Begin Again

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   Eu não podia deixar Taylor dormir sozinha hoje, não sabendo em como o seu coração está afundando, mesmo que lentamente. Decidi que eu terminaria de cumprir minhas obrigações e voltaria para Taylor, ela precisava de alguém e eu estaria ali, até que ela mandasse eu ir embora.

  Durante o caminho da Cornelia Street até "minha" casa, fui pensando em como o mundo pode ser cruel, facilmente corrompido e extremamente injusto. O que ela havia feito? Nada, mas como estava sua vida e sua reputação? Destruída. Tudo por um talvez.

  Ao chegar em casa encontro minha mãe, seu cabelo estava caindo, amanhã eu iria levar ela a um salão e ela raspará a cabeça, mas ela estava confiante. Ao escutar meus passos ela se virou sorridente, era bom ver que na condição de agora, ela estava mais leve, ela parecia bem.

- Oi, meu amor. - ela se levanta com os braços estendidos - Você atrasou.

  Seus braços são o único lar que eu não posso perder, não sem me preparar com a ideia de não ter ela comigo.

- Hum, mãe. - digo ao sair do abraço - Eu preciso conversar com você.

- Claro meu amor, sente. - ela me guia para o sofá grande e cinza da sala - O que está havendo?

- Taylor precisa de mim. - sou direta - Está rolando todo aquele rebuliço na Internet, com os ataques e ameaças, ela está sozinha no apartamento, sem amigos ou família. Preciso ajudar ela. - meus olhos lacrimejam - Ela está nos ajudando, preciso retribuir.

- Faça o que o seu coração manda, S/n. - ela aperta minha mão - Ele sempre vai te guiar para o caminho certo.

  Sorrio e pego as compras que fiz durante o caminho, sua dieta precisava sem mantida sem falta.

- Eu trouxe o que você precisava, mãe. - levo as compras para a cozinha, lavando e colocando o que era necessário na geladeira e o resto na dispensa. Fiz rapidamente legumes cozidos e pedaços de carne, ela precisava de proteína -.

- Mande um beijo à Taylor, diga que sinto sua falta.

- Vou dizer. - espero ela comer, para então lavar a louça e a colocar na cama -.

  Enquanto eu terminava de arrumar as cobertas em cima dela, seu olhar me chama a atenção. Ela parecia querer chorar.

- O que foi, mãe? - me sento na beirada da cama -.

- Eu amo você, filha. Amo você e tudo o que faz por mim.

- É a minha obrigação. Eu te amo.

   Dou um beijo em sua cabeça e pego as chaves do carro.

- Precisando me ligue, o celular está na cabeceira. - fecho as janelas e ligo o aquecedor - Vou tentar trazer a Taylor para cá amanhã. Volto logo de manhã, já estarei aqui quando acordar.

- Cuide dela, S/n.

- Pode deixar, mamãe.

  Saio na noite gelada com uma mochila nas costas, levando comigo uma escova de dente extra, pijamas e roupas que eu deixaria no apartamento da loira. Assim seria mais fácil dormir lá, depois que as aulas voltassem.

  Após todo o percurso de volta ao apartamento, Jeff me esperava acordado.

- Desculpe por fazer você ficar acordado, mas eu precisava deixar as coisas arrumadas para a minha mãe...

- Senhorita, está tudo bem. - ele me oferece um sorriso gentil - Obrigada por voltar.

Sorrio e após desejar uma boa noite, subo para o o andar de cima.

- Taylor? - chamo ao adentrar a sala - Ainda está acordada?

- S/n? - ela sai da varanda com uma taça de vinho e olhos vermelhos - Você esqueceu algo?

  Sinto minhas bochechas corarem e coço a nuca.

- Ah, bom, eu... Eu nem perguntei se você queria, mas eu meio que vim dormir com você. Mas se você quiser quiser sozinha, eu entendo, posso volt...

   Em passos largos ela me alcança e passa seus braços ao meu redor, me deixando paralisada. Seu corpo estava quente, ela estava cheirosa, exalava um leve cheiro de lavanda. Suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas, fazendo um leve carinho.

- Obrigada por ter vindo ficar comigo, você faz as coisas parecerem mais leves.

- Eu sempre vou estar aqui, Taylor.

Diga a ela.

- Sempre? - ela sorriu divertida -.

- Sempre que você quiser.

- Então será sempre. - ela piscou - vamos, venha pegar um pijama, está frio.

  Aperto as alças da mochila, sorrindo.

- Talvez eu tenha tomado liberdade e trazido algumas coisas para deixar aqui, você sabe, vai ser mais prático...

- Sem problemas, tem espaço no closet.

- Closet? Ah, o closet.

- Já arrumou o seu? - ela anda na minha frente, balançando aquela bendita taça que a fazia se tornar a mulher mais atraente do mundo -.

- Eu meio que ainda não tive tempo. - rio fraco - Eu estava pensando em fazer isso amanhã, mas nem sei por onde começar.

- Se você quiser, eu posso te ajudar.

- Você faria isso? Digo, ir para me ajudar?

- Claro que sim, bobinha. - ela diz pegando a mochila das minhas costas e a abrindo - Adorei a sua escova. - ela mostra a escova de panda -.

- Eu nunca deixei de ser criança nessa parte, adoro essas escovas de dente que são decoradas.

- Somos parecidas, eu adoro meias com desenhos. - ela aponta para a gaveta transparente que abrigava meias de diferentes cores e desenhos -.

- Uau, isso é lindo, é divertido. - sorrio - Gostei da que tem pizzas.

- Pegue ela para usar, usaremos meias diferentes hoje.

   Taylor usava uma meia preta e branca, com pássaros azuis. Enquanto eu, usava a de pizza. Ela organizou as minhas roupas por cores, os sapatos e, descaradamente, as partes de baixo. Colocou minha escova ao lado da sua, mesmo eu insistindo que eu poderia usar o banheiro de visitas, mas a mesma afirmou que eu não era visita, era de casa.

- Certo então, você já comeu? - digo me sentando na cama, após ter tomado meu banho e vestido um pijama de frio -.

- Ainda não, só fiquei no vinho.

- Alcoolatra...

- Como é? - ela se vira pra mim e vem se aproximando devagar - Repete.

- O quê? Eu não disse nada! - me apoio nos cotovelos.

- Repete S/n, você não tem coragem? - ela engatinha na cama - Vamos.

- T-Taylor, eu tava brincando. - começo a gaguejar -.

  Ela não me dá tempo para explicações e começa uma guerra de cosquinhas, sem parar.

- Retira o que disse! - ela ri -.

- Não! Você é alcoolatra!

- Ah, é? - ela faz mais cosquinhas -.

- Eu me rendo! Eu retiro o que disse! - respiro após ela se afastar - Poxa vida, Taylor! Eu quase fiz xixi na roupa.

- Eu sempre acabo tendo o que eu quero. - ela debocha - Não importa os meios.

- Eu genuinamente fiquei com medo de você.

- Bobinha, é melhor ter. - sorri - Pedi tacos para nós, espero que goste.

- Eu nunca comi. - dei de ombros -.

- Tudo tem sua primeira vez. - ela pisca -.

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Capítulo revisado!

Boa leitura!

Sem datas de postagem, decidindo eu avisarei!

The Great War - Taylor SwiftOnde histórias criam vida. Descubra agora