CAP 12: Despedida

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POV: Franky

No quarto de recuperação do hospital...

- Anya, seu pai foi pra casa tomar banho e buscar umas roupas. Ele também pediu pra eu te explicar o porquê de estarmos nesse hospital e não em um convencional..

Anya: Tudo bem, tio. Eu já sei.

- Ah.. já? Então tudo bem. Vou deixar você sozinha com a Yor.

*  O Loid não teria contado a verdade pra ela, né?... Não, não, impossível. Depois esclareço isso.  * - pensei e saí do quarto, deixando elas a sós.

POV: Anya

- Oi, mamãe... - assim, num tom sincero e entristecido, foi como iniciei um longo monólogo, contando a ela sobre a minha vida até aqui. Falei com ela tudo o que senti vontade. Sobre minha vida antes de ser uma Forger, sobre minha habilidade de ler mentes e sobre como eu amei cada segundo que passamos juntas em família. Falei sobre meu desejo de ter ela não só como minha mãe, mas como esposa do meu pai também... Falei sobre meu medo de não ser suficiente e o medo de decepcioná-la... Foram horas de palavras verdadeiras acompanhadas de lágrimas, sem soltar a mão da minha mãe. Chorei tanto que, depois de me cansar, deitei a cabeça próximo a ela e terminei refletindo:

- Eu não nasci de você.. E não precisei, porque mesmo não tendo laços sanguíneos você se tornou uma parte essencial de mim, e eu não suportaria perder você, mãe. Não ainda. Me dói muito te ver cheia de faixas e curativos... Isso não é uma despedida, então volta logo pra casa, mami... - e adormeci com uma última lágrima escorrendo sobre meu rosto.

POV: Loid

Em casa...

Durante toda a noite no hospital; dentro do carro a caminho de casa; durante o banho.. Em todos esses momentos eu me segurei pra não focar no pior da situação. Cauterizei minha mente, como um espião faria, e me dirigi ao quarto da Yor para selecionar algumas roupas que eu deveria levar.

- Acho que essa peça é confortável. Essa também,  e essa aqui. Ela gosta muito de usar esse vestido vermelho. E o que mais... - eu estava falando sozinho em voz alta o que eu pretendia levar na bolsa, então, olhei ao redor do quarto pensando em que mais eu poderia pegar, até que me deparei com um quadro. Nele, a foto dela.. Uma foto de alguns anos atrás, num festival. Uma foto que eu tirei dela e nem sabia que ela havia emoldurado e guardado:
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 Uma foto que eu tirei dela e nem sabia que ela havia emoldurado e guardado:

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*  linda como sempre...  * pensei, peguei o quadro, e o observei por um tempo. Até que eu não pude aguentar mais e me sentei na cama, levando as mãos ao rosto pra enxugar as lágrimas que queriam sair. Chorei de soluçar.

- Porque isso foi acontecer, Yor?!! Porque você tinha que se submeter a esse trabalho sujo?? - à essa altura eu já havia sido informado do que ela fazia, e as peças realmente se encaixavam.

Em seus cabelos rosados... por todas as nossas memóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora