33: FAMILY

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Sete anos depois...


Harumi dirigia tranquila até a escola de Amaya, sua filha. Todos os dias ela chega com uma novidade diferente, e sua mãe adora ouvi-la falar tão empolgada de seu dia.

Estacionou em frente a escola e saiu do carro, ao adentrar o local, caminhou em direção a sala de Amaya, quando parou em frente a sala, a viu esperando na porta.

- Mamãe! - abraçou as pernas da mãe, logo em seguida sendo pega no colo.

- Como foi seu dia, princesa? - perguntou e sinalizou para a professora, dando a entender que já estava a levando para casa.

- Eu desenhei uma flolesta encantada. - Amaya tem apenas seis anos, mas é bem esperta e animada.

Abriu a porta de trás do carro e a colocou na cadeirinha, em seguida fechou a porta e entrou também.

- Lembra que dia é hoje? - perguntou ligando o carro e dando partida.

- A gente vai 'pla casa do tio Mikey e eu vou blincar com o Yuki?! - Harumi assentiu, e ela deu um gritinho.

- Hoje é aniversário do Manjiro, já pensou em um presente 'pra ele? - a viu confusa pelo retrovisor enquanto dirigia.

- Quem é Manjilo? - uma gargalhada ecoou pelo carro, quando Harumi a ouviu perguntar. Amaya tem dislalia, um transtorno de linguagem que a faz trocar a letra "R" pelo "L", mas sua mãe raramente consegue se segurar.

- É o tio Mikey, filha. - respondeu ainda rindo.

- O tio Mikey tem dois nomes?

- O nome dele é Manjiro, Mikey é apenas apelido. - parou de rir e se concentrou na estrada a sua frente.

- Manjilo... Tio Manjilo... - falava entre pausas tentando se acostumar com a nova descoberta.

Após mais alguns minutos dirigindo, chegaram em casa e ela ajudou Amaya a se trocar para o almoço, em seguida desceram para a cozinha.
E a pequena ficou sentada em cima da bancada, observando sua mãe preparar a comida.

- Cadê o papai? - perguntou balançando as pernas.

- Ele já deve estar chegando, meu bem. - pegou um potinho com frutas e deu a ela, isso vai segurar até o almoço ficar pronto.

- E a tia Mana, onde ela está, mamãe?

Como faz perguntas essa menina!

- No colégio, ela sai um pouco mais tarde. - disse, e ela ficou quietinha comendo as frutas, o que sua mãe estranhou, já que Amaya é comunicativa e não para quieta um só segundo.

- Oii! Cadê a minha bonequinha?! - assim que ouve a voz de Luna, Amaya pisa em uma banqueta e desce para o chão, abraçando a rosada.

- Eu estava com saudades, titia! - faz apenas dois dias desde que Luna se mudou para um apartamento no centro da cidade. Por conta da faculdade e das coisas da mudança, ela não veio aqui, mas foi o suficiente para que Amaya sentisse sua falta.

- Boa tarde, Lu. Vai almoçar com a gente? - olhou para ela sorrindo, pelos ombros.

- Sim, a Mana ainda não chegou? - se sentou em uma banqueta.

- Não, nem ela nem o papai. - respondeu, enrolando uma mecha do cabelo no próprio dedo.

Minutos depois puderam ouvir a porta se abrir e passos bruscos serem direcionados a escada.
Takashi entrou na cozinha e tomou um copo de água enquanto Harumi servia a mesa; ele parecia estressado.

Akai Ito - Takashi Mitsuya Onde histórias criam vida. Descubra agora