"Cultivo una rosa blanca
en junio como en enero
para el amigo sincero
que me da su mano franca.
Y para el cruel que me arranca
el corazón con que vivo;
cardo ni ortiga cultivo;
cultivo la rosa blanca."
José Martí
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Chegou à Câmara dos Deputados quase no fim da manhã e recebeu a correspondência destinada a seu gabinete, que já havia sido separada pela secretária. Geralmente eram convites para eventos ou comunicados mais formais que ainda chegavam impressos em papel. Após passar alguns envelopes sem muito interesse pelos remetentes, viu a bandeira cubana. Deixou as demais de lado e pegou aquela, com o endereço da embaixada do país caribenho em Brasília.
Rasgou com cuidado o envelope e tirou o papel timbrado do Partido Comunista de Cuba. Leu rapidamente pela primeira vez e conferiu as assinaturas: Miguel Díaz-Canel, atual presidente daquele país, e Roberto Morales, secretário de Organização do partido que governava a ilha desde que foi concluída a Revolução Cubana, em 1959. Na segunda leitura, prestou mais atenção ao que dizia o texto. Ou quase.
- Gleisi, você viu o que estão falando sobre... – Lindbergh entrou já levemente exasperado, um tanto nervoso, sem nem bater à porta da sala interna do gabinete da deputada. Nada que ela já não estivesse acostumada quando ele queria falar algo mais urgente – Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Desculpa, meu amor, eu só perguntei se você tava aqui, fui entrando e...
Reparou no envelope aberto, no papel que ela tinha nas mãos, na expressão não exatamente incrédula, mas surpresa. E sabia que não era pela presença dele ali.
- Tá tudo bem, Lind, eu só... não esperava receber essa mensagem – ela respondeu depois de ler mais uma vez.
- Posso perguntar do que se trata ou...
- Aqui... – estendeu o papel timbrado para seu companheiro, que pôs os óculos para leitura.
- Você vai pra Cuba? – sentou-se no sofá, ao lado de sua mulher, entregando a ela a correspondência que tinha acabado de ler.
- Não sei, não tive tempo de pensar ainda, de entender o que isso significa, acabei de abrir o envelope e logo depois você chegou. Aliás, e a sua agenda? – olhou para Lindbergh, que deveria estar em uma reunião.
- A gente acabou resolvendo rápido, eu tava vendo as repercussões sobre as prisões de ontem, no caso da Marielle e do Anderson, tem cada coisa sendo falada, sendo dita como análise, um absurdo. Vim aqui pra ver com você, mas...
- Acabei de chegar da sede do PT, fui organizar a semana por lá, não consegui ver nada hoje ainda. Recebi as correspondências quando entrei no gabinete e vim pra minha sala – ela pegou o controle da televisão e ligou no canal de notícias.
- Você quer ir? – passou o braço por cima do ombro da curitibana, oferecendo o aconchego em seu peito, o que foi aceito de imediato.
- Eu preciso pensar... – respirou fundo, buscando os dedos da mão dele para entrelaçar os dela.
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Ministério do Amor
Fanfiction"Diga que deseja ter pra si A maravilha de um pleno existir Um amor assim Para chamar de ecstasy Amizade sensual, sutil Delicadeza que transcende o mundo vil" Um senso de que era pra ser. De estar junto, de falar todo dia, de dividir o mesmo riso at...