Capítulo 29

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Eros

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Eros

Dois dias depois

_ Agora eu entendi o porquê de você querer abrir uma filial aqui. A turistinha tá de volta é?

_ Cala essa sua boca. Estamos aqui para trabalhar, não para ficar fofocando, princesa.- Vejo ele estendendo as mãos para cima em forma de redenção.

Era quase de noite, meu irmão tinha chegado pela manhã, deu um problema com o voo e ele só conseguiu chegar hoje estamos finalizando os últimos detalhes da nova filial.

Mas tá muito difícil me concentrar, não consigo parar de pensar nela, nossos últimos encontros foram cheios de troca de olhares e uma tensão sexual que está me matando.

Não via a hora de ver ela de novo, contava os segundos para isso, já faz dois dias desde a última vez que a gente se viu, fui novamente na empresa e assinei todos os documentos necessários para a venda do imóvel.

Já liguei para uma equipe de arquitetos e engenheiros, as obras finais começam amanhã, não vai precisar modificar muita coisa. Só alguns detalhes.

Comecei a procurar uma escola para o Henry daqui a cinco meses ele vai fazer dois anos, preciso achar uma escola em que eu tenha confiança. Vou perguntar a Ayla qual a escola em que Atena estuda. Acho que vai ser bom eles estudando na mesma escola.

Quando terminamos tudo resolvo ligar pra o Filippo, faz tempo que não falo com ele e estou preocupado, ele não deu notícias essa semana. Depois de duas tentativas ele atende.

_ Vou dormir irmão, até amanhã. - Apolo se despediu de mim indo para o quarto.

_ Até, bom descanso.

Pego o celular e ligo para ele.

_ Eae cara? Como tão as coisas. - Vou andando até a varanda.

_ Oi irmão, que história é essa que vai se mudar cara.

_ Pois é, nem eu sabia na verdade, mas a cidade me conquistou, fazer o que, né?

_ A cidade te conquistou, sei muito bem o que te conquistou. Não vem com esse papo.

_ Porque não vem pra cá, pode abrir  negócio aqui também. - Perguntei na tentativa de convencer ele, mas acho difícil ele vim.

_ Não sei não cara, tenho uma vida aqui, não sei se quero me mudar agora.

_ Você que sabe, mas pelo menos pensa no assunto. Fico preocupado de te deixar sozinho aí.

_ Tá bom mamãe. Eu tô bem tá legal, relaxa. O único filho que você tem, e que deve se preocupar é o Henry.

_ Não faz isso, não joga uma piada pra tentar sair do assunto sério.

_ Eros eu tô bem, fica tranquilo cara. De verdade.

_ Tudo bem, mas qualquer coisa é só me ligar. Sabe que tem meu apoio pra tudo.

_ Eu sei disso e sou grato. Agora vai aí é cedo mas aqui já é tarde, vou dormir. A gente se fala.

_ Tá bom, até irmão.

Desligo o celular.

Me sirvo de uma dose de uísque e volto pra varanda, me sento na espreguiçadeira olhando pra o céu.

A casa estava em um silêncio absoluto, todos estavam dormindo.

Sou teletransportado para a melhor noite da minha vida. Toda vez que olho pra o céu e vejo as estrelas ou a lua me lembro dela, nunca esqueci do fato dela amar ver o céu.

E toda vez que olhava para ele durante esses anos conseguia matar um pouco da minha saudade, dava a impressão que ela também estava olhando para ele, e de alguma forma estávamos conectado, como agora por exemplo.

Não sei explicar a paz que é pra mim olhar o céu estrelado. A lua hoje estava cheia, amarela vibrante, não resisto à vontade e pego meu celular tirando uma foto.

Não sei se tenho coragem de mandar para ela, acho melhor não. Creio que ela não me responderia, ela ainda está com seu escudo de proteção.

Só naquele dia do parque ele caiu, ela conseguiu se soltar, foi um momento muito bom, mas logo ela voltou com a carranca e voltou o que era antes.

Eu precisava fazer algo para que ela voltasse a confiar em mim. Eu pensei muito nesses últimos dias em pedir o divórcio definitivo à Emily.

Ela ainda insistiu comigo sobre voltar para Paris, tivemos outra discussão, pra mim chega, estou farto dessa mulher, vou resolver tudo com meus advogados e pedir o divórcio.

Preciso conversar com a Ayla, é uma tortura para mim estar perto dela e não poder dizer o que eu sinto de verdade, de não poder chamar ela de minha.

Era uma dor quase física, aquilo estava me matando.

Mas o que mais estava me matando era ter uma desconfiança dentro de mim. Quando foi o dia de assinar o contrato, um dia depois do parque, seu rosto estava vermelho, não era um vermelho de blush ou de uma pancada em algum lugar, aquilo parecia um tapa.

Quanto mais eu olhava para seu rosto, mas envergonhada ela ficava, como se estivesse tentando esconder alguma coisa.

Comecei a ligar os pontos, o repúdio do contato do marido, o rosto vermelho. Eu precisava de algum tempo com ela, a sós.

Aquilo não sai da minha cabeça, não consigo nem imaginar ela passando por isso, me dá uma dor no coração só de imaginar.

Preciso fazer alguma coisa, e se as minhas suspeitas se confirmarem, Scott era um homem morto.

Preciso fazer alguma coisa, e se as minhas suspeitas se confirmarem, Scott era um homem morto

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Eu acho que seus dias estão contados Scott 😌💅🏻

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Uma noite em Paris - Trilogia [Família Leblanc #1] 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora