Já estava ficando bem tarde, aproximadamente 22h e fomos pro hotel, nossas coisas já deviam estar por lá. Lana se aninhou na cama e eu fui junto, ela tinha colocado em algum documentário meio antigo, parecia legal, mas alguma coisa tinha me feito lembrar do cara que baleei no Rio e eu fui mandar mensagem pro Carvalho, ele respondeu exatamente assim:
"eus to diureigindo acaralho me liga senoa eu ovu pbater o carro".
Eu ri da hipocrisia e desencostei de Lana, ela me olhou triste: "Is the program really that bad? I didn't like it very much either, but I wanted to appear intellectual" (O programa tá tão ruim assim? Eu também não gostei muito, mas queria parecer intelectual).
S/N: "No, baby, I just need to call my friend. I'll back in a second" (Não, baby, eu só preciso ligar pro meu amigo. Eu volto num segundo).
Lana: "Okay...".
Dei um selinho naquele beicinho imenso e acabou que durou um pouco mais nosso momento, mas consegui interromper e pedir alguns segundos no telefone. Saí do quarto e encostei a porta:
S/N: "Fala, Zé, tá bão?".
Carvalho: "O que você quer?". Carvalho não sabia prestar atenção na estrada e falar ao telefone ao mesmo tempo, então ele acabava sendo mais grosso e breve, eu já estava acostumada e até fazia graça daquilo.
S/N: "Ainn, tá bom. O mano lá no hospital, cê tem notícias?".
Carvalho: "Ah, parece que o sujeito tem diabetes e tals, aí ele tá com algumas complicações com a recuperação da cirurgia, essas coisas aí".
S/N: "Carvalho, não fala uma coisa dessas, pelo amor de Deus, meu marca-passo não aguenta. Seguinte, só faz esse cara se recuperar bem, eu pago a porra toda depois, tá bom?".
Carvalho: "Fica tranquila, eu vou acompanhando o caso e te atualizo".
S/N: "Obrigada, te amo seu gostoso, tchau".
Carvalho: "Credo, tchau".
Voltei pro quarto e Lana já me chamava pra cama rápido porque ela tinha descoberto um filme I N C R Í V E L (segundo ela), perguntei: "What is the name?" (Qual o nome?).
Lana: "365 DNI".
Instantaneamente eu coloquei a mão na frente da boca pra esconder minha risada.
S/N: "Are you trying to tell me something, baby?" (Cê tá querendo me dizer alguma coisa, baby?).
Ela nunca tinha assistido aquela coisa e estava "curious" (curiosa), mas tentei salvar sua alma : "No, baby, please. You're not old enough and this movie sucks. It hurts just to hear the name" (Não, baby, por favor. Você não tem idade pra isso e é horrível esse filme. Dói só de ouvir o nome).
Lana: "I want to form my own opinion, can I? It's either that or we go see Carol" (Eu quero formar minha opinião sozinha, posso? É isso ou a gente vai ver Carol).
Dessa vez eu ri alto: Gosh, you look like me when I was a teenager. Okay, I understand what you want, but I'm going to pretend I don't" (Meu Deus, cê tá parecendo comigo na adolescência. Tá bom, já entendi o que você quer, mas vou fingir que não).
Lana: "Shut uuuup" (Cala booooca).
Adentrei a manta e ela colocou em Carol, eu gostava bastante desse filme, mas me lembrava muito quando eu estava me descobrindo e não tinha certeza se era o caso dela, mas eu achei fofo. O filme foi indo e eu olhava mais pra ela e suas reações do que o filme, queria descobrir o que se passava em sua cabeça.
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Imagine Lana Del Rey X You
FanfictionEssa ficção é puramente a transcrição das vozes da minha cabeça para o papel. A princípio é uma realidade alternativa de quando a Lana Del Rey veio para o Brasil em 2023 e seu caminho cruzou o de uma policial por um incidente. FemReader