Sete anos depois...
Harumi dirigia tranquila até a escola de Amaya, sua filha. Todos os dias ela chega com uma novidade diferente, e sua mãe adora ouvi-la falar tão empolgada de seu dia.
Estacionou em frente a escola e saiu do carro, ao adentrar o local, caminhou em direção a sala de Amaya, quando parou em frente a sala, a viu esperando na porta.
- Mamãe! - abraçou as pernas da mãe, logo em seguida sendo pega no colo.
- Como foi seu dia, princesa? - perguntou e sinalizou para a professora, dando a entender que já estava a levando para casa.
- Eu desenhei uma flolesta encantada. - Amaya tem apenas seis anos, mas é bem esperta e animada.
Abriu a porta de trás do carro e a colocou na cadeirinha, em seguida fechou a porta e entrou também.
- Lembra que dia é hoje? - perguntou ligando o carro e dando partida.
- A gente vai 'pla casa do tio Mikey e eu vou blincar com o Yuki?! - Harumi assentiu, e ela deu um gritinho.
- Hoje é aniversário do Manjiro, já pensou em um presente 'pra ele? - a viu confusa pelo retrovisor enquanto dirigia.
- Quem é Manjilo? - uma gargalhada ecoou pelo carro, quando Harumi a ouviu perguntar. Amaya tem dislalia, um transtorno de linguagem que a faz trocar a letra "R" pelo "L", mas sua mãe raramente consegue se segurar.
- É o tio Mikey, filha. - respondeu ainda rindo.
- O tio Mikey tem dois nomes?
- O nome dele é Manjiro, Mikey é apenas apelido. - parou de rir e se concentrou na estrada a sua frente.
- Manjilo... Tio Manjilo... - falava entre pausas tentando se acostumar com a nova descoberta.
Após mais alguns minutos dirigindo, chegaram em casa e ela ajudou Amaya a se trocar para o almoço, em seguida desceram para a cozinha.
E a pequena ficou sentada em cima da bancada, observando sua mãe preparar a comida.- Cadê o papai? - perguntou balançando as pernas.
- Ele já deve estar chegando, meu bem. - pegou um potinho com frutas e deu a ela, isso vai segurar até o almoço ficar pronto.
- E a tia Mana, onde ela está, mamãe?
Como faz perguntas essa menina!
- No colégio, ela sai um pouco mais tarde. - disse, e ela ficou quietinha comendo as frutas, o que sua mãe estranhou, já que Amaya é comunicativa e não para quieta um só segundo.
- Oii! Cadê a minha bonequinha?! - assim que ouve a voz de Luna, Amaya pisa em uma banqueta e desce para o chão, abraçando a rosada.
- Eu estava com saudades, titia! - faz apenas dois dias desde que Luna se mudou para um apartamento no centro da cidade. Por conta da faculdade e das coisas da mudança, ela não veio aqui, mas foi o suficiente para que Amaya sentisse sua falta.
- Boa tarde, Lu. Vai almoçar com a gente? - olhou para ela sorrindo, pelos ombros.
- Sim, a Mana ainda não chegou? - se sentou em uma banqueta.
- Não, nem ela nem o papai. - respondeu, enrolando uma mecha do cabelo no próprio dedo.
Minutos depois puderam ouvir a porta se abrir e passos bruscos serem direcionados a escada.
Takashi entrou na cozinha e tomou um copo de água enquanto Harumi servia a mesa; ele parecia estressado.
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Akai Ito - Takashi Mitsuya
Hayran KurguApós seis anos morando na França, a promissora estilista Harumi Baji, volta para seu país natal, Japão. Quando saiu de seu país, Harumi era apenas uma universitária em busca de oportunidades, mas agora ela volta como ceo da empresa de moda de sua ti...