CAP 20: a reta final

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1 ano e 9 meses depois...

Idade real da Anya: 14

Idade falsificada da Anya: 16

POV: Anya

- Papai, você precisa realmente ir..? - ele apenas acenou que sim.

- M-mas eu não posso ir junto, hein? Eu poderia ajudar com a minha habilidade de ler mentes, igual fizemos nos últimos meses. Por favor... - eu implorei, mas não estava animada. Eu estava preocupada.

Yor: Filha... seu pai disse que é perigoso demais pra quem não é espião.

Loid: Anya, não se preocupe. - ele disse se abaixando e pegando na minha mão. Completou:

Loid: O papai vai demorar um pouco, mas prometo que volto. Não precisa se preocupar, vou ter a ajuda de diversos outros espiões. Enquanto estou fora, cuide bem da sua mãe, ok?

- U-uhum... - concordei ao lacrimejar. Então eu e a mamãe nos despedimos do papai que entrou no carro e foi.

Yor: Tudo bem, Anya?

- Sim... vou torcer daqui pro papai. Sei que ele vai sair dessa com a vitória. Aliás, vou deixar tudo registrado no meu diário! Vamos Bond! - chamei-o para me acompanhar e corri para a minha escrivaninha no quarto, peguei meu diário e comecei a relatar os últimos acontecimentos:

" Hoje é dia 17 de fevereiro. Ontem de noite meu pai recebeu uma mensagem urgente da agência em que trabalha. Na verdade, o trabalho do papai nos últimos meses ficou bem mais puxado e segundo o que ouvi é pelo fato da Operação Strix estar atingindo seu clímax. Por causa disso, meu pai foi convocado com urgência para uma viagem que poderá ser o último grande golpe pra garantir a paz entre Ostania e Westalis. Eu ainda não sei muitos detalhes, mas sei que diversos espiões estão sendo enviados pro mesmo lugar, onde aparentemente haverá uma reunião decisiva do Partido da União Nacional, presidido pelo pai do Damian e que planeja provocar uma guerra entre nações... Isso é realmente frustrante.... O meu pai está lutando diretamente contra o pai de um dos meus amigos. Bom, isso se ainda somos amigos, pois desde que Damian foi desconectado do chat, por algum motivo, eu não consegui mais contatá-lo.... espero que as coisas estejam indo bem pra ele. Eu sei que a culpa disso tudo não é nossa; A guerra é cruel por isso: ela cobra o mais alto preço daqueles que sequer pediram por ela. Mas enfim, preciso desabafar aqui que eu queria muito poder ajudar meu pai agora. Eu sei que é perigoso para não espiões, mas eu já sou quase profissional considerando que tenho ajudado o papai em suas missões nos últimos meses. Eu realmente aprendi muita coisa... É. É justamente por ter aprendido bastante que preciso me conformar quando meu pai diz que é perigoso que eu vá.  Ah, antes de terminar, preciso deixar registrado aqui que até mesmo o pai da Becky foi viajar por esses dias. Eu sei que por ele ser o CEO de uma grande fabricante militar ele tem relação com esses assuntos, mas não consegui decifrar qual exatamente é o propósito dele, que talvez, seja apenas o de vender seus produtos, como deveria fazer um verdadeiro homem de negócios. Eu só espero que no final disso tudo, eu ainda possa viver uma vida satisfatória com minha família e amigos..."

- Whoaa (onomatopeia de bocejo).

*  nossa, ultimamente estou tendo sono muito cedo. * - concluí e deitei sobre a mesa, para relaxar os olhos.

Yor: Anyaaa, a janta está pronta. 

- Já vooou. - respondi e logo fui para a cozinha.

- Mãe, eu acho que quando o papai voltar eu vo- parei de falar porque olhei em volta da cozinha e sala e não havia ningém.

- Mãe? Onde você tá...? - pude sentir o clima pesado, eu sabia que algo anormal estava acontecendo. 

*  Alguém entrou aqui..  * - eu pensei já me preparando e pegando as lâminas de luta da minha mãe. A porta principal estava fechada e percebi a janela aberta, mas não ouvi barulho de luta corporal nem nada do tipo, então não faz sentido que ela tenha sido raptada pela janela... 

Em seus cabelos rosados... por todas as nossas memóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora