Sentimentos

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Albus correu e se escondeu entre as árvores da floresta, as lágrimas deixavam sua visão embaçada e, em certo momento, sem nem entender o porquê, abraçou o próprio corpo, se sentando escondido por uma grande rocha. Ele estava triste, muito triste.

Seu pai o acusará de ser anormal, estranho. Se já não bastasse aquela droga daqueles sentimentos dentro de sí mesmo; se sentia horrível por dentro, como se alguma coisa batesse forte em seu peito e estômago, como que o rasgando por dentro para que penasse por ter nascido "anormal".
Havia sido humilhado em frente a seu melhor amigo e paixão secreta, seu pai realmente não o dava um minuto de paz naqua droga de vida! Nem sequer conseguia imaginar os pensamentos que se passavam pela cabeça loira de seu amado.

- Albus?!- ouviu seu nome. Claro, era Scorpius o procurando, Albus fechou os olhos e abraçou as pernas contra seu próprio peito, querendo sumir naquele momento.
Como se o localizasse com apenas a intuição, Albus sentiu alguém se aproximar, ouviu o som da mochila caindo ao chão. O calor corporal alheio perto do seu e dois braços cercando seu corpo, o apertando contra sí.

- Albus, eu estou aqui- murmurou próximo ao seu ouvido e Albus fungou alto, tentando resistir a vontade enorme de gritar- você sabe que ele mente, não é?-

- por que ele tem que ser tão idiota?! Eu odeio passar qualquer parte do meu tempo com ele!- Albus falou, afastando Scorpius e levantando a cabeça, secando as lágrimas- ele começou a brigar por uma besteira! Uma idiotice que ele inventa na hora!-

-Albus, seu pai só se sente frustrado por causa da relação de vocês dois e ele quer procurar alguém para culpar- o loiro o aconselhou e passou a mão pelos cabelos morenos, um carinho sutil e delicado que acalmou os soluços de Albus.

- talvez ele tenha razão, Scorpius- disse depois de um tempo quieto, ele suspirou e abaixou a cabeça, olhando para suas próprias mãos- eu queria muito ser normal-

Ele sentia culpa, sentia como se fosse sua culpa aqua falta de compreensão mutua e amor que tinha com seu pai. Mas, ao mesmo tempo, ele não poderia, não conseguia se aproximar, chegar mais perto, conversar normalmente, era tão estranho e longe do que ele realmente era e do que realmente sentia. Como se uma parede de gelo tivesse sido construída entre ele e o pai. E, fosse ser normal por seus sentimentos ou por sua, suposta, sexualidade e paixão pelo melhor amigo; naquele momento, Albus Severus preferia não sentir nada daquilo.

- não diga isso!- Scorpius respondeu prontamente, tocando o rosto se Albus e o virando para ele mesmo- Albus Severus Potter, você é mais do que normal, você não é comum, você é completamente e totalmente especial. Você é único e é a criatura mais perfeita que existe na face da porcaria desse mundo-

Albus arregalou os olhos, ouvindo aquelas palavras saindo dos lábios finos que tanto almejava; os olhos azuis estavam brilhando em coragem e um pouco de fúria, como se odiasse as coisas que se passavam na cabeça do Potter e como se lesse sua mente, o entendendo e alcançando cada pensamento muito antes do próprio garoto conseguir formar para se auto negativar.

- Albus, você é perfeito- murmurou olhando fundo em suas belas esmeraldas, as quais não vazavam lágrimas mais.

O coração de Albus Potter disparou ao lado de Scorpius Malfoy, seu melhor amigo e a pessoa por quem ele secretamente se apaixonou. Por quem secretamente vinha nutrindo tantos sentimentos de amor, desejo e amizade e tudo o que estes citados envolviam.
Eles compartilharam inúmeras aventuras, momentos juntos, suas dores e vidas se entrelaçaram lindamente e, quando deu por sí, a mente de Albus foi consumida por pensamentos de Scorpius, seu cabelo loiro claro e penetrantes olhos cinzentos que pareciam conter o universo inteiro dentro deles.

Com certeza, Albus sempre o amou, mas nunca teve coragem de revelar seus verdadeiros sentimentos, com medo de arriscar sua amizade.

Mas enquanto eles estavam sob o céu diurno, uma tensão silenciosa pairava no ar, a esperança de ser amado de volta o notificou prontamente. Naquele momento, Scorpius virou-se para encarar Albus, de forma com que seus corpos ficassem frente a frente. Sua expressão era séria, mas terna. Seus olhares se encontraram, e Albus sentiu seu coração pular uma batida e podia sentir o calor emanando do outro garoto para sí.

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