𝖾𝗇𝗍𝗋𝖾 𝖻𝗋𝖺𝖽 𝗉𝗂𝗍𝗍 𝖾 𝖺 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾, 𝖾𝗎 𝗉𝗋𝖾𝖿𝗂𝗋𝗈 𝖺 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾

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Mentira eu prefiro o Brad.

Quem em sã consciência ainda pensaria nessa pergunta? Ou então eu passaria pro próximo, porque essa pergunta me deixa um pouco nervoso. De qualquer forma, eu estava sentado naquele corredor do hospital com Felicity, a senhorinha de meia idade que verificava meu pulso.

— Você está bem, querido? — a voz meio grogue me olhou, ajeitando meus fios castanhos.

Foi só una torção no pulso, tá, eu sei que eu fiz um suspense enorme ao ligar para Jisung e eu sei que a palavra "pronto-socorro" faz a pessoa imaginar uma perna quebrada, ou um tiro na costela, mas é o meu jeitinho.

(Na verdade só gosto de ver a reação das pessoas para saber se eu sou mesmo importante para elas)

— Eu estou perfeitamente, dignamente, estrondosamente, magnificamente bem, Sr.Felicity. — sorri igual um anjinho. — Posso ir agora?! — murchei os ombros e fiz um bico.

— Não até seus amigos chegarem! Não posso simplesmente deixar você sair sem mais e nem menos. — Ela ajeitou meus fios mais uma vez, o tipo de pessoa que ama toque físico. Jisung odiaria ela.

— Por favor, Felicity! Se você me der um supino agora mesmo pra eu segurar posso fazer dez agachamentos segurando ele. — o que era uma farsa porque só de segurar duas sacolas com compras eu já cansava.

— Shhh, quietinho. — a mulher de meia idade deixou tapinhas em meus ombros e eu desisti. — Uma hora eles chegam.

Basicamente eu estava andando na rodovia e ela me viu tropeçar, na beira, bem na beirada da morte. Tropecei no acostamento e caí na pista com as mãos estendidas, graças a Deus outra pessoa não viu porque foi assim, bem insalubre. O acostamento estava todo cercado por causa das obras na estrada e, sim, eu ralei os joelhos, e um coração partido não dói bem menos que isso.

Olho para o celular e nenhuma mensagem, se eles tivessem encontrado Christopher com certeza teriam mandado alguma notícia, provavelmente ele continua vagando pelos campos de Lanchasire, tentando entrar em contatos conosco, ou indo de carona para Escócia, e as probabilidades disso está acontecendo nesse exato momento são bem altas.

Ou ele só simplesmente pode estar sendo assassinado por um caminhoneiro com aquela carinha de menino rico a besta dele, que é tão irritante que duas crianças podem gorfar nas solas dos calçados dele.

— Seungmin?!

Meu coração acelerou, era Jesus vindo! Jisung estava correndo em minha direção, tropeçando em malas, velhos e crianças com caras de encapetadas, ele se ajoelhou diante de mim e agarrou meu rosto, minhas bochechas se juntando e minha cabeça indo para cima, para baixo, pro lado e pro outro, deixando que ele me analisasse em compensação ao surto que eu tive que deixar ele passar.

— Tá tudo bem? O que aconteceu? Quebrou a perna? Crânio? Posso te fazer um implante novo agora mesmo. — ele falava desesperado, os olhos arregalados.

— Eu tô bem, carai. — bufei. — Agora por favor, pede com carinho para a Felicity me deixar ir embora! — juntei as mãos. — Isso aqui é tipo a segunda temporada tenebrosa de American Horror Story.

— Jisung. — ele se levantou, estendendo a mão para ela e se apresentando. — Muito obrigado por cuidar de Seungmin.

— De nada. — Ela apertou a mão dele e sorriu. — Ele é um fofinho.

Imagine se não fosse.

Saímos do pronto-socorro e Minho estava escorado no carro, ele levantou os óculos de sol e sorriu, batendo palminhas e me agarrando, deixado tapas em minhas costas e me fazendo tossir. Por que homem é assim, meu Deus?

𝗇𝖺 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝗈 𝖾𝗑 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )Onde histórias criam vida. Descubra agora