•------» 𝚜𝚒𝚔𝚒𝚣𝚞 «------•
Um olhar caído e culpado acompanhava o balançar da própria perna, agoniado com o fato de ter se exaltado tanto, Hyunjin temia a reação de Minho. Não queria nem que o menor soubesse das fotos e muito menos de seu ato de proteção cheio de violência.
Mas não lhe contar os acontecimentos seria o mesmo que traí-lo.
— Hyunnie — Minho chamou depois de devolver o celular para Felix.
O loiro de sardas se despediu dos dois imediatamente, pedindo que ligasse caso fosse necessário. Ele viu o desespero no rosto de Hyunjin e as feições sérias de Minho, sabia que o maior jamais machucaria o pequeno ômega, e por isso deixou que se resolvessem entre si.
— Hyunjin, olhe pra mim — chamou-o de novo, implorando por sua atenção, apenas querendo resolver o que haviam começado.
Ainda na mesa da cozinha, Hyunjin colocou as mãos sobre a mesma, passando os dedos pelo tecido da toalha florida enquanto contorcia seu estômago, atordoado e medroso do que seu ômega diria. Um cheiro amargo semelhante a chocolate queimado começou a subir no ar, e o Hwang teve as bochechas coradas por se deixar levar a tais emoções.
— Perdão — pediu, se recompondo enquanto tentava esconder o cheiro de vergonha, medo e apreensão e levantou os olhos para o outro.
As feições eram carinhosas, mas ainda firmes como gelatinas doces mas duras ao mesmo tempo.
— Você se arrepende? — Minho não pode deixar de encará-lo torcendo para que o maior entendesse que precisavam se olhar, era necessário. Queria que sentisse o que sentia e se acalmasse...
Hyunjin não abaixou o olhar, pelo contrário, permaneceu nos olhos cor de mel e franziu o cenho, trazendo uma careta indignada à própria face.
— Não — respondeu depois de segundos em silêncio — Faria de novo se necessário.
Ele admitiu, vendo as feições sérias e de certa forma firmes se tornarem leves e relaxadas, seguidas de um sorriso calmo e bochechas rosadas.
Minho levantou-se e deu a volta na mesa, estendendo os braços para abraçar o alfa. Suas mãos ficaram ao redor da cabeleira loira e sentiu o rosto quente apertar contra sua barriga enquanto os braços longos seguravam o fim de sua coluna num abraço carinhoso, apertado e necessitado.
Não havia sentimento melhor que enfiar o nariz por cima da barriguinha macia como marshmallows e sentir o cheiro de laranjas ficar tão doce quanto um caramelo gostoso.
— Você não está bravo comigo já que peguei detenção? — resmungou abafado no tecido macio da blusa do Lee.
— Você pegou detenção, Hyunjinnie? — Min o puxou pelos cabelos de forma abrupta, fazendo o rosto virar para si enquanto os olhos afinavam e os lábios viraram num biquinho.
Lino riu, abaixou o rosto até alcançar a face arrependida e deixou um beijinho no nariz do maior, olhando cuidadosamente as feições belas e delicadas.
— Você se machucou, não foi? — passou a mão pela lateral do rosto do loiro, fazendo-o assentir.
Hwang fez manha, colocou um bico enorme nos lábios e resmungou enfiando o rosto de volta na barriga macia.
Uma de suas mãos soltou do aperto e fez carinho na cintura do ômega, sendo ligeiro e cuidadoso ao subir a mão por debaixo da blusa e apertar a cintura, pele com pele.
— Hyunnie... — rosnou baixinho, reclamando do atrevimento do maior, que tirou a mão em seguida e voltou a resmungar.
— Tenho saudades de você, não me julgue.
— Mas estou com você agora, não estou?
Hyunjin fechou os olhos fortemente e abriu a boca, roçando os dentes na camiseta, desejando tirá-la do caminho.
— Você me entendeu, ômega — falou agora mais firme, querendo fazer questão de deixá-lo a par de suas vontades.
— Quando foi sua última bateria, Hyun? — Minho perguntou baixinho, apreciando a sensação de cócegas que o rosto do maior fazia em sua barriga e passando as mãos pelos ombros e cabelos do mesmo, o deixando uma bagunça.
— A quatro meses — respondeu baixinho — Ainda tenho mais dois meses pela frente, não se preocupe — suspirou pesado, inspirando ainda mais devagar querendo sentir as laranjas.
Min aliviou o corpo e deixou que seu cheiro se aprofundasse, ficando forte e cada vez mais doce. O alfa já estava louco, rosnando baixinho e apertando a cintura com força e aproveitando que ainda ficava sentado para prender as pernas do menor entre as suas próprias.
— Precisamos parar.
— Eu paro quando você mandar.
Minho ficou quieto, querendo mandá-lo parar. Seu lado consciente o mandou implorar que parasse. Mas o outro lado ainda mais consciente queria sentir mais das mãos grandes em seu corpo. Ele ainda se perguntava se o hálito quente em seu ventre seriam tão satisfatórios quanto em seus lábios.
Hyunjin afrouxou o aperto, respirando fundo e afastando o corpo minimamente do outro, temendo ultrapassar qualquer limite. Ele havia prometido esperar o tempo certo.
— Então não pare agora.
Um sorriso maldoso tornou a segurar os lábios rechonchudos, umedecendo-os em seguida com a língua agitada.
— Onde fica o seu quarto? — perguntou depressa, levantando e segurando a cintura fina para si.
Queria tê-lo tão perto a ponto de serem um, só não explicou exatamente como completaria o vazio de Minho, ou qual dos vazios completaria com parte de seu corpo.
O ômega sorriu faceiro, ainda meio apreensivo mas adorando o quão animado o alfa estava.
Suas mãos miúdas e ágeis subiram até a nuca do alfa alto, segurando os cabelos ligeiramente antes de sussurrar o caminho para o quarto e raspar os lábios nos gordinhos e úmidos do outro.
Um ar quente abrigava o espaço restante entre os dois, de olhos fechados e corpos embriagados pela mistura inebriante de cheiros fortes e doces.
Era difícil conter a vontade de invadir o espaço um do outro. E enquanto as mãos abertas de Hyunjin seguravam a coxa do ômega para cima, apertou-o até tê-lo por completo em seu colo de pernas agarradas em seu tronco.
Beijos lânguidos seguidos de gemidos sôfregos podiam ser ouvidos pelos ares enquanto em passos apressados e atrapalhados o Hwang carregava seu amado ômega até o quarto.
'•» s̴t̴a̴a̴a̴ «•
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐨𝐮𝐠𝐡 ♥ 𝐡𝐲𝐮𝐧𝐡𝐨
Fiksi PenggemarHYUNJIN X MINHO Duas vidas com caminhos diferentes se cruzaram no momento certo. Mas Minho ainda é um grande mistério para o Hwang que só queria saber a real essência do lobo do outro. Dois lobos desesperados por um sentimento mais real, duas crian...