria saber, e não o atacou quando contou que não se sentia pronto para um casamento, apenas o lembrou que não deveria sair falando isso no meio da sociedade. No final das contas, estava mais preocupadas com seu bem do que com aparências.

No dia seguinte, depois de concordar em se enfiar em vestidos apertados e luvas quentes, Chifuyu estava pronto para ir a um passeio no parque e um chá na casa de amigos de sua família, para sua sorte, tanto Takemichi quanto Hinata prometeram que ele não ficaria sozinho, e não o largaram em nenhum momento durante o passeio. Um passeio rápido, apenas para que as pessoas ficassem curiosas sobre a aparência do filho único dos Matsuno, o qual havia sido confirmado no próximo baile. Então Chifuyu se dedicou a desviar de olhares e não fazer besteiras na rua. Sua imagem no final das coisas era importante, apesar de tudo.

— Takemichi odeia ir a casa do Marquês Sano, mas agora ele é obrigado a me levar lá, Emma é minha melhor amiga desde que me mudei para esse lado de Londres, e se ele não quiser que eu fique louca dentro daquela casa, é melhor me levar para vê-la ou trazê-la para mim — Hinata comentou enquanto adentrava o enorme portão da mansão dos Marquêses agarrada ao braço do cunhado.

— Mas agora as coisas vão mudar, já que temos Chifuyu para lhe fazer companhia — Takemichi disse sofrido, e a garota concordou animada.

Takemichi havia convencido seus pais a permitirem que ele fosse a casa dos Sano com muitos pedidos e promessas, afinal, não poderia negar nunca que estavam tentando fazer com que Shinichiro olhasse para o jovem ômega, mas poderiam afirmar que estavam tentando enturmar o rapaz com os outros ômegas das famílias importantes afim que estivesse bem acompanhado nos bailes. Mas seus pais deixaram pensando apenas em Shinichiro, e ainda o alertaram para ficar longe dos õmegas Sano que não fossem comprometidos.

Enquanto caminhavam pelo enorme jardim, observaram uma garota cuidando de rosas, distraída, mas que assim que virou e viu Hinata, deu um gritinho animado e correu para abraçar a garota.

Bom, era o que Chifuyu pensava, porque na verdade a loira parou a sua frente e apertou suas bochechas, o cheirou a distância e sorriu animada.

— Você é mais bonito do que os quadros daquela casa — A garota o olhou um pouquinho mais — Sou Emma Sano, filha mais nova do Marquês Sano, venha comigo, Chifuyu, me permite lhe apresentar meus irmãos. Antes que Chifuyu conseguisse responder, Emma puxou seu braço e o de Hinata, arrastando os dois para dentro da grande mansão, completamente animada, e não conseguiu negar, porque sabia que era exatamente o que seus pais desejavam.

O nariz de Chifuyu coçou um pouquinho pelo cheiro forte assim que entrou no ambiente.

— Irmãos, esse é Chifuyu Matsuno, fiquem longe dele e parem de destruir a reputação dos meus amigos — Emma disse sorridente, e o Matsuno a olhou confuso — Esses são meus irmãos, Shinichiro e Izana, eles se dedicam continuamente a destruir a reputação de pessoas, são dois malditos libertinos. Mas não se preocupe, se eles encostarem um dedo em você...