Daylight

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    Quando S/n se foi para casa, fiquei sentada durante algum tempo em minha cama, pensado em quão grata eu estou por ela ter vindo aqui, ter visto ela me deixou... Feliz.

   Calcei as pantufas e fui para a cozinha, coloquei as rações para as meninas (Dibbles e Meredith). E não resistindo, abri um vinho branco. Agarrei o cardigan branco e com a taça cheia fui para a sacada.

   As vezes nem sempre é ruim em ver como a vida está correndo, acho que todos temos um tempo diferente, não existe atraso de vida.

  Veja bem, eu sempre me esforcei para ter tudo que tenho agora, mas agora eu estou nessa longa pausa, que não sei quanto tempo vai durar, mas sei que há de acabar.

  Percebi que desde então, Joe não me fez falta, e vejo agora que Tree estava certa, estar com Joe é o mesmo que estar sozinha. Ele está seguindo a vida dele, eu estou seguindo a minha, como deve ser, estou feliz com isso.

  Degusto devagar do vinho, adoro sentir o líquido correndo pela garganta, o leve aroma, adoro ver em como algo que gosto tanto, no final me deixa tão para baixo.

  Não canso em dizer em como essa cidade me faz ter energia, combustível para a vida, me faz querer viver, acordar. É a faísca de esperança que todo dia eu busco, ver a movimentação, as pessoas, sentir a vida.

    Ouço conversa no andar de baixo, mas não dou muita atenção, ainda estava embriagada por uma crescente esperança em meu peito, que sem eu perceber me fez suar pelos olhos. Eu finalmente estava entendendo que vai ficar tudo bem.

- Taylor? - ouço sua doce voz me chamando - Ainda está acordada?

- S/n? - me levanto e adentro a sala - Você esqueceu algo?

   S/n coça a nuca e olha para baixo.

- Ah, bom, eu... Eu nem perguntei se você queria, mas eu meio que vim dormir com você. Mas se você quiser ficar sozinha, eu entendo, posso volt...

   Ando rápido e a abraço forte, colocando meu rosto em seu ombro, inspirando o cheiro que seu cabelo exala.

- Obrigada por ter vindo ficar comigo, você faz as coisas parecerem mais leves.

- Eu sempre vou estar aqui, Taylor.

- Sempre? - sorrio rindo -.

- Sempre que você quiser.

- Então será sempre. - pisco - vamos, venha pegar um pijama, está frio.

   Percebo ela apertando alças de uma mochila.

- Talvez eu tenha tomado liberdade e trazido algumas coisas para deixar aqui, você sabe, vai ser mais prático...

- Sem problemas, tem espaço no closet.

- Closet? Ah, o closet.

- Já arrumou o seu? - ando em sua frente, girando o pouco do vinho que ainda restava na taça -.

- Eu meio que ainda não tive tempo. - ela ri - Eu estava pensando em fazer isso amanhã, mas nem sei por onde começar.

   Então eu vou ter que te ajudar, meu bem.

- Se você quiser eu posso te ajudar. - me ofereço -.

- Você faria isso? Digo, ir para me ajudar? - ela pergunta rápido -.

- Claro que sim, bobinha. - pego a mochila de suas costas e começo a tirar as coisas de dentro - Adorei a sua escova.

- Eu nunca deixei de ser criança nessa parte, adoro essas escovas de dente que são decoradas.

- Somos parecidas, eu adoro meias com desenhos. - aponto para a gaveta de meias -.

- Uau, isso é lindo, é divertido. - sorri - Gostei da que tem pizzas.

- Pegue ela para usar, usaremos meias diferentes hoje.

   Organizei as roupas por cores, os sapatos e, ousadamente, as partes de baixo, que eu particularmente, achei muito atraente. Coloquei a sua escova ao lado da minha, mesmo ela insistindo que poderia usar o banheiro de visitas, mas afirmei que ela não era visita, era de casa.

- Certo então, você já comeu? - disse me sentando na cama, após ter tomado banho e vestido um pijama de frio -.

- Ainda não, só fiquei no vinho. - digo guardando algumas composições -.

- Alcoolatra... - a ouço murmurar -.

- Como é? - me viro e começo a me aproximar devagar, a olhando com os olhos semiabertos - Repete.

- O quê? Eu não disse nada! - ela se apoia nos cotovelos, sorrindo. Que maldita -.

- Repete S/n, você não tem coragem? - engatinho até ela - Vamos.

- T-Taylor, eu tava brincando. - começou a gaguejar -.

   Eu não dou tempo para explicações e começo com cosquinhas, sem parar.

- Retira o que disse! - rio ao ver a mesmo se contorcendo -.

- Não! Você é alcoolatra! - ela ri -.

- Ah, é? - faço mais cosquinhas -.

- Eu me rendo! Eu retiro o que disse! - me afasto e observo ela respirar fundo - Poxa vida, Taylor! Eu quase fiz xixi na roupa.

- Eu sempre acabo tendo o que eu quero. - a olho de cima embaixo - Não importa os meios.

- Eu genuinamente fiquei com medo de você.

- Bobinha, é melhor ter. - sorrio - Pedi tacos para nós, espero que goste.

- Eu nunca comi. - deu de ombros -.

- Tudo tem sua primeira vez. - ela pisca -.

- Tudo? - ela sorri de canto e sinto um frio percorrer minha barriga -.

- Tudo. - olho fixamente para ela - Até o imaginável.

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Capítulo revisado!

Boa leitura!

Sem datas de postagem, decidindo eu avisarei!

The Great War - Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora