21: PREGNANCE

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Hoje não consegui ir trabalhar, não estava me sentindo muito bem. Avisei Emma, e pedi para que ela cuidasse de tudo por lá só por hoje, para que eu possa descansar e tentar melhorar um pouco, amanhã já volto à ativa.

Takashi soube que eu não estava bem e veio ficar comigo à tarde, disse que vai dormir aqui e cuidar de mim. Ele é um bobo, mas é fofo, hoje em dia é muito raro homens assim, e eu tenho sorte por ter alguém como ele ao meu lado.

Harumi tem estado muito melancólica e sensível ultimamente, chorou durante todo o filme que estavam assistindo.

- Gostou do filme? - o Mitsuya perguntou, quando o filme terminou.

- Gostei, muito bom. - se levantou, levando a panela de chocolate vazia para a pia da cozinha.

- Como está se sentindo? - Takashi perguntou preocupado com a saúde da Baji mais nova.

- Estou melhor do que mais cedo, só estou um pouco tonta agora.

- Tomou algum remédio? - ele acariciou seus cabelos.

- Tomei, eles funcionam por algumas horas antes de eu enjoar denovo.

- Você pensou bem naquilo que te falei? - a garota franziu o cenho em dúvida. - De assumirmos o nosso namoro para a mídia.

- Pensei, assim que eu melhorar dessa virose a gente faz um pronunciamento, ok? - ele assentiu e ela se sentou em seu colo. Ia beija-lo, mas lembrou que estão próximos de mais e ele vai acabar adoecendo também, saiu de seu colo e voltou para o sofá.

- Por que parou? Eu tava gostando. - fez biquinho.

- Você vai ficar doente também, precisa ter cuidado. - fez cara de emburrado e a abraçou.

- Te amo, sabia? - Takashi sorriu, a fazendo concordar. - Lembra quando eu cuidei de você na TPM e você quis terminar comigo porque eu comprei chocolate amargo e não ao leite?

- Lembro, você pediu 'pra eu me acalmar e eu te bati, fiquei chorando no quarto, mas depois você foi comprar o chocolate que eu queria. - riram, se lembrando do momento icônico, que foi a tanto tempo.

- Você é difícil, hein. Ainda bem que nada disso se compara ao amor que eu sinto por você.

Começou a chorar emocionada, após ouvir o que ele disse, e o abraçou mais forte.

- Tá vendo o que você fez, eu tô chorando. - ele desfez o abraço e secou suas lágrimas.

- Não sei o que você tem, mas é engraçado. - disse rindo.

Na verdade, nem eu sei que doença estranha é essa, mas eu vou ficar bem logo, isso não deve durar mais que duas semanas.

Harumi sentiu uma dor no estômago e tentou ajeitar sua posição. Isso tem acontecido frequentemente, dores fortes no estômago e no pé da barriga.
Seu estômago começa a revirar e ela vai às pressas para o banheiro. Não consegue comer nada que volta, e lá se vai tudo o que comeu.
Takashi segurou seu cabelo em um rabo de cavalo e, a ajudou a levantar quando terminou. Deu a descarga no sanitário, e escovou os dentes.

- É melhor ir ao hospital, precisa saber o que tem. - ele beijou sua testa e a conduziu até o quarto.

- Tem razão, assim vou saber o remédio adequado para tomar. - trocou de roupa, e ele amarrou seu cabelo, pegou os documentos e colocou na bolsa.

- Vamos, eu levo você. - a abraçou e caminharam assim até o carro do mesmo, abriu a porta, e ela entrou, se aconchegando no banco do passageiro.
Ele a levou para o hospital e alguns minutos depois de ter feito a fixa foi chamada, se levantou e foi para a sala do médico, enquanto Mitsuya a esperava.

- Boa tarde, doutor. - se senta na cadeira a sua frente.

- Boa tarde, senhorita Baji. Poderia começar me dizendo que sintomas tem sentido?

- Claro. Eu tenho sentido enjôos constantes e nada fica no meu estômago, além de dores de cabeça e tonturas.

- Está bem, preciso fazer alguns exames para ter certeza do que a senhora tem.

Vamos acabar logo com isso e descobrir que virose miserável é essa.

Fez os exames que o médico mandou e ficou esperando na sala vazia.
Ao chegar ele a entregou os papéis que continham os resultados dos exames.

- E então, doutor, o que eu tenho? Ainda vou ficar muito tempo assim?

- A senhorita não está doente, está grávida.

Após ouvir aquelas palavras seu coração erra uma batida, seu corpo se arrepia e um filme passa pela cabeça. Ela nem sequer conseguia raciocinar direito, não ouvia nada, é como se tudo por um instante deixasse de existir, apenas ela e aquela notícia.

- Obrigado, doutor. Alguma recomendação?

A fixa ainda não caiu, estava perplexa.

- Apenas se alimente bem e não faça muito esforço, volte semana que vem para iniciarmos o pré-natal. - se despediu do médico e voltou para a sala de espera, onde Takashi a aguardava.

Não tenho ideia de como contar isso para ele.
E se ele não quiser? Mesmo se quiser, como vamos fazer isso? Eu não sei cuidar nem de mim mesma...

Caminhava em silêncio para o carro, mas sua cabeça gritava, enquanto Takashi a perguntava o que aconteceu e se estava bem.

Voltaram para casa em silêncio,  não falava nada, e ele se cansou de perguntar e não receber respostas.

Entraram em casa e ela continuava calada, se sentou em uma banqueta, enquanto as palavras daquele médico continuavam se repetindo em sua mente, como um pesadelo inacabável.

- Amor, o que aconteceu? Por que você não fala nada? - ele ergueu seu queixo, fazendo-a olha-lo. - Está tudo bem?

- E-eu estou... Estou... Grávida.... - um silêncio perturbador se fez presente, Takashi se afastou se sentando no chão, ele parecia desacreditado, estava mudo, a reação dele a assustava, e ela começou a chorar baixo, enquanto diversas coisas vinham em mente.
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Continua...


Akai Ito - Takashi Mitsuya Onde histórias criam vida. Descubra agora