Fases e faces de uma vida a duas

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P.o.v. Juliette

01 de março de 2021

O que senti de dor de cabeça ontem, não foi brincadeira. Parecia que eu tinha bebido cachaça e dançado a noite toda numa festa sendo que eu e Sarah passamos a noite aqui mesmo, no terraço do "nosso" apartamento, e só tomamos três garrafas de vinho, ou seja, em tese, cada uma tomou um litro e meio. Não é muita coisa, visto a quantidade que já tomamos outras vezes.

A ressaca veio, mas veio com força. Não alisou para mim, pois é, só para mim. A outra bonita ficou inteirona e me chamando de velha e fraca, vê se pode? Mas para compensar sua chatice ela cuidou de mim. Me deu comidinha na boca e tudo. Assim, para resumir o nosso domingo em poucas palavras: curando a minha ressaca e com muito chameguinho.

Ah! Teve uma leve discussão, mas de boa. Pelo visto teríamos outras até ela aprender a combinar as coisas comigo com antecedência e não deixar para falar as coisas já encima do dia. O básico da convivência entre duas pessoas que agora dividem o mesmo teto, a mesma cama, quase a mesma rotina e compartilham de um mesmo objetivo: Fazer dar certo o nosso relacionamento, sem mais quilômetros de impedimento.

...

Já era segunda e eu estava só a preguiça de levantar e ter que encarar um dia de trabalho. O início de uma nova semana é sempre um porre. E eu nessa situação só piora as coisas, pois se dependesse da minha boa vontade eu ficava em casa. De preferência dormindo e comendo.  

– Queria só mais um minutinho na cama. — Me espreguicei. — Como é triste a vida de uma proletária. — Olhei para o lado da cama onde minha sarará deveria estar e peguei o seu travesseiro para abraçar. Ela tinha levado a poucos instantes indo direto para o banheiro e eu fiquei fingindo manhã.

Algum tempo se passou e nada de Sarah sair desse banheiro, eu já devo ter dado umas boas pescadas. Será que ela saiu e eu não vi? Olhei para o relógio e ainda eram 6 horas e 10 minutos, o horário que eu normalmente me levanto. Sendo assim, estava realmente na hora de levantar.

– Sarah? viva? — Dei duas batidas e mexi no trinco, mas a porta não abriu. — Por que fechou a porta?

usando o banheiro.

– E precisava fechar? bem?

– Eu ... — Um gemido? Que porra ela fazendo? — fazendo o dois.

– E cagando pedra? Demora da bexiga.

– Juliette!

– Quer que eu faça um soro? Ou quer um remédio, alguma coisa. Se demorar mais a gente vai se atrasar.

– Quero, traz pra mim.

Desci até a cozinha e procurei primeiro na maleta de primeiros socorros se tinha algum daqueles pozinhos que coloca na água. Como não achei, peguei um comprimido e um remédio em gotas de dor abdominal e fiz um soro caseiro. Um dos três ela ia ter que tomar nem que eu empurrasse igual a bonita faz comigo, porque eu posso até ser fresca para tomar remédio, agora igual Sarah não tem comparação. Passei tanta raiva quando a gente pegou gripe, ela mais parecia uma criança do que uma adulta com quase 30 nas costas.

Antes de subir, eu ainda deixei algumas coisas em cima da mesa para facilitar o nosso café da manhã e finalmente fui socorrer a minha cagona. Quando cheguei no quarto ela já se encontrava sentada na cama.

Nosso Nó(s) - Sariette G!POnde histórias criam vida. Descubra agora