𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐨𝐮𝐠𝐡 ♥ 𝐡𝐲𝐮𝐧𝐡𝐨

𝔱𝔴𝔬

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Aqueles pensamentos bobos não iam embora, não importava o quanto tentasse apagá-los de sua mente.

Mesmo já estando longe de quem quer que fosse que seu alfa dizia ser seu ômega, ainda conseguia sentir o cheirinho doce que sentiu por milésimos de segundos quando passou pelo o mesmo na saída do ginásio.

E isso nem era o que mais o incomodava, e sim o fato de aquele não ser o cheiro de um ômega, mas sim o de um beta. Aqueles feromônios que o mesmo exalava não tinha nada a ver com os de um ômega. Não fazia o menor sentido. E ele não sabia se queria que fizesse ou não sentido.

A única coisa que tinha completa certeza é que estava mais calmo, havia esquecido dos sentimentos turbulentos sobre o melhor amigo, e tudo apenas por conta de seu suposto ômega.

Batatinhas fritas nunca foram saudáveis, mas estavam sempre lá quando sentia que seus pensamentos fossem engolir sua pessoa na própria mente. Então ele ficava lá, deitado nos edredons azuis de sua cama, com uma mão agarrada ao celular e a outra se ocupando em mandar as batatinhas para serem surradas em sua boca até que não aguentasse mais a quantidade extrema de sal que havia colocado.

Era sempre assim, extremo. Nunca conseguia ficar na quantidade normal de sal, nunca conseguia ficar com as notas na média, nunca conseguia nada suficientemente normal. Ao menos era o que dizia para si.

O barulho do telefone na linha de espera o fazia balançar os pés que pendiam para o lado de fora da cama, demonstrando seu nervosismo e ansiedade.

— Minjung! Oi, então, preciso de um favor seu.

"Que merda você fez agora?" O garoto perguntou do outro lado da linha, imaginando que o Hwang houvesse se metido em encrenca novamente.

— Não, não é nada disso. É só que... você conhece o pessoal do primeiro e do segundo ano, não é?

"Sim, e daí?" Falou rápido, queria que aquela conversa terminasse logo para que pudesse voltar a jogar seu jogo ridículo com seus outros amigos.

— Você conhece um cara chamado Minho? Não sei o sobrenome.

"Sei sim, o beta do segundo ano. Lee Minho. O que tem ele?" Estava curioso, mas não ao ponto de se importar de fato.

— Por acaso consegues descobrir o número dele? Eu tenho uns... assuntos pendentes, digamos assim.

"Claro. Daqui a pouco eu te mando" E desligou, mandando um áudio de segundos para um conhecido pedindo o número do garoto. E então voltou a jogar, largando o celular em cima da cama.

O teto branco, iluminado pela claridade solar que vinha da janela, parecia uma visão perfeita para se perder em pensamentos mais uma vez.

O cheiro doce que sentiu ao passar pelo garoto o deixava intrigado. Não era apenas doce, era cítrico, uma mistura de morangos e limões, mas que ao mesmo tempo parecia ser adocicado com um mel doce brilhoso... Por que sua mente insistia em materializar o cheiro revigorante de outro lobo? Não sabia, apenas fazia.

Minutos se passaram e seus olhos não desviavam dos detalhes no teto, onde conseguia magicamente desenhar as feições que viu por milésimos de segundos. Droga. Queria odiá-lo naquele instante por causar tanta confusão em seus sentidos. Mas também queria cheirar-lhe atrás da orelha e se aprofundar naquela essência saborosa que o fazia salivar e ansiar por cada vez mais.

O tilintar estridente do celular o avisou que uma mensagem estava por vir, e apenas o fato de lembrar-se de seu pedido a Minjung o fez correr os olhos para a tela esbranquiçada e reparar na mensagem vinda de seu amigo, onde aparecia um número desconhecido no visor.