Meses depois...
Estou com cinco meses de gestação, ainda não sabemos o sexo do bebê, mas saberemos em breve.
Na última consulta, semana passada, o doutor disse que em duas semanas ficaríamos sabendo, então só falta uma semaninha para eu descobrir se é menino ou menina essa coisinha dentro de mim.
Eu estou radiante com a gravidez, se no começo isso me assustou e me fez sentir desespero, agora só me traz calma e paz.Quando assumimos nosso namoro e a gravidez na mídia, ao contrário do que eu imaginava, nossos negócios bombaram, a polêmica fez meu nome ficar mais conhecido e mais pessoas conheceram meu trabalho através disso.
O celular começa a tocar, era Mitsuya ligando, lavou as mãos e enxugou, pois estava fazendo o almoço; atendeu o celular e, a chamada fica em silêncio por alguns segundos.
- Taka? Aconteceu alguma coisa? - perguntou com o celular em mãos, indo para a sala.
- Amor, tem como você ir buscar as meninas na escola hoje? Eu tô atolado de papéis para assinar.
- Tá bom, elas estão liberadas em meia hora, né?
- Isso mesmo. Vou tentar não chegar tão tarde em casa, ok?
- Aham, tchau. - desligou a chamada e entrou no aplicativo de clonagem que instalou.
Confia no meu namorado, mas não sou trouxa. Nesse aplicativo eu consigo monitorar o aplicativo de mensagens dele como se fosse o meu, dá para ver direitinho com quem ele conversa.- Eu, Hakkai e... uma mulher! - olhava os contatos. - Yasuda do clube de economia doméstica?! Desgraçado!
Entrou no contato e começou à olhar a conversa, nela Takashi pedia para Yasuda levar um copo de café e checar o andamento de uma coleção...
Talvez seja muita paranóia e ciúmes da minha parte... Mas isso não significa que ele não está me traindo com outra!
Um sorriso convencido se abre em meu rosto como se eu tivesse feito uma grande descoberta, mas se desfaz quando percebo o quão ridículo é o que estou fazendo, eu preciso confiar nele, até porquê, Takashi Mitsuya é o homem mais confiável e fiel que eu já conheci...Desinstalou o aplicativo de clonagem e pegou as chaves do carro.
- Dona Shion, eu vou buscar as meninas, termina aí, por favor! - gritou para a governanta, que está na cozinha.
Foi para o carro, colocou uma música e deu partida.
Dirigia contente, cantando a melodia que ecoava pelo carro, o celular tocou novamente, colocou no suporte e atendeu a ligação de Kazutora.- Oi, o que você quer? - perguntou se concentrando na estrada.
- Eu só liguei 'pra avisar que a gente vai aí te ver hoje.
- Que bom! Tava mesmo precisando de uma visitinha.
- Tá em uma festa essa hora?
- Tô no carro, indo buscar as irmãs do Takashi no colégio.
- Entendi, a gente se vê mais tarde.
- Tchau! - Kazutora desligou a chamada, e ela continuou dirigindo.
Quando chegou em frente ao colégio, aumentou o som para que quem estivesse do lado de fora podesse ouvir também.
Eu não resisto a zoar só um pouquinho.
As meninas foram correndo, tampando o rosto e entraram no carro, com expressões sérias.
- Hahahaha! - Harumi gargalhou, dando partida no carro.
- Não tem graça! - Luna resmungou emburrada.
- Na verdade, eu achei legal. O Taka-nii nunca buscou a gente com o som alto. - Mana disse sorridente.
- Viu só, sua irmã concorda. E vocês tem passe livre 'pra descontar no sobrinho de vocês, ok?
- Vou mesmo. - Luna continuou com raiva, olhando a janela enquanto Harumi e Mana riam da cara dela.
Ao chegarem em casa as meninas foram se trocar para o almoço, e Harumi ajudou Shion à pôr a mesa. Antes de começarem a refeição Takashi chegou e almoçou consigo. Mas não demorou muito e ele já tinha que voltar para a empresa.
- Papai já volta, princesa. - ele conversava com a barriga, e Harumi nunca consegue conter a emoção, ele tem certeza que é menina. Abraçou a barriga e beijou, fazendo um carinho. - Até mais tarde, meu amor. - a beijou e se levantou.
- Tá vendo, Luna. Agora ele esquece a gente. - Takashi foi até elas abraçando as duas.
- Vocês não precisam ficar com ciúmes, a gente é uma família agora que o bebê tá vindo.
Depois disso Ele foi embora, as meninas subiram para seus quartos e Harumi foi trabalhar.
Tô achando o home office bem tranquilo, tô gostando de trabalhar assim.
Quebra de tempo
- Eu não aguento mais isso! Tô me sentindo uma dona de casa padrão submetida ao patriarcado! - ela conversava com os meninos, que vieram visitá-la.
- Se você tá se submetendo é porque quer, ninguém tá te obrigando. - seu irmão respondeu.
- Sabe que você tem razão. Não é porque eu não tenho o que fazer, que eu vou fazer comida e passar roupa.
- Vai fazer o quê, então? - Kazutora perguntou, enquanto desenhava na barriga dela, com uma canetinha verde.
- Isso é o pior, eu não sei. - revirou os olhos de tédio.
- Voltei, quem quer pipoca? - Chifuyu veio da cozinha, com um balde de pipoca em mãos.
- Eu quero! - Mana e Chifuyu se dão super bem, dois fofos.
Kazutora se levantou para pegar pipoca e deixou a canetinha no chão, Harumi olhou para sua barriga, que tinha uma 'erva' desenhada.
- Kazutora, que porra é essa?! 'Cê desenhou uma maconha na minha barriga, desgraça!
Keisuke começou a rir com Kazutora, enquanto Chifuyu tapava os ouvidos de Mana, que estava com os olhinhos arregalados por causa do palavreado que a cunhada usou.
- Não fala palavrão na frente das crianças, idiota! - Chifuyu a corrigiu.
- Foi mal, mas esse sem futuro desenhou uma ERVA na minha barriga! Ele não tem respeito com meu bebê!
- Quem não tem respeito com o bebê? - Mitsuya entrou em silêncio, a assustando quando falou.
- Ele desenhou droga na barriga da Haru. - Luna apontou para Kazutora que ainda ria, Takashi olhou para Harumi, vendo o desenho em sua barriga e fez um expressão cansada.
- Não fode, Kazutora. - passou a mão na tempora, esfregando o cabelo, e subiu as escadas.
- Depois eu tô errada de falar palavrão, até ele tá falando. - deu de ombros e pegou um pouco de pipoca.
Chifuyu revirou os olhos em reprovação, e continuaram comendo.
Takashi deve estar cansado, eu vou deixá-lo dormir um pouco e depois a gente conversa sobre o bebê.
___________________________________Continua...
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Akai Ito - Takashi Mitsuya
FanfictionApós seis anos morando na França, a promissora estilista Harumi Baji, volta para seu país natal, Japão. Quando saiu de seu país, Harumi era apenas uma universitária em busca de oportunidades, mas agora ela volta como ceo da empresa de moda de sua ti...