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FABIO ARRELANO. . .

Estou sentado na minha mesa na delegacia analisando relendo todas as pistas dos casos de desaparecimento dos jovens entre eles Luca.

Temos informações, mas uma parte desse um quebra cabeça sumiu e não conseguimos encontrar em nenhum lugar,  e o oficial James Garden pai do Luca, age como se nunca tivesse tido um filho na vida.

Todos sabem que ele tem um filho mas ele insiste que não, e algumas pessoas até acreditam ,não entendo como ele tem a coragem de dizer isso é não se preocupar nem mesmo um pouco com isso.

Já faz mais de duas semanas desde o acidente, a Marina está melhor, ainda no hospital mas bem melhor do que uma semana atrás, sempre vejo nos olhos dela a esperança toda vez que eu chego para visitá-la.

Eu entendo que ela esteja preocupada com ele afinal foi ela que estava dirigindo isso deve causar nela uma sensação de culpa, principalmente quando ela descobriu que Luca tinha desaparecido.

Mas algo que não entendo é, essa preocupação excessiva, ela parece ter apego emocional a ele, mesmo tendo conversado algumas vezes é se visto apenas nessa vez fora do ambiente escolar, sinto que ela sabe de algo e não quer contar ou não está pronta pra isso.

Mas sei que quando ela se sentir confortável e segura ela vai contar não vou colocar pressão nela, ainda mais nesse momento.

Já tem alguns dias que um homem entra na delegacia dizendo ter pistas de como encontrar o sequestrador dos garotos, apesar de suas intenções serem boas suas provas ainda não são muito concretas,se ao menos tivéssemos uma testemunha isso ajudaria como nunca ,o resto dos policias não estão aí para as sugestões dele ,e eu também não ,até agora.

No horário esperado o homem entra novamente ,seu cabelo enrolado é bagunçado olhos fundo e com marcas de olheiras, camisa xadrez e seu clássico fichario, todos o ignoram mas dessa vez eu me levanto e vou até ele.

- Alex não é?

- Isso mesmo!

O olho de cima a baixo com uma xícara de café quente na mão, ele me parece agitado tem um cheiro de desodorante forte e suas piscadas estão rápidas como se precisarem a todo momento se fechar

- Tá chapado não é?

Ele me olha com os olhos arregalados e evita meu olhar por alguns instantes.

- Estou..

- Você não deveria deixar que as drogas fizessem isso com você ao nível de você vir na delegacia fingir que sabe sobre um caso, que é muito sério.

- Não! Porfavor me escuta! Eu sei que eu devo tá parecendo um maluco agora ,eu tô acabado ,me sinto em perigo a todo momento com oque tenho descoberto, me deixa pelo menos explicar ,ninguém tem tá disposto a me ouvir nesse lugar.

- Tá bom, só para de falar que nem um papagaio, acho melhor irmos pra outro lugar além do mais tô na minha hora de almoço.

Ele concorda em silêncio e saímos da delegacia lado a lado,vejo que tem alguns oficiais e pessoas na delegacia olhando torto para nós, me pergunto oque eles estão pensando.

Entramos no meu carro, e ele não diz nada enquanto nos levo ate uma cafeteria simples na cidade ,sua perna batuca sem parar e ele tenta não olhar para o meu rosto.

- Quando eu disse pra não falar ,eu não disse tão sério assim.

- Ah foi mal, eu só queria fazer o certo pra ser ouvido.

- Não tem problema, mas se for uma paranoia por conta do que você cheirou eu vou te prender.

- Tá bem, mas eu juro que não é

Você Me Salvou - ROBIN ARRELANO Onde histórias criam vida. Descubra agora