Capítulo 46

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Ayla

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Ayla

Não sei de onde saiu essa coragem de morder ele, mas ver os meus filhos naquela situação, o Eros desesperado me deu uma força que nunca senti na vida.

Mordi ele com toda a minha raiva um sentimento de anos que estava guardado dentro de mim, eu cansei de ter ele dominando minha vida.

Começamos uma luta corporal, mas eu não tinha força suficiente para pegar a arma dele, sinto ela no meio da gente, minha mão em cima dela junto da dele.

Não sei o que aconteceu, mas ela disparou, me assusto com o barulho, até que sinto algo molhado na minha blusa.

Sinto o corpo dele caindo no chão junto com a arma. Fico parada olhando a cena, ele agonizava com o próprio sangue. Sua blusa estava encharcada com o líquido vermelho.

Minha mão estava cheia de sangue, e a minha blusa estava no mesmo estado.

Eu não sei o que fazer, a principio reação é deixar a arma cair, os policiais nos cercaram,  me sinto tonta e antes que eu caia sinto alguém me segurar.

_ Você está machucada? - Ouço a voz de Eros longe. _ Fale comigo, amor.

Ele me olhava procurando por algum ferimento, mas eu não tinha nada. A minha blusa é levantada um pouco por ele. E vejo ele suspirar aliviado.

_ Graças a Deus está bem. - Eu não respondia, permanecia olhando para o corpo estirada no chão. _ Ayla, amor. Tá sentindo alguma coisa. Fale comigo. Ayla.

_ Eu matei, matei ele. Aí meu Deus. - Não era como se eu lamente a morte dele. Mas não queria ter sido eu a tirar a vida dele.

_ Foi legítima defesa. Você não teve culpa, olhe para mim. - Ele puxa minha cabeça para ele. _ Acabou meu amor, vamos ficar bem. Tá bom?

Balanço a cabeça, sem me conter choro nos seus braços.

_ Seu imbecil, eu odeio vocês. Tomara que morram. - Emily é algemada pelos policiais e levada.

_ Você foi muito corajosa senhora. Vamos finalizar o caso e quando estiver melhor vamos coletar seu depoimento. Peço que voltem para o carro que uma das nossas viaturas vai acompanhá-los até em casa.

Eros agradece a ele e eu não falo mais nada, vamos em direção ao carro e vejo Atena e Henry assustados olhando para minha blusa.

_ Tome. - Eros me dá o seu palito me ajudando a vestir.

_ Eu tô bem crianças. Foi só um susto. - Me abaixo para eles me abraçarem. _ Eu amo vocês, demais.

_ Te amo mamãe. - Atena fala.

_ Amo, amo,  mamãe. - Henry diz com dificuldade.

Entramos no carro e voltamos enfim para casa. Me sentia melhor, mas a imagem dele ainda ficou na minha cabeça.

Uma noite em Paris - Trilogia [Família Leblanc #1] 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora