É sua primeira vez?

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Seguir as instruções de um mapa exigiam um certo nível de paciência incomun, afinal, seguir instruções que não fossem escritas por si mesmo era um grande desafio para Chifuyu, mas seu cavalo era tão bonzinho e o clima estava tão bom que não era um problema estar ali agora.

Subiu em uma árvore com facilidade, tentando conseguir o maior número de maçãs que seus braços conseguiriam carregar para alimentar seu cavalo enquanto este mesmo bebia água numa fonte perto dali.

— Lorde Matsuno? —  Ouviu uma voz distante, e continuou o que estava fazendo, pegando mais algumas maçãs do pomar — Atrapalho?

Chifuyu tomou um pequeno susto, deixando que uma das maçãs caírem, então suspirou frustrado  desceu, usando sua camisa para segurar as frutas. E quando finalmente desceu e conseguiu colocar as frutas em sua bolsa, deu de cara com o alfa que menos esperava naquele momento.

— Keisuke Baji — Abriu um sorriso, juntando suas coisas do chão e arrumando sua mochila — A que devo a honra de sua visita? Não sei se lembra, mas a algumas horas enquanto estávamos no mesmo lugar, e eu saí para buscar livros novos.

— Eu sei, mas não posso deixar um ômega sozinho, mesmo sabendo da força exagerada dele — Tomou a bolsa pesada de Chifuyu, a carregando se reclamar — Kazutora comentou que alfas com fama de abusadores na estrada nessa época do ano, esperando para quebrar carruagens de ômegas.

— Que idiotas, isso é nojento, mas eu ando preparado — Afastou um pouco a própria blusa, mostrando uma adaga para o Duque, e observou enquanto os olhos deles capturavam todo o pedaço de pele a mostra — Ei, meus olhos estão aqui encima.

Baji encarou o ômega nos olhos e riu, montando em seu próprio cavalo.

— Nesse caso, pode me proteger, vamos? — Chifuyu riu e concordou, andando até onde seu cavalo estava descansando e o montou novamente, animado com a companhia para a aventura — Temos que ir para o leste, e quando acharmos um riacho de pedras, significa que estaremos perto.

— Você é bom com isso de ler mapas, a única pessoa que eu conheço com uma habilidade tão apurada assim é o Kazutora, não é atoa que ele foi o homem de confiança que eu escolhi para me ajudar a cuidar das terras — Baji contava com um pequeno sorriso nos lábios.

— Percebi que ele gosta de estudar o globo, quando entrego os manuscritos do jornal para ele, sempre está com um livro de cartografia ou desenhando algum tipo de mapa, eu acho que Kazutora iria se dar bem no mar, desvendar as terras além do oceano é algo incrível — Chifuyu não se importava em seguir caminho daquela maneira, na verdade era melhor conversar do que seguir um caminho inteiro sozinho e sem falar um pio — Por quê não o deixa ir?

— Eu? Ele não é um prisioneiro, Kazutora pode viajar o mundo quando quiser, eu sempre o ajudei a juntar dinheiro o suficiente para esse tipo de viagem, era um sonho de criança que tínhamos juntos, mas minha mãe morreu, e eu virei Duque cedo demais, Kazutora largou a família para me ajudar, e de repente estávamos preso nas terras da minha família, as pessoas precisavam da nossa ajuda e de repente tudo se tornou monótono demais para lembrar que desejávamos cruzar o oceano —  Baji explicou enquanto observava o ambiente desconfiado — Duques precisam casar e constituir descendência, é o que o rei acredita, e se eu desejo seguir com as honras da família, preciso fazer isso. E Kazutora não parece animado suficiente para fazer isso sozinho.

— Bom, no seu lugar eu teria uma família o mais rápido possível, criaria um filho até que ele tivesse idade suficiente para ser o próximo Lorde então iria seguir com meus sonhos — Chifuyu tinha um sorriso nos lábios e olhos sonhadores — Eu não faria algo diferente, apesar de que não pretendo ter filhos.

Todos, Menos Você! - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora