Capítulo 16

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Eros

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Eros

Olho para o horizonte, o sol batia na minha pele me aquecendo. Estava na varanda do meu apartamento. Esses meses que passaram aconteceram muitas coisas. 

Nos primeiros meses não conseguia me concentrar em nada, minha cabeça só queria ela, só pensava nela. O trabalho não rendia, não queria sair, Filippo literalmente me arrastou para uma boate. Disse que estava preocupado comigo. 

Ele não era o único que pensava assim, meus irmãos, meu pai. Todos estavam querendo saber o que estava acontecendo. Mas nunca disse nada. Quis me virar sozinho. 

Decidi que precisava de alguém, pra tentar esquecer ela, comecei a sair com uma pessoa, foi evoluindo. Ela começou a cobrar algo mais sério e acabei pedindo ela em namoro.

Por livre e espontânea pressão. 

Pensei que quando conhecesse uma pessoa nova iria esquecê-la, mas isso não aconteceu. 

Na verdade ficou pior, todas as vezes que Emily fazia algo, sempre me perguntava se a Ayla faria o mesmo.

E se ela estivesse aqui? O que ela faria?

Aquilo me deixou angustiado, mas tentei gostar dela, tentei ao máximo mesmo. Mas não conseguia, era como um bloqueio. Sentia pena dela às vezes, por estar comigo, eu não a amava do jeito que ela me amava. 

A única vez que não me senti culpado por não corresponder aos seus sentimentos, foi quando me abri com ela, e disse sobre meu fetiche. 

Ela riu da minha cara, e disse que aquilo era nojento, não acreditei quando ela disse aquilo. Fiquei mal por dias. Não era culpa minha, não era uma coisa que eu podia controlar. 

Já tinha procurado terapia, já tinha conversado sobre isso, ela disse que era algum trauma meu, não quis aprofundar isso, só sei que ela só disse que provavelmente eu não tinha sido amamentado quando bebê. 

E realmente foi isso que aconteceu, o leite da minha mãe secou. Foi o que ela me disse.

Não estava aguentando mas aquilo tudo, decidi sentar com ela e conversar,  dizer que não tava dando certo, mas aí ela me contou que estava grávida, quase caí pra trás. Eu iria ter um filho. 

Decidimos tentar novamente, no caso ela decidiu e eu me sentia na obrigação de ceder. Não era por ela, era pelo meu filho. 

Voltando para agora, tinha chegado do trabalho mais cedo, iríamos fazer a primeira ultrassom, estava animado pra vê-lo, saber se estava bem. Mas ao mesmo tempo com medo, queria ser o melhor pai pra ele ou ela, mas não sabia se seria capaz. 

Saio dos meus pensamentos com a uma voz melosa que eu conhecia bem de quem era.

_ Vamos, amorzinho. Você demora demais.

_ Já estou indo, Emily. - Saio da varanda e seguimos para o consultório do médico. 

Desde o momento em que entramos até sairmos, eu imaginava ela ali. Gerando meu filho, me dando essa felicidade e não Emily. 

Uma noite em Paris - Trilogia [Família Leblanc #1] 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora