Na calada da noite

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— Me da a honra de uma dança, lindo ômega? — Sanzu Haruchiyo perguntou a Sano Manjiro, que riu.

— Lorde Sanzu, Manjiro não pode dançar e se dirigir nenhum cavalheiro neste recinto, afinal ainda não debutou, seria inadequado que o fizesse um pedido que ele pode apenas negar — Mitsuya tomou a frente da situação, tratando o Lorde formalmente.

— Então apenas debutantes podem? Me daria a honra, Matsuno? — Sanzu, de repente, virou para Chifuyu, o que chamou atenção de todos no salão.

Merda, as pessoas eram fofoqueiras demais!

Nem foi preciso muito para saber que sua mãe estava lhe encarando séria naquele momento, e que negasse aquele pedido, ela viria pessoalmente arrancar sua cabeça, então apenas sorriu e aceitou a mão do Lorde, pensando em como poderia tornar aquele diálogo menos insuportável.

— A noite lhe agrada, milorde? — Perguntou, tentando evitar que Haruchiyo escolhesse o assunto que falariam naquela noite, pois sabia que aquele homem era maníaco por Manjiro e isso poderia lhe causar problemas futuros.

— Está quente demais, o clima da alta temporada é terrível, vivo ao norte do país, onde é frio o ano todo, mas prometi a mim mesmo que quando  Manjiro Sano debutasse, eu seria o primeiro homem a pedir sua mão, então me obrigo a participar de todas as temporadas todos os anos — Chifuyu acabou se confundo em um passo, então esbarrou no alfa — Muito cuidado, notei que anda distraído esta noite, Matsuno.

— Apenas estranhando a ausência de conhecidos, você por acaso viu o senhor Hanemiya? Ele é um beta tão gentil, sempre nos fazendo companhia — Chifuyu odiava todos os trejeitos que usava para falar com aqueles alfas, mas todos ali eram potenciais pretendentes, sua mãe ficaria extremamente brava se destratasse qualquer um deles.

— Hanemiya? Dizem que está doente, o Duque não gosta de sair sem seu fiel escudeiro para lamber o chão em que ele pisa, por isso ele não está aqui esta noite, seu principal pretende, não? — Chifuyu precisou respirar fundo para não bater naquele babaca, mas valia a pena pensar no castigo que levaria caso o fizesse.

— Vossa Graça não olharia para um ômega como eu, e particularmente eu nem mesmo penso nisso — Tentou ser o mais modesto que conseguia fingir, mesmo querendo gritar que sim, que era ele o ômega que o Duque beijava as escondidas pela madrugada, por quem ele normalmente faltava bailes e o fazia sorrir atoa durante os passeios da tarde no parque.

Mas se abrisse a boca para contar aquilo a alguém, seria rapidamente taxado de prostituta, fácil, impuro, tudo que existisse de ruim, seria desonrado e escurraçado da sociedade, e seus pais perderiam todas as suas terras e dinheiro, não era necessário muito para que uma família caísse em desgraça.

— Você é muito bonito, Chifuyu Matsuno, se Manjiro não fosse tão rebelde e arisco, seria fácil me casar com você, é obediente, gentil e parece ter um bom corpo para gerar meus filhos, mas infelizmente quero os genes daquele ômega rebelde — Parou a dança e deu um sorrio gentil para Chifuyu — Caso eu perca as esperanças com Sano, saiba que irei atrás de você imediatamente.

Sanzu deixou o ômega ali e saiu, e Chifuyu decidiu que em breve iria começar a fazer meditação, porque se sua única opção era suportar aquele tipo de alfa, ele preferia ficar maluco, a cada cinco segundos daquela pequena dança, pensava em dez formas diferentes de assassinar Sanzu Haruchiyo.

— Chifuyu, você tem algum tipo de imã para homens ricos ou algo assim? Sempre está chamando atenção de alguém poderoso — Hinata estava surpresa com quem havia mostrado interesse no querido cunhado.

— Hina, pode dizer a minha mãe que passei mal e fui para casa? O perfume do Lorde Sanzu me deixou com dor de cabeça — Interpretou do melhor jeito que conseguia, deixando a garota preocupada, porém Hina concordou e ajudou Chifuyu a deixar o baile sem ser visto.

Todos, Menos Você! - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora