Lalisa Manoban
Meu telefone vibrou de novo, pela sétima vez desde que estacionei na entrada da garagem apenas vinte minutos atrás, e murmurei uma maldição antes de silenciá-lo. De novo.
Aparentemente, ver minha esposa novamente pela primeira vez em seis anos não foi uma ocasião que Danny Lee considerou digna de ficar offline. Mas eu não tinha mais nada a dizer a ele sobre o assunto. Quatro reuniões durante o mesmo número de dias para amenizar os temores de um impaciente conselho de administração e ele ainda não estava satisfeito.
Bem, eu tinha coisas melhores para fazer. Como me reencontrar com a mulher que salvou minha vida na faculdade, aquela que tornou tudo isso possível, a única razão pela qual havia um conselho de administração e o próximo lançamento de um videogame. Eu estava mais nervosa em vê-la do que em qualquer uma daquelas reuniões de merda e a garrafa meio vazia de uísque na minha frente era um indicativo disto.
— Nan. — Chamei a empregada que me serviu por anos. — Leve isso embora.
Fiz um gesto para o uísque e ela correu para fazer o que eu pedi, pegando a garrafa e indo embora antes que eu pudesse mudar de ideia. Respirei fundo e olhei para o meu telefone, tocando na tela como se estivesse procurando por algo. Dez chamadas perdidas. Sete de Danny. Dois de Ben. E uma de Irene. Suspirei, tomando outro gole de uísque.
— O quê? Nada de Slurpee de cereja? — Alguém perguntou. Quase engasguei com a bebida, pega de surpresa. Baixei o copo e olhei para cima para ver Jennie.
Ela estava usando um jeans skinny rasgado que abraçava suas pernas de uma forma que me fez incapaz de parar de observá-las enquanto ela dava alguns passos para se juntar a mim na mesa. Seu decote em V cinza era desleixado para que eu pudesse ver bem quando ela se inclinou para se sentar. Seu colar de ouro, aquele de que me lembrava da faculdade, aquele que sua mãe lhe dera de presente de aniversário de dezesseis anos, brilhava em sua simplicidade.
Suas orelhas foram furadas repetidamente do lóbulo à hélice e a sugestão de uma tatuagem apareceu logo acima do esterno. Eu estreitei meu olhar e tomei outro gole do meu uísque, tentando não deixar minha mente vagar muito longe na arena de como eu poderia ter uma visão melhor daquela tatuagem.
Eu tinha mudado. Eu sabia disso porque havia feito um esforço para fazê-lo. Fiquei em forma, corrigi a visão, comecei a usar Blazer e terninhos sob medida e a beber uísque de vinte anos. Eu poderia dizer que ela notou, mas estava tentando muito não transmitir.
Mas ela também havia mudado. Felizmente, não tanto quanto eu. Ela sempre me viu como uma amiga na faculdade e nós éramos as amigas mais próximas. Mas eu nunca ousaria dizer a ela o quão feliz eu estava com a perspectiva de me casar com ela. E não apenas pelo green card que eu tanto precisava.
Para ser honesta, sempre guardei um pouco de decepção por esse casamento nunca ter sido consumado. Porque ela sempre foi bonita. Cabelo escuro para combinar com aqueles olhos felinos e escuros. Pele de porcelana que eu sabia que era suave ao toque. Curvas sedutoras acentuadas por jeans justos e blusas justas.
Ela era o tipo de mulher que não tinha ideia de como era sexy e algo sobre isso a tornava ainda mais gostosa. Mas eu nunca disse isso a ela. Eu não sabia como. Porque tocar Jennie era como tocar a superfície do sol. E eu simplesmente não podia arriscar a queimadura.
— Desculpe? — Eu perguntei, piscando quando percebi que ela tinha feito uma pergunta e eu, em meu olhar assustador, não tinha me incomodado em responder. Ela sorriu e eu quase xinguei pelo que aquilo estava fazendo comigo. Ela acenou com a cabeça na direção da minha bebida.
— Muito madura para um Slurpee, agora? — Ela perguntou novamente e eu sorri.
— Ninguém é madura demais para um Slurpee. — Eu respondi. Ela riu e meu sorriso se alargou. Oh, como eu senti falta daquele som.
— Então... — Ela disse do outro lado da mesa, seu tom assumindo um ar de negócios enquanto Nan entregava o Leng Saap. — Suponho que você também recebeu uma ligação da espirituosa agente, Hwasa?
— Não como eu a descreveria. — Eu respondi, olhando para ela enquanto ela pegava uma costela de porco. — Mas sim. Eu recebi.
— Então, qual é o plano? Suponho que você tenha um.
Eu tinha. Eu tive vários, na verdade. Mas todos dependiam dela. E eu precisava que ela soubesse que ela tinha uma escolha nisso.
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Maratona 1/9
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❥ 𝕽𝖊𝖆𝖑𝖒𝖊𝖓𝖙𝖊 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞
Fanfiction" 𝗘𝘂 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗲𝗶 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ " 𝗝𝗲𝗻𝗹𝗶𝘀𝗮 𝗚!𝗣 ● Classificação +18 ● Translated by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟 ● A história não é minha. TODOS OS CRÉDITOS serão direcionados para @blinkie_pinkie_0327 pela adaptação e para o autor original. Algumas...