Freen e Nam chegaram cedo ao distrito.
Freen chamava atenção por onde passava.
Nam percebeu os olhares e as pessoas comentando.- Acho que estão falando da gente.
- Não se importe com isso. Metade das pessoas aqui chegaram a pouco tempo e a outra metade já me conhece o suficiente pra pensar bastante antes de dizer alguma coisa.
- Ok! Eu vou pro stand de tiro. Se precisar de reforços me liga.
Com um adorável sorriso iluminando seu rosto, Freen seguiu Nam com os olhos até perdê-la de vista.
- Detetive Sarocha...seja bem-vinda!
- Agente Nop! Deseja alguma coisa?
- A comandante Irin quer vê-la.
- Obrigado. Eu irei assim que terminar umas coisas aqui.
Freen parecia não se importar com o recado do policial.
- Perdão detetive, a comandante disse que você fosse avisada assim que chegasse. Parece se tratar de um caso novo. É urgente.
Freen respirou fundo e levantou dizendo:
- E lá vamos nós! De volta ao passado.
...
Irin ouviu batidas na porta de sua sala e mal conteve a emoção quando Freen entrou.
- Quer falar comigo?
Perguntou Freen olhando a chefe diretamente nos olhos.
Irin sentiu seu corpo estremecer.
Suas mãos suavam frio e o coração acelerou.O oxigênio pareceu sumir da sala.
Por um momento, a respiração ficou pesada.- Por favor, sente-se.
Disse ela fazendo um grande esforço para não tremer a voz.
Freen continuava olhando para Irin.
Irin estava mais velha, mais linda e com um semblante diferente.
A maternidade havia feito muito bem à ela.
Freen a conhecia o suficiente para saber o quanto estava nervosa.Irin também a olhou rapidamente.
Sempre dizia que roupas pretas a deixavam ainda mais atraente, mas... Freen parecia mais séria do que de costume.
Depois de alguns segundos de silêncio, Irin começou:
- Recebi um relatório do seu último comandante.
- É mesmo!
Respondeu Freen com um sorriso cínico.
Irin fez uma expressão séria tentando manter o autocontrole.
Freen sabia como irritá-la e ainda fazia isso muito bem.
- Aqui diz que você usou palavras não adequadas para se dirigir a um superior e quase o agrediu.
Freen sabia o quanto Irin estava nervosa e com raiva.
Respondeu com um ar de deboche:
- Aonde você quer chegar com essa conversa? O assunto já foi resolvido.
- Não! não foi.
As duas se encararam e por um breve segundo, pareciam estar falando das questões pessoais que tinham.
- Eu me descontrolei. Devo ter dito alguma coisa que não devia, mas esse papo de agressão é conversa fiada. Se fosse verdade eu estaria presa e não aqui falando com você.
- Você só está aqui porque o comandante aceitou você antes de viajar.
Freen ajeitou o cabelo jogando para trás, parecia não acreditar no que tinha acabado de ouvir. Podia sentir a raiva que Irin ainda guardava e naquele momento percebeu que voltar talvez não tivesse sido uma boa idéia.
- Você vai pedir minha demissão, é isso?
Uma onda de sentimentos tomou conta de Irin.
Raiva, tristeza, rancor,...tudo fazendo uma bagunça em sua cabeça e em seu coração.
Ainda guardava mágoas.
Freen era uma ferida não cicatrizada.
Confessara sua traição, mas... ao invés de pedir perdão, jogou a culpa pra cima dela e de Tee, acusando as duas de tê-la traído.
- Não chamei você aqui pra te mandar embora.
Freen só conseguiu ficar silêncio e Irin continuou.
- Temos um novo caso. Preciso de você nele.
- E por que eu?
- O comandante deixou ordens antes de ir. Eu tenho que segui-las porque oficialmente eu ainda não ocupei o cargo.
- Do que se trata?
- Um grande carregamento de drogas sumiu a alguns anos junto com uma grande quantia levada de um assalto a banco. Prendemos os responsáveis, conseguimos localizar a droga, mas o dinheiro ainda é um mistério.
- Quer que eu investigue um caso que já foi arquivado?
Disse Freen parecendo mais à vontade.
- Na época do roubo, prenderam as pessoas que executaram o assalto. Mas para nossa surpresa, o mentor por trás de tudo isso, era um empresário chamado Kirk. Ele foi preso e condenado.
Algumas semanas atrás facilitaram a fuga de outros detentos. Kirk aproveitou a chance e fugiu com eles.- Isso parece um trabalho pro Serviço de Inteligência.
- Esse caso aconteceu em outro estado, estamos apenas dando apoio. Eles pediram nossa ajuda por causa de uma pessoa que mora aqui na cidade e parece ser do interesse de Kirk.
Irin entregou a Freen um papel com um nome e um endereço.
- Rebecca Armstrong? Quem é essa?
- É a ex-noiva de Kirk. Quero que você descubra qual o interesse dele nessa pessoa e se ela sabe alguma coisa sobre o paradeiro do dinheiro.
"Rebecca Armstrong ".
Freen olhava fixamente para o papel tentando lembrar onde já ouvira aquele nome.
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FREENBECKY EM CASOS DE ''POLÍCIAS''
FanficDepois de perder um grande amor e uma grande amiga, a detetive Freen Sarocha foi para longe para esquecer suas dores. Mas, o destino resolveu mandá-la de volta para confrontar seu passado e fazê-la entender que nem sempre as coisas acontecem do jeit...