I Can See You

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- Não adianta se esconder, S/n... - digo andando pelo corredor - Eu vou te achar.

     Eu sabia para onde ela iria, os banheiros eram óbvios demais, na cozinha não havia lugares para se esconder, o quarto de hóspedes está fechado, ela nunca pensaria no estúdio e o closet é o lugar com mais lugares imprevisíveis.

     Abro a porta e ando devagar, ela vai ter que se render. Rio ao imaginar sua cara se eu fizesse tudo que me rodeia a cabeça.

- Você é tão previsível, meu amor. - dou uma pausa - Eu vou te dar uma escolha. Você pode se render e eu esqueço das provocações, ou você continua sendo essa garotinha teimosa e faz eu te arrancar de onde está.

  Falo baixo, mas não obtenho respostas.

- Ok, lá vou eu.

   Olho para a única porta que seria grande o suficiente para caber uma pessoa. Olá, S/n.

- Oh, eu te achei, garotinha. - sorrio - Você é tão previsível.

    A visão que eu tenho é dela encolhida, se abraçando com os olhos fechados. Devagar ela abre um olho primeiro e seu rosto começa a ficar vermelho.

- Ainda dá tempo de me render? - levanta os braços -.

- Depende, só se você fizer aquele brownie de novo... - mordo os lábios de puro desejo, mas não era pelo doce -.

  Seu olhar parece distante, ficando fixo em minha boca. Faço questão de lambe-los antes de me pronunciar.

- Perdeu algo, S/n? - me apoio no armário -.

- D-Desculpa. - ri fraco - Vamos ir fazer seu brownie.

  Rapidamente a realidade me volta, aquela que me diz que não posso agarrar a garota a minha frente, porque ela é mais nova e isso daria problema, tirando a repercussão que isso teria, porque eu não guardaria S/n como um segredo.

   Mas ainda assim, a ideia de colar meus lábios aos seus era provocante, de sentir sua pele, poder explorá-la.

  Obriguei esses pensamentos a irem embora, me distraindo com as gatas e com a TV, até sua receita ficar pronta.

- Se as calorias não contassem, eu comeria isso todo dia. - digo ao morder o primeiro pedaço - Oh, S/n, isso é tão bom.

  Isso seria facilmente um orgasmo culinário, me fazendo soltar um pequeno gemido.

- Você realmente gosta de doces, Loirinha. - ela me olha -.

  S/n ri de mim e vai para o sofá, para escolher um filme para assistirmos, coisa essa que já virou rotina.

- Que filme é esse? - digo me sentando -.

- Não conhece a lenda? - ela se senta de frente para mim -.

- Não, sobre o que fala?

- A lenda conta que cada pessoa é ligada a outra por uma linha.

- Por uma linha? - pergunto confusa -.

- Uma linha vermelha que é invisível. Dizem que almas gêmeas no começo eram corpos juntos, uma alma, um coração... mas que eram muito poderosas juntas, fazendo com que os deuses os separassem, mas para não correr o risco que eles nunca mais se encontrassem... - deu uma pausa - Linhas vermelhas foram amarradas nos dedos mindinhos. - mostra o seu - Mas essas linhas são invisíveis aos olhos humanos.

   Absorvo toda a informação que recém saiu de sua boca. Almas gêmeas, linha invisível, destino, foi ai que uma luz acendeu em minha cabeça.

- É bobagem, eu sei...

- Isso é lindo. - falo rápido - Tive uma ideia, já volto.

- Ah... ok. - corro com o meu celular para o estúdio, ouvindo ela ficar confusa - Vai entender.

  Fiquei no estúdio durante horas, estava no celular com Jack, que assustado no início atendeu o telefone.

- Taylor? Está tudo bem? - diz pela linha -.

- Jack! Eu estou otima, espero que você tambem esteja. - sou rápida - Sei que estamos gravando para um álbum em específico, mas tive uma ideia muito boa, uma inspiração. Mas isso seria para outro álbum, daqui alguns anos.

- Você é maluca, manda a ver.

  Com Jack é tudo mais facil, a composição, o ritmo, tudo. No final de tarde já estávamos com uma música solta, de um futuro álbum, mas uma música pronta.

- Ok, obrigada por isso. - falo voltando para sala - Pode ser amanhã, às três? Certo, obrigada. - Termino de marcar a sessão de amanha -.

- Está tudo bem? - ela diz tomando algo em uma caneca -.

- Uhum, tudo certo. Amanhã vou no estúdio de Jack, para gravar algumas músicas do novo álbum.

- Ah, claro.

  Hoje estava mais frio, então terminei de preparar uma massa que estava semipronta na geladeira. Me junto a ela na cama, com uma taça de vinho branco que foi deixada na cabeceira após terminada.

- Obrigada. - digo me aconchegando na cama -.

- Como? - ela chega mais perto -.

- Obrigada por estar comigo. - falo no escuro do quarto, mas olhando para onde eu sabia que ela se encontrava -.

- Claro, Tay. - me abraça- Sempre estarei aqui.

  Ali naquele abraço, eu adormeci, prometendo a eu e ao meu coração que um dia aquela mulher teria de ser nossa. Mas que agora éramos um problema grande demais para ela ser envolvida.

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Capítulo revisado!

Boa leitura!

Vocês acham mesmo que eu vou entregar um hot logo de início? Nem pensar, paciência meus amores. Capítulo curto pois eu preciso estudar para as minhas provas.

Sem datas de postagem, decidindo eu avisarei!

The Great War - Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora