𝖼𝖺𝗌𝗈 𝖽𝗈 𝖺𝖼𝖺𝗌𝗈.

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— Eu estou morrendo de fome! — reclamei, olhando a hora no celular, meu pulso doía e Bang Chan insistiu pra dirigir.

Mesmo que eu fosse muito teimoso e não tivesse aceitado de primeira — porque nem foi tão grave assim —, as vezes as pessoas duvidam muito da capacidade de um homem como eu!

— Faltam seis horas. — Christopher olhou o relógio em seu pulso. — Não faz sentido chegar lá as três da manhã. Vamos ver se pegamos um quarto de hotel na estrada.

— Não! Tá doido?! A gente tem que continuar, não vamos chegar nunca desse jeito! — reclamei, sem nem olhar Chan nos olhos. — Esqueça.

— Hã? Desculpe mas não consegui te escutar por cima do som das suas expectativas irreais.

Saudades de quando viado não dava opinião. Revirei os olhos e me afundei no banco do carro, era ridículo gastar mais ainda em uma viagem que era pra ser econômica e mais nada, já gastamos na Airbnb em Ettrick, gente eu não CAGO dinheiro, que ódio!

O sol se põe exatamente quando estacionamos no primeiro hotel que encontramos, Minho estacionou do nosso lado e saiu do carro, Jisung veio atrás. Bocejei e passei as mãos pelo rosto, gemendo arrastado ao que meu pulso doeu, esqueci desse detalhe também. Chan me olhou preocupado e tocou meu ombro, me olhando nos olhos.

— Ei, seu pulso está machucado, é melhor você descansar, vou pedir um saco de gelo para você tudo bem? — ele murmurou baixinho.

Eu concordei, envergonhado, odiava dar trabalho pros outros e principalmente pra a última pessoa que eu queria nesse mundo, Christopher. Ele sempre foi cuidadoso comigo, bom, na verdade quando namoravamos claro. Chan é o bobão que se você tropeçar ele vai perguntar se você está bem como se você tivesse quebrado a perna e implorar pra que você fique de repouso e deixe ele cuidar de você. É por esse motivo que me apaixonei por ele, Chan de alguma forma sabe ser adorável até com as mínimas coisas.

Pensei um pouco e suspirei baixinho, enquanto entrávamos no hotel e deixávamos que Minho e Chan cuidassem da hospedagem. Quando eles nos entregaram as chaves, Minho nos olhou.

— Más notícias.

Olhei confuso para Jisung, que deu de ombros. E então entendi o porque das más notícias, isso aqui está começando a virar um jogos vorazes pra ver quem é o primeiro a se matar, e eu serei.

— Viado, isso aqui é um absurdo! — Falei incrédulo.

Jisung e eu nos entreolhamos sobre a cama de casal, mas logo desviamos o olhar, ERA IMPOSSÍVEL NÃO QUERER SE MATAR!

— Onde que eu vou dormir, caralho?! Na porra de um berço?! — Jisung olhou pra Minho, o namorado se segurou pra não responder. — Deixa quieto.

Eu ponho as cartas na mesa e admito que o quarto para família do hotel econômico não foi projetado para quatro pessoas adultas, pais de gatos e cachorros, trabalhadores e com problemas no amor — esse último obviamente sou eu. O hotel está lotado pois pelo o que eu entendi estava tendo um casamento aqui por perto e quero saber porque tantas pessoas estão se casando ultimamente, isso anda afetando os seres humanos solteiros! Como podemos ver.

O quarto tem uma cama de casal, duas camas de solteiro separadas por um espaço estreito e um berço.

— Se alguém tiver que dormir no berço vai ser Jisung. — Minho levantou a mão, dando ideia. — Ele é do tamanho de uma criança.

Jisung olhou com desgosto pro namorado e apenas ignorou ele, Minho deu de ombros quando Bang Chan revirou os olhos e bufou.

— Vou ficar com a calma de casal. — gritei. — Com o Jisung. — Aponto pro mesmo que já está deitado e Minho me olha incrédulo, sorrio para ele. — Prometo não fazer nada.

𝗇𝖺 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝗈 𝖾𝗑 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )Onde histórias criam vida. Descubra agora