" 𝗘𝘂 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗮𝗺𝗲𝗶 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ "
𝗝𝗲𝗻𝗹𝗶𝘀𝗮 𝗚!𝗣
● Classificação +18
● Translated by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
● A história não é minha. TODOS OS CRÉDITOS serão direcionados para @blinkie_pinkie_0327 pela adaptação e para o autor original. Algumas...
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Nunca houve nada remotamente romântico entre nós duas. Nem mesmo uma sugestão de flerte. Mas eu a amava de uma forma que significava tanto e eu sabia o quanto ela queria ficar neste país, o quanto ela precisava para realizar seus sonhos. E ela faria o possível para alcançá-los. Não havia ninguém na Terra com a determinação e força de vontade de Lisa Manoban. Então, se eu tivesse que assinar um pequeno certificado para que isso acontecesse, hey, isso é o que os amigos fazem uns pelos outros.
Naquela mesma semana, recebi uma resposta da NBC sobre o estágio para o qual me candidatei. Eu tinha sido aceita. Lisa me levantou no ar no estacionamento daquela mesma direção e passamos a tarde inteira bebendo raspadinhas comemorativas com sabor de cereja até ficarmos enjoadas.
Na quinta-feira, fomos ao tribunal, assinamos os papéis, realizamos uma cerimônia boba que o juiz da imigração disse ser uma exigência e saímos fazendo piadas sobre nosso falso casamento, chamando uma à outra de esposa pelo resto do dia. Na sexta-feira, nos formamos. Meus pais causaram uma cena quando minha mãe, incapaz de se conter, chamou baixinho a nova esposa de meu pai de prostituta e deu um salto alto na parte de trás da panturrilha em troca. Lisa ajudou a separá-las. Achamos melhor não contar a eles sobre nosso acordo. No sábado, peguei um avião para a cidade de Nova York. Lisa me levou ao aeroporto, me abraçou, me desejou boa sorte e me fez prometer manter contato.
Eu mantive. Por um tempo.
Mas, depois de um ano, ficou claro que a vida nos levava por dois caminhos diferentes, ambos aparentemente pavimentados com longas jornadas de trabalho em fusos horários distantes e falta de atenção até mesmo para a nutrição básica, muito menos para encontrar a hora de fazer um telefonema. Além disso, ninguém mantém contato com os amigos da faculdade. Certo?
Na verdade, eu tinha esquecido de Lisa, de como nunca me senti mais eu mesma do que com ela, de como a faculdade com ela foi a mais livre e feliz que já tive, da amizade que tínhamos que era mais do que qualquer outra que eu tinha experimentado antes.
Minha vida se transformou em madrugadas e longos dias de trabalho. Fiz novos amigos, alguns dos quais fui morar junto, para pagar o aluguel astronômico da cidade de Nova York. Deixei a NBC depois de um estágio de dois anos sem nenhuma oferta de emprego e fui parar em um estúdio de baixo orçamento com uma sitcom bem-sucedida, embora medíocre, em sua formação. Comecei como redatora da equipe e subi na hierarquia até me tornar a chefe entre eles. Mas ainda assim, era uma comédia de merda com atores esquisitos que de alguma forma continuavam passando temporada após temporada. Não era preciso dizer que esse não era o meu sonho. Mas estava perto o suficiente, por enquanto.
Liguei para meus pais, mas nunca os visitei, não querendo ver meu pai e muito ocupada para ver minha mãe. Perdi o contato com minha irmã quando ela se casou e se mudou para Washington. Seus dois filhos e a agenda de médica a mantinham ainda mais ocupada do que a minha.
