01: RETURN

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Última chamada para o vôo boeing 737 das 15:00 horas...

Harumi se dirige até o avião carregando suas duas malas sozinha, mas o que realmente pesa não são as malas, e sim a coragem junto de várias novas responsabilidades.
Ao se sentar coloca o cinto de segurança e o celular no modo avião.

Será que eu estou definitivamente pronta para isso? Me sinto tão insegura e despreparada, apesar de ter estudado e trabalhado anos por isso. Independente da minha confiança, agora é tarde demais para voltar atrás e mesmo se não fosse, eu não voltaria, preciso focar no meu trabalho e na minha felicidade principalmente.

Pede um croissant e um suco de laranja a uma aeromoça que passava, e logo pôde saborear uma de suas comidas prediletas, com certeza irá sentir muita falta do croissant francês, o melhor do mundo.


Quebra de tempo

Já haviam se passado em torno de 16 horas de vôo e ela finalmente chegou ao seu destino. Pegou suas malas e saiu do avião.
Desbloqueou seu celular, tirou do modo avião e fez uma ligação para a pessoa que iria buscá-la no aeroporto.

- Alô? Já estou no aeroporto esperando. - disse ao telefone, mas não obteve resposta. - Cadê você, Keisuke? Esqueceu que é 'pra vir me buscar, seu burro?!

- Não precisa esculachar não, madame. - respondeu seu irmão, do outro lado da linha. - E se eu sou burro você é também, somos gêmeos.

- Acontece que eu estudei, você não. Vê se não demora que eu ainda tenho o que fazer hoje. Tchau, Kei!

Desligou a chamada e foi até uma lanchonete comprar algo, pediu um capuccino e voltou a se sentar, bebeu o líquido quente, enquanto esperava por seu irmão, e assim que terminou pôde ver sua imagem se aproximando dela.

- Kei, que saudade! - exclamou ao vê-lo e se levantou, o abraçando.

- Eu também, confesso que a vida tava chata sem você 'pra perturbar. - disse o Baji mais velho, assim que saiu do abraço.

Foram até o carro de Keisuke e ele a levou para o prédio onde sua mãe mora, já que ficará lá até arrumar um apartamento para si.

- Não vai entrar? - perguntou assim que saiu do carro com suas malas.

- Não, sabe como meu chefe é, se eu me atrasar, ele me mata. Mas nós três vamos vir á noite. - Keisuke respondeu.

- Ok, manda um beijo pra eles, tá? - deu um beijo em sua bochecha e entrou no prédio.

Pediu para o porteiro avisar sua mãe que já estava subindo e sua entrada foi autorizada. Entrou no elevador e logo chegou ao quinto andar, onde sua mãe mora. Juntamente com sua bagagem se dirigiu ao  apartamento da mãe, onde tem inúmeras memórias.

Bateu á porta, que foi imediatamente aberta por sua mãe, que abriu um grande sorriso ao vê-la.

- Oh, meu amor, como cresceu a sementinha da mãe, já é uma flor! - ela abraçou a filha, a enchendo de beijos.

- Mãe, acho que eu já sou uma flor a muito tempo, né. - Harumi até retribuiria o abraço, mas Ryoko está apertando seus braços, o que dificulta um pouco.

Entrou, e elas conversaram bastante, até que decidiu dormir um pouco, já que teria uma reunião em algumas horas.

Depois de dormir um bom sono, despertou e se arrumou para o compromisso que tem, vestiu uma roupa formal e elegante, afinal, tem que causar boa impressão.
Fez uma maquiagem leve e uma trança bolha no cabelo, pegou sua bolsa e saiu do quarto, vendo sua mãe arrumada, sentada no sofá.

Akai Ito - Takashi Mitsuya Onde histórias criam vida. Descubra agora