Champagne problems

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Nova Iorque, 17 de julho - 07:57 a.m.

   Já havia algum tempo que Taylor não aparecia em casa, ela só havia me dito que estava corrido no estúdio e que se ela tivesse algum tempo livre ela viria nos ver. Mas isso foi a semanas.

   Eu havia reiniciado na faculdade há 6 meses e, meu Deus, eu estava tão feliz! Eu amava como estudar a arte fazia eu me sentir completa, feliz. É incrível como eu posso me libertar em fotografias, no simples ato de eternizar uma imagem.

    Porque fotos são isso, momentos eternizados.

    Minha turma era consideravelmente grande, 75 alunos, de diversos países. Eu havia feito amizade com duas meninas: uma da Austrália, outra da Alemanha. A da Alemanha era pouco fluente ainda, mas com dedicação ela conseguia se comunicar conosco, sempre ajudamos ela com alguma palavra.

   Eu e elas nos ligamos de uma forma estranha, estávamos perdidas para a terceira aula, a classe que pelo destino estamos juntas. Só conseguimos achar a sala pois o próprio diretor nos guiou, somos péssimas na localização do campus.

   Ligo o celular e vejo o horário, 7:57 a.m., eu tinha absolutos 3 minutos para chegar na sala e me aprontar para a prova.

*

  Suspiro aliviada após sair da sala, se eu passasse naquela matéria eu juro que nunca mais reclamaria de nada.

   Me sento no gramado do campus para abrir meu computador e enviar um último trabalho que ainda estava dentro do prazo e abro uma aba para o Twitter, havia tempo que eu não olhava minha conta.

   Deixo a aba em específico de lado enquanto carregava e termino de checar a estrutura do trabalho, a bibliografia, respirando fundo após enviar para a professora. Feito.

    Despreocupadamente encosto na árvore e fico ali rodando a rede social, deixando de seguir algumas pessoas, adicionando outras, quando abro os assuntos do momento me assusto.

    Entre as hastags do momento, uma que envolvia a Taylor estava em primeiro. E até poderia ser boa, se eu não tivesse sentido uma dor aguda no peito.

    Desligo o computador o guardando na mochila e me vejo indo para fora da faculdade, já abrindo o contato de Taylor.

  Taylor <3

Hey, Taylor
Você está bem?
Eu acabei de abrir o Twitter...

   Olho para frente calculando a distância da faculdade até o apartamento dela na Cornelia.

   14 quarteirões, eu conseguia, eu acho.

  Checo o celular mais uma vez e vejo que a mensagem nem ao menos havia chegado. Droga.

   Disparo em uma corrida acelerada, sem ao menos me preocupar com os carros que estavam passando.

- Desculpa! - grito ao carro que precisou parar abruptamente para que não me atropelasse.

    Céus, como será que Taylor estava? Tantos comentários horríveis, tantas falas problemáticas.

  Ligo para minha mãe quando chego na rua do apartamento da loira.

The Great War - Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora