Brasil x Argentina - Capítulo 9

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                    (Luz Noceda-POV)
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Estava me preparando para jogar, e ajeitei meu uniforme. Sem perceber, "coloquei" uma braçadeira imaginária. Ao perceber isso, fiquei meio vermelha de vergonha, e coloquei a caneleira e amarrei o cadarço das chuteiras como se nada tivesse acontecido.

Coloco as luvas e vou até Boscha, que está ajeitando a braçadeira de capitã. Boscha me vê ao lado dela e fala:
—Em 5 minutos o jogo começa, vai por uma faixa na cabeça para o seu cabelo não te atrapalhar ou prende ele.
—Ok, vou lá.—falo e coloco a faixa na cabeça, depois indo com as outras para o campo em fila, e ao lado as jogadoras argentinas também em fila.
Amity me cutuca e olho para trás, e então ela fala depois de olhar pra mim e corar um pouco:
—Ajeitou as luvas para elas não ficarem soltas, que nem no último treino antes do jogo? E... Você está bonita assim!
Coro um pouco e sorrio, depois dando um beijo na bochecha de Amity.

Aperto um pouco as luvas e vamos ao campo ainda em fila, porém lado a lado, e então começa o hino da Argentina. As jogadoras do time adversário cantam o hino e quando termina, começa o hino do Brasil, e então nosso time começa a cantar com os torcedores cantando junto.
Ao hino terminar, decidem quem vai pegar a bola primeiro e fica com o time adversário, e então vou para o gol e o jogo começa.

Boscha está no domínio da bola, porém uma lateral esquerda do time adversário derruba ela com uma rasteira nas pernas, e o árbitro de campo marca uma falta a favor do Brasil, e Boscha não consegue levantar. O intervalo de jogo chega na hora, e vou correndo até Boscha preocupada.
—Boscha!! Você está bem?!—pergunto.
—Sinto uma dor insuportável nas minhas pernas, não vou conseguir continuar a jogar...—Boscha fala tirando a braçadeira que indica que ela é a capitã, estendendo-a em minha direção.
—O que você está fazendo?!—pergunto.
—Eu confio em você... Seja a capitã no meu lugar. Sem reclamações ou comentários!—Boscha fala e é levada numa maca para ser tratada.
Fico calada e vou ao vestuário. Vou até Amity, que viu tudo, e ela fala:
—Eu deveria ser a capitã no lugar dela, né? Está nas regras que se um capitão não vai jogar o reserva da posição fica com esse cargo no jogo. Boscha não deveria ter te dado a braçadeira dela só pelo fato de confiar em você.
—Eu não concordei muito com a atitude de Boscha, porém fico feliz que ela confia em mim.—respondo entregando a braçadeira para Amity.

                    (Quebra de tempo)

O intervalo acaba, e todas nós voltamos a campo. O árbitro de campo apita e continuamos o jogo com o placar 0x0. Amity consegue ter total domínio da bola, e passa para uma lateral direita.
—A atacante Blight passa para a lateral direita, lateral direita passa para a lateral esquerda Park, Willow Park passa para Amity Blight, a atacante chuta a bola com força, a goleira passa longe, e é GOOOOOOOLLLLLLL, É DO BRASIIILL!!—o narrador fala cheio de alegria.
Amity corre pelo campo, incentivando a torcida a gritar cada vez mais.

A goleira argentina chuta a bola e vai passando de jogadora a jogadora, tanto da Argentina quanto do Brasil, até chegar perto de mim, porém a bola para do lado de fora da trave, bem na pequena área, então me preparo para fazer um tiro de meta.
Chuto a bola com toda a minha força e a bola sobrevoa o campo a uns 90 ou 100km/h, e então chega no gol da adversária.
—A goleira Americano-Dominicana  jogadora do Sport Club Corinthians Paulista, chuta uma força fenomenal! A bola sobrevoa o campo inteiro, vai ao gol, A GOLEIRA NÃO VÊ E ACABA NÃO DEFENDENDO, BOLA ENTRA E GOOOOOOLLLLLL!!!! É DO BRASIL!! INACREDITÁVEL, UM GOL NO TIRO DE META!!!—o narrador fala gritando de emoção sem acreditar no que viu.
Todos ficam boquiabertos com o que eu acabei de fazer em campo, menos alguns torcedores com o manto do Timão e cantando muito alto como forma de comemoração, pois já viram eu fazer isso na Neo Química Arena pelo menos umas duas vezes, e Amity, que estava orgulhosa para um caralho.
Comemoro gritando dizendo coisas como: "ISSO", "EU SOU FODA, PORRA", e incentivando os torcedores-principalmente os que estavam lá para me ver jogar(os corintianos e os fãs)- a gritar MUITO mais e continuarem cantando altíssimo.
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