Fragile line

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- Boa tarde. - ela sorriu - Você cresceu, Tay.

- Você lembra de mim? - sorri inclinando a cabeça -.

- Mas é claro, todos se lembram de você cantando no restaurante da Leslie, bobinha. - ela bagunça meu cabelo -.

- Eu senti sua falta quando fui crescendo. - ri baixo - Senti falta dos penteados que você fazia.

Rose sorriu

- Eu amava fazer isso, os médicos diziam que eu era infértil. - ela me olhou - Eu consegui ter uma filha antes do câncer, Taylor.

- Eu fico tão feliz por ter conseguido, Rose. - acaricio seu braço - Porque você não me ligou? Eu posso te ajudar, sabe disso.

   AEla balançou a cabeça.

- Estágio final não tem mais jeito. - ela sorriu -.

    Ela me convidou para ficarmos conversando e logo a filha dela chegou, a S/n.

- Oi mãe, eu trouxe o remédio. - ela disse chegando na sala - O que você passa nas feridas e a cápsula.

    Ela parou quando me viu e quase deixou cair o remédio.

- T-taylor?

- Quanto tempo. - eu levantei para abraçá-la - Eu não lembro direito de você, mas sei que nos conhecemos.

     Ela retribuiu o abraço hesitante, mas logo se acomodou.

- Como é voltar à Nashville? Digo, depois de tanto tempo? - ela disse deixando os remédios em uma mesinha -.

- É reconfortante voltar para casa. - sorrio - Precisamos conversar.

- Hum, então, eu... - ela mexia nervosamente as mãos- Pode ser outro dia? Eu preciso cantar em mais três restaurantes. Você sabe, o câncer.

- Não é mais preciso, você vai terminar sua faculdade de publicidade e vai trabalhar comigo, se você aceitar minha oferta.

- Mas eu preciso trabalhar, preciso comprar os remédios da mamãe.

- Eu dou conta disso agora. Vou transferir vocês para Nova Iorque. Se vocês quiserem, é claro.

   S/n olhou para mim e para sua mãe, depois baixou os olhos para os remédios.

- Só se eu puder te pagar depois quando trabalhar para você.

- Depois vemos isso. Eu preciso voltar para casa. Meu segurança vai lidar com a mudança, vocês podem ficar na minha casa, tenho uma desocupada.

- Vamos agora, agora mesmo? - ela falou alarmada -.

- Agora, ou você quer ir depois? Precisa resolver algo? - inclinei a sobrancelha -.

- Não, perdão, eu só preciso fazer nossas malas.

- Ok, eu espero aqui embaixo com a sua mãe.

    S/n correu para cima e depois de meia hora desceu com as malas e uma caixa cheia de remédios.

     Jeff nos levou para o jatinho e após embarcarmos expliquei todos os detalhes para S/n e Rose. Eu pagaria a faculdade dela e após concluída ela trabalharia comigo, teria o próprio salário e morariam na casa que tenho disponível.

     Eu não podia deixar Rose apodrecer e S/n se virar sozinha, Rose cuidou de mim, era hora de retribuir. Quando estávamos de volta à grande cidade eu levei elas para a minha casa de férias, deixando o Jipe para S/n poder ir para faculdade.

     Eu estava longe da porta quando ela é aberta e S/n sai fechando seu moletom.

- Você está me dando coisas demais, Taylor. Pagando minha faculdade, o tratamento da minha mãe, nos dando casa e deslocamento. - ela balançou a cabeça - Estou sem graça porque não posso te dar nada no momento.

- Sua mãe já fez muito por mim, estou apenas retribuindo. Agora preciso ir, voltarei amanhã. A casa é de vocês, vá se acomodar com a sua mãe. - pego minha bolsa e lhe dou um cartão - Eu tomei liberdade de fazer um cartão para você, use para o que precisar. Remédios, roupas, comida, gasolina. Foco na faculdade, S/n, você precisa se formar. É o sonho da sua mãe ver isso.

     S/n tinha seus olhos marejados, assentiu com a cabeça e me abraçou.

      Me despedi e voltei para o carro com Jeff, tinha trabalho a fazer. Tree já havia me ligado cinco vezes, coisa boa não era.

- Olá. - digo hesitante -.

- Taylor, aconteceu algo. - Tree responde devagar -.

- Pode falar. Estou indo para casa. - falei enquanto prendia o cinto -.

- Aquele segurança que voltou com o seu carro de Nashville, ele morreu em um acidente. O Audi vermelho bateu nele. Michael está sendo deslocado para Houston, a cidade onde sua família mora.

- O quê? - coloquei a mão na boca - Como assim?

- John Mayer agora é um fugitivo, se cuide.

- Tree, preciso do endereço da família dele. Para agora. - eu frisei - Aí meu Deus. - eu chorava pela sua morte, pela sua família e principalmente por ter perdido um amigo de longa data -.

- Todas as informações estão sendo enviadas. Eu sinto muito Taylor, sabíamos como vocês eram amigos.

- Cancele tudo o que tenho hoje, não consigo raciocinar. Agende para amanhã.

- Como quiser. Sinto muito mesmo, Tay.

- Eu sei.

      Ao chegar em casa desfaço as malas e me embrulho no edredom. Michael era uma das pessoas que eu mais confiava no mundo, era tão engraçado. Percebi que aos poucos eu estava perdendo todos que me rodeiam.

     Me levantei e abri um vinho branco, precisava esclarecer a cabeça no banho. Enchi a banheira e servi uma taça. No final, meus dedos estavam todos enrugados e a garrafa de vinho, vazia.

      Me enrolei na toalha e fui ao closet escolher um pijama. Me deparei com a parte do Joe vazia, ele já havia ido embora. Ali, parada no meio do closet eu repassei todos os 6 anos de namoro, todo o esforço de fazer dar certo, todas as comemorações de Natal, os finais de ano, meus aniversários, os aniversários dele. Tudo se foi do mesmo jeito como veio, do nada.

     Decidi que nada daquilo me faria bem de novo, então coloquei todas as lembranças em uma caixa de papelão, as fotos, cartas, presentes e joguei no lixo. Pela manhã nada mais daquilo estaria na minha casa, tudo seria jogado fora, assim como os 6 anos que passei pensando que ele seria meu marido.

       Coloquei Meredith e Olivia comigo na cama e abaixei a venda. Querendo ou não, eu era a Taylor Swift e havia trabalho para ser feito.

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Capítulo revisado!

Boa leitura!

Sem datas de postagem, decidindo eu avisarei.

The Great War - Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora