Capítulo 22

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Ayla

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Ayla

Passo água no meu pescoço, olho para o espelho, parecia que o ar não chegava nos meus pulmões, minhas mão tremiam. O mundo virou de cabeça para baixo.

Como ele teve coragem de vir aqui, depois de tudo, como ele fez isso.

Tenho que parar de pensar nisso, não tínhamos nada, já basta de pensar sobre isso, eu que tive culpa nisso, eu que me iludi.

Fecho os olhos reparando fundo, vou me acalmando aos poucos, não posso me descontrolar logo hoje.

Enxugo meu pescoço com o papel toalha macio, e arrumo meu cabelo, voltando ao meu papel de atriz, de mulher perfeita, e que não se abala com nada.

Saí do banheiro e fui caminhando até o salão. Todos brindavam e sorriam, tento colocar um sorriso no rosto, mas assim que eu vejo quem está na minha mesa ele morre.

Meu coração dá um salto quando vejo ele agachado conversando com Atena, ela sorria como jamais sorrio com Scott, minhas pernas simplesmente não se mexem, paro no lugar observando atentamente a cena.

_ Filha… filha…Ayla. - Escuto minha mãe me chamando de longe. _ Tá bem meu amor? você parecia que estava fugindo de alguém quando desceu do palco. - A mesma sorriu com a própria piada.

Se ela soubesse.

_ Estou mãe, só uma tontura. Mas estou bem. - Tento disfarçar minha cara de espanto.

Sinto os olhos dele incendiando meu corpo, não me atrevo a olhar na sua direção, mas quase cedi a tentação quando ele e meu pai se aproximam.

_ Ayla, meu amor. Acho que você deve lembrar do Eros, um grande sócio, e o filho de um grande amigo meu.

Sem mais resistir olho na sua direção, quando nossos olhos se encontraram foi como uma onda de choque invadindo meu corpo. De repente, eram dois anos atrás novamente, eu era uma mulher apaixonada por ele de novo. Ele sorri enquanto me olha.

Eu amo… amava tanto esse sorriso.

_ Lembro sim. - Ah como eu lembro. _ Como vai senhor Leblanc? - Percebo que ele não gosta quando o chamo assim.

_ É um prazer revê-la, senhorita Miller. E vou bem, obrigado. - Ele estende a mão sorrindo, e penso duas vezes antes de pegá-la, mas não posso deixar ele no vácuo, meus pais iriam perceber.

Sua mão quente entra em contato com as minhas frias, pelo meu nervosismo, ele disfarçadamente passa o polegar no dorso da minha mão, como pode um simples contato mexer tanto comigo. Percebi que ele não desfez o contato e sou obrigada a soltar nossas mãos.

_ Na verdade é Jones, Ayla Jones. - Sou interrompida antes mesmo de dizer algo, pela fala de Scott, sua cara entrega que ele não ficou contente em ouvi-lo me chamar pelo meu antigo sobrenome. _ Scott, marido dela.

Uma noite em Paris - Trilogia [Família Leblanc #1] 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora