THE ARCHER - JOACO PIQUEREZ

REVELATIONS AND LOST TIME

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Catarina

Caminho indo em direção ao corredor onde dava acesso à quadra principal, enquanto fazia outra série de exercícios respiratórios, segurando minhas bolsas por cima do ombro

Observo minha adversária encostada na parede em sua concentração, como tática ensinada pelo meu ídolo Nadal, jogou minhas bolsas no chão chamando atenção da Ajla que arregalou seus olhos assustados. Começou com exercícios básicos, como ir e volta no pouco espaço que tinha, também pegou raquete fazendo movimentos rápidos.

Não demorou muito para sermos anunciadas, como eu não estava em uma boa posição no ranking, era primeira a entrar na quadra.

Por meio de aplausos caminho para dentro da quadra, involuntariamente sorri para todos que esperavam ansiosos pela minha volta. O meu coração dispara pela boca, quando observei a família Leclerc toda na arquibancada, meu velho amigo tinha um sorriso orgulhoso estampado em seu sorriso, no meu box além dos meus treinadores estavam o tenista norueguês com um sorriso de canto.

Você pode ganhar.

Você é capaz de ganhar.

Você é suficiente.

Repito mentalmente.

Naquele pequeno minuto, sabia que tudo o que precisava estava aqui comigo. Nem mesmo a sensação de solidão que carrego durante todo tempo, poderia tirar a vontade que tenho de ganhar esse torneio. Não importava com mais nada além da partida, nem decepção ou frustração com jogador iria me prejudicar hoje.

Depois de quinze minutos, onde tivemos o ensaio de treino e também sorteio para quem começaria sacando que seria croata.

Me posicionei no lado direito da quadra, segurando com firmeza a raqueta, retirando com ombro fios rebeldes do meu rosto, apenas esperando.

— JOGUEM. – juiz anunciou.

{...}

Com todo respeito à outra tenista, eu nunca joguei uma partida com tanta facilidade em toda minha vida. Foram dois sets mais fáceis de ganhar pontos, talvez o público torcendo e animando em cada jogada que fazia tenha ajudado.

Quando percebo que tinha vencido, caminho para cumprimentar Ajla rapidamente e também os juízes. Me virou novamente para agradecer o público colocando a mão no meu coração, meus olhos caem sobre tenista que aplaudia de pé.

— Cate, como é a sensação de estar de volta? — repórter perguntou, continuo olhando para a arquibancada.

— Rachel, você não tem noção como eu estou feliz de estar aqui novamente. — digo, sorrindo. — Não tem um lugar melhor do que está dentro das quadras.  Hoje foi extraordinário, o apoio público foi essencial para a vitória.

— Ainda teve o apoio do namorado na plateia, certo? — ela brincou, sinto meu rosto queimar. 

Acenou negando que fez todos rirem, apenas Casper que mantinha o semblante sereno como um anjo. O tenista piscou em minha direção fazendo meu coração disparar.

{...}

— Parabéns, criança. — Antonelli disse, colocando suas mãos por cima dos meus ombros massageando.

Estávamos sentados numa pequena sala esperando para a coletiva de imprensa, minha atenção estava para meu celular onde respondia minhas irmãs e meu pai.