19: FORGETFULNESS

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Mitsuya acordou e não sentiu Harumi ao seu lado, então se levantou coçando os olhos e viu que ela não estava no quarto. Foi até o banheiro e lavou o rosto, escovou os dentes com uma escova que ela separou para ele, e foi para a cozinha, onde a viu de costas preparando algo no fogão. Ficou ali parado por alguns segundos, a admirando e foi até ela, a abraçando por trás.

- Bom dia, meu amor. - beijou sua bochecha.

- Bom dia, flor do dia. Dormiu bem? - disse fazendo um pão na chapa.

- Muito, sempre durmo bem quando durmo com você. - ela sorri e nega com a cabeça.

- Você dormiu bastante, são 09:18 agora. - ela disse, o assustando um pouco e o fazendo olhar o relógio, que confirmava o horário.

- Então preciso ser rápido, ainda tenho que trabalhar hoje. - se sentou em uma cadeira.

- Eu também. Já tá pronto. - colocou dois pratos com pães na mesa e duas xícaras de café.

- Obrigado, princesa. - sorriu, e tomou um pouco do café.


Depois que terminaram o café, Takashi vestiu sua roupa e Harumi também se vestiu para trabalhar.

- Quer que eu te leve? - perguntou, enquanto ela pegava a bolsa.

- De jeito nenhum! Já pensou se alguém nos ver juntos?! Um paparazzi? Sem chance. - o platinado fez bico, e ela o olhou sem piedade, enquanto passava o batom.

- Tá bom. Eu não queria ficar longe de você. - abraçou sua cintura e colocou o queixo em seu ombro, olhando seu reflexo no espelho.

- Eu também não, mas dinheiro não cai do céu. - se virou para ele e o abraçou.

- Eu já disse que você é perfeita? - ela assentiu sorrindo. - Ah, eu posso dizer isso um milhão de vezes e mesmo assim nunca vai ser o suficiente. Minha mulher é perfeita! - Harumi riu, saindo do abraço.

- Vamos logo, seu bobo. Já estamos atrasados o suficiente.


Harumi foi de carro para sua empresa, enquanto Mitsuya pegou seu próprio carro,  passou em casa para pegar umas coisas e se trocar antes de ir. Não demorou muito, foi o mais rápido que conseguiu, afinal, já estava atrasado.
Sua sala como sempre estava arrumada, tudo em ordem graças a Yasuda, sua assistente.

Hoje eu não tenho tanta coisa assim para fazer, então tá bem tranquilo, exceto pelo fato de que Hakkai e Yuzuha virão aqui hoje, mexer com alguns contratos.

Como já tinha adiantado bastante coisa, agora Takashi se permitiu parar no tempo para refletir, enquanto lembrava da mulher de sua vida, pessoa que ele não consegue tirar da cabeça, e nem quer.

Flashback

Faz um mês que eu e Haru assumimos o namoro, estou muito feliz e quero passar o máximo de tempo possível com ela; nunca conheci alguém como ela, tão... Perfeita para mim.

Estão na sala do clube de economia doméstica, em plena sexta-feira às 17:00, todas as outras já foram, mas o Mitsuya teve que ficar para terminar um trabalho, e Harumi resolveu o esperar, já que ele tem que levá-la para casa.

Baji até que aceitou bem, em visto do que Takashi esperava ele foi até manso, só lhe deu um soco, ainda bem que ele se defendeu do segundo.

O Baji ficou irado, porque a Haru é a princesinha dele, e eu o entendo, mas agora ela é a minha princesa. Ele disse que agora eu tenho que levá-la para casa todos os dias após a aula.

- Amor, pode fechar essa janela por favor? - pediu a ela, que o esperava lendo um livro, e se levantou para fechar a janela.

- Já vamos? - perguntou se espreguiçando e ele assentiu. - podemos tomar um sorvete antes de ir? Faz tempo que eu estou com vontade e meu "pai" finalmente pagou a pensão. - fez aspas com as mãos.

- Claro. - se levantou e apagou as luzes, saindo da sala com ela.

Harumi e Baji não tiveram o pai presente assim como eu, ele abandonou a dona Ryoko grávida, mas depois de um tempo eles se encontraram e ela o colocou na justiça, mas segundo a Haru ele sempre atrasa o pagamento da pensão, por isso ela não o considera como um pai de verdade.

Estão tomando o sorvete, e Harumi insistiu para pagar o próprio sorvete, embora ele tenha se oferecido para pagar.

- Você viu o parque de diversões novo? Dizem que é imenso. - jogou verde, e o namorado entendeu imediatamente o que ela queria dizer com aquilo, ela nunca inicia um assunto sem ter uma intenção por trás.

- Ok, a gente vai lá rapidinho, mas não podemos demorar, se não o seu irmão vai me matar. - ela riu, e aquele sorriso o desmontou.
Foram para o parque e o primeiro brinquedo que ela quis ir foi a barca.

Eu não tenho medo, mas duvido que ela não tenha.

Entraram no brinquedo, e Harumi segurou firme no suporte de ferro, assim que a barca se mover.

Só faziam três minutos que estávamos lá e Haru já gritava desesperada, ela estava com muito medo, mesmo que não quisesse admitir era visível.


- EU VOU MORRER! - gritou com os olhos fechados, e começou a rir com uma lágrima escorrendo pelo rosto. A abraçou, e ela o segurou forte.

- Se estiver com medo pode se segurar em mim, eu estou aqui com você!

- Tá brincando?! Isso é o máximo! - ria cada vez mais, se segurando em Mitsuya.
Depois de toda essa emoção, resolveram ir para o roda gigante, e o clima estava perfeito. - A vista da cidade é linda daqui de cima...

- Concordo, só não é mais linda que a obra de arte a minha frente. - falou galanteador, e Harumi se virou para ele, colocando suas mãos uma em cada lado do seu rosto.

- Você é tão fofo, até dá pena de você ter que me aturar.

- Não é esforço nenhum 'pra mim ser seu namorado, muito pelo contrário, é uma honra.

- É disso que eu tô falando. Eu sou chata e mandona, meu irmão é ciumento e te bateu só porque você pediu 'pra namorar comigo, você tá levando a pior nessa história. - ela fez um carinho em seu rosto.

- Enquanto eu estiver com você, vou estar na melhor situação possível. - selou seus lábios em um beijo calmo, Harumi pediu passagem com a língua e ele permitiu, aprofundando o beijo, segurou sua cintura, e ela levou os braços em volta de seu pescoço, se sentando em seu colo.

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- Perdido em pensamentos, senhor presidente? - Yasuda riu, já que seu chefe estava completamente distraído.

- Por aí... Conseguiu se resolver com o Peh?

Yasuda namora com Peh-Yan à um ano, mas ele vive dando mancada e ela está sempre reclamando.

- Ele é muito imaturo e ignorante, mas eu consigo lidar com aquele idiota. - suspirou pesado e Mitsuya riu.
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Continua...

Akai Ito - Takashi Mitsuya Onde histórias criam vida. Descubra agora