Assim que todos foram embora, Becky fez um tour pela casa para apresentá-la a Nam.
Mostrou todas as saídas e entradas de todos os cômodos.Era uma casa bem dividida, moderna e aconchegante.
Becky tinha bom gosto. Ela mesma cuidou de cada detalhe da decoração e dos móveis.
Tudo combinando em perfeita sincronia.- Nossa!! Você tem muito bom gosto diretora Armstrong.
Becky sorriu. Disse a Nam que ficasse à vontade.
Subiu para o quarto e depois alguns minutos desceu novamente.- Você vai a algum lugar senhorita?
Nam perguntou vendo que Becky havia trocado de roupa.
- Sim detetive. Gosto de fazer caminhada.
- Não acho que seja uma boa idéia.
- Não estou pedindo permissão, concordei que aceitaria a presença de vocês mas não serei prisioneira na minha própria casa.Becky falou e saiu.
- Eita! Que mulher teimosa. Espere senhorita...irei com você.
- Gosta de exercícios diretora?
- Sim detetive. Faço caminhada todos os dias antes do trabalho. Às vezes, aproveito alguma aula de educação física e também faço corrida com os alunos. Ajuda a conquistar a confiança deles.
- Já experimentou praticar algum tipo de luta?
- Tipo essas que vocês treinam na academia de polícia?
As duas riram.
- Você é totalmente diferente da detetive Sarocha?
- As pessoas dizem isso o tempo todo.
Becky estava encantada com o jeito alegre de Nam.
Caminharam pelo quarteirão por cerca de meia hora.
- Detetive? Quer tomar uma bebida comigo?
- Não posso senhorita, estou trabalhando.
- Me referi a alguma coisa sem álcool.
Becky sorriu novamente e as duas sentaram numa mesa na calçada, em frente a uma lanchonete.
- Você e a detetive Sarocha moram juntas?
- Sim, mudamos a pouco tempo.
Nam falava sempre olhando diretamente nos olhos.
Becky baixou a cabeça meio sem jeito.- Por que perguntou diretora?
- Por nada. Vocês parecem bem próximas.
Nam sorriu.
- Somos um casal diretora, por isso moramos juntas.
O rosto de Becky passou de rosado para vermelho.
Não queria ter sido tão inconveniente com a pergunta.- Me desculpe detetive eu...não...não quis ser...
Nam sorriu ainda mais.
- Calma senhorita, não fique nervosa. Freen e eu somos apenas amigas. Já acostumamos com as pessoas achando que temos algo além disso.
- Perdoe-me, mas a detetive Sarocha disse que se relaciona com mulheres, então pensei que...
- A mulher fosse eu???
Nam falou rindo da cara de Becky.
- Não faria sentido mesmo. Você é muito diferente da detetive Sarocha. É alegre, divertida e ela é tão arrogante.
Nam parou de sorrir e falou com o olhar mais sério.
- Se quiser saber como ela realmente é diretora, tem que conhecê-la melhor. Freen é muito mais do que uma detetive sexy e doses de uísque.
Becky olhou para o relógio e disse a Nam que voltaria para casa.
- Vamos detetive, hoje você é minha convidada para o almoço.
As duas seguiram o caminho de volta para a casa da diretora.
Quando estavam próximas da casa, Nam tocou discretamente no ombro de Becky e pediu que ela acelerasse o passo, ao mesmo tempo, iniciou uma chamada.
- Estamos sendo seguidas. Continue andando normalmente e faça tudo que eu disser. Trouxe seu celular?
- Não!
- Tudo bem, tem um cara seguindo a gente, acabou de atravessar pro nosso lado da rua. Estou pedindo reforço.
- Agente Nop! Aqui é a Detetive Nam. Estou a uma quadra da casa da senhorita Armstrong. Preciso de apoio urgente.
Nam não conseguiu dizer mais nada.
Um carro parou a poucos metros de onde estavam.Um homem desceu e ficou parado olhando para elas.
O outro homem que as seguia se aproximou e empurrou Nam.
Gritou algo como um palavrão e segurou o braço de Becky tentando levá-la com ele.
Com um movimento rápido, Nam o puxou pelo camisa e aplicou um soco.
- Corre diretora!
Becky correu mas Nam não fez o mesmo.
Dois disparos ecoaram e foram ouvidos longe.Pessoas gritaram e correram procurando abrigo.
Nam caiu de joelhos e sentiu a pele ardendo nas costas.
Respirar ficou difícil.
Tudo parecia girar em câmera lenta.
Conseguiu vê a diretora Armstrong e um homem correndo atrás dela.De repente, alguém passou por ela com uma arma em punho também correndo.
Nam empunhou sua arma e atirou.
O homem caiu cerca de dois metros a frente.
Nam sentiu algo escorrer pelo nariz.
Passou a mão no rosto e viu que era sangue.
Tentou levantar, mas foi em vão.Procurou apoio, sentando encostada no muro.
Sentiu a camisa úmida. Era sangue.
Procurou pelo celular.Respirar estava cada vez mais difícil.
Usou a discagem rápida e com dois toques ligou para Freen.Conseguiu segurar o telefone por alguns segundos, mas Freen não atendeu.
O telefone caiu de suas mãos.
Antes de perder a consciência, ouviu um barulho distante parecido com uma sirene.
Foi o último som que ouviu.A vista embaçou e tudo escureceu.
Nam caiu desacordada.O agente Nop chegou pouco depois.
Usou o rádio para pedir socorro.
Várias pessoas se juntaram em volta dele e de Nam.O policial pressionava o ferimento da detetive enquanto alguém dizia que o outro corpo caído estava sem vida.
- Aguenta detetive. Você é durona. Acertou aquele desgraçado, não pode ir junto com ele.
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FREENBECKY EM CASOS DE ''POLÍCIAS''
Hayran KurguDepois de perder um grande amor e uma grande amiga, a detetive Freen Sarocha foi para longe para esquecer suas dores. Mas, o destino resolveu mandá-la de volta para confrontar seu passado e fazê-la entender que nem sempre as coisas acontecem do jeit...