Ministério do Amor

Infinito desejo

...E esse teu rosto sorrindo

Espelho do meu no vulcão da alegria

Te amo, te quero, meu bem

Não me deixe jamais...

Eu disse uma vez numa conversa nossa que Maria Bethânia era muito trilha sonora dos dois. Pra minha sorte, a Marina 💜 e a Sara 💖 concordaram comigo e ainda me deram canções lindas demais para pensar nos Ministros do Amor. Pra sorte de vocês, elas gostaram dessa brincadeira... e viva o Partido Transante 🔥

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O ato contra os juros altos, política do Banco Central, foi encerrado logo após a coletiva de imprensa. Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, e Lindbergh Farias, presidente da Frente Parlamentar contra os juros, cumprimentaram os demais parlamentares que fizeram questão de estar presentes mesmo que a sessão deliberativa do dia tivesse caído, e conversaram ainda com todos os membros e representantes das centrais sindicais, setores que sempre estiveram nas bases do partido, desde a sua fundação.

- Gleisi?! – para falar naquele tom, não deveria ser a primeira e nem a segunda vez que Lindbergh a chamava, ela sabia.

A deputada finalmente o olhou e sentiu novamente o arrepio que lhe tinha feito errar a respiração quando o toque sutil dele pousou em sua cintura e a voz ritmada, baixa, mais grave chegou ao ouvido, com ele quase arrastando o nariz na orelha dela. Estava tentando reorganizar ainda os pensamentos na ausência das outras pessoas. Era incrível como, mesmo depois de tanto tempo juntos, ele ainda a afetava daquela maneira, retirando-a completamente do eixo.

- Desculpa, eu tava... – Gleisi respirou fundo de novo ao encontrar o sorriso de Lindbergh.

- Eu perguntei se você vai mesmo querer ir pra casa antes de...

- Não.

- Não? Mas você tinha dito que...

- Vem, Lindbergh – saiu do espaço aberto onde estavam a caminho de seu gabinete, já tinha mesmo dispensado a maioria das pessoas que trabalhavam lá, naquela tarde, após a queda da sessão.

- Estrelinha?! – bastou um olhar dela e ele entendeu o que se passava ali.

Farias teve vontade de rir, mas sabia que não era prudente. Com nenhuma dificuldade, alcançou os passos apressados dela, reparando outra vez em como aquele novo tom de loiro ficava ainda mais bonito no azul que ela tinha escolhido para vestir naquele dia.

Gleisi entrou sem se importar se alguém veria ou ouviria os dois. Assim que deu dois passos dentro de seu gabinete, girou o corpo e ficou na ponta dos pés para agarrar o namorado pelo pescoço, puxando-o pela nuca, e beijá-lo.

Lindbergh garantiu que a porta se fechasse atrás deles. Ele segurava Gleisi com um dos braços a envolvendo pela cintura e tinha os dedos emaranhados nos fios macios do cabelo dela enquanto seguiam aos beijos pelo pequeno corredor.

Entraram na sala da deputada, ela com as mãos impacientes, desfazendo o nó da gravata dele e jogando pelo chão, puxando a camisa para fora da calça, enquanto Lindbergh ainda se segurava, até passar a chave na porta.

- Tudo isso só por que eu perguntei no seu ouvido se a minha estrelinha queria brincar antes da gente ir pra festa do...

- Você quer mesmo falar de outro homem enquanto a minha calcinha já tá molhada por você? – foi a vez de Lindbergh se esquecer de como respirar.

Ele a olhava encantado, ele a olhava faiscando de desejo, tentando entender a sorte que tinha por tê-la como sua mulher.

- Tira! – ele se sentou no sofá, desfazendo-se do blazer e deixando no assento ao lado, desabotoando a camisa enquanto ela permanecia de pé, o olhar fixo nele, aquele meio sorriso que o fazia perder o rumo todas as vezes.