Há uma exuberância um tanto antitetica na introversão. O introvertido ao meio de tantos, foge. Eu não sei quantas vezes já vi esse corredor, pintado metade de amarelo e o restante de branco. E em seguida essa sala de aula vazia que venho para escapar. Em meio de tantos, fugimos e escolhemos peculiarmente a solidão. Nos abrigamos em nossos refúgios, em nos mesmos.
Desde cedo se vê a pressão quase superior a força g de se ter o dom da extroversão, um dom e tanto, digamos. Pressionante, paredes que apertam cada vez mais, em esforços sem sentido e molduradores do ser.
A antítese a qual me refiro e a ideia da solidão temerosa a qual extrovertidos que montam essa visão criam. A antítese da introversão preferir a horripilante solidão, que o faz sentir seguro com garras finas em seu pescoço, quase o decepando(segundo estrovertidos).
A solidão não precisa ser solitária, a solidão é duas caras. A solidão solitária é uma de suas facetas a qual preferem enxergar. Essa sim, eu tenho medo, de andar em meio de todos e me sentir sozinho, de num jantar de família não estar nada mais que sozinho.
Mas agora um medo a qual deveriam prestar atenção é sobre nao saber usar a solidão acompanhada. Essa que diz a respeito da própria companhia que esta também é não estar sozinho.
É incrível esse sentimento de deslocamento. Fugi.
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Ars ludus
Nonfiksiuma compilação de histórias de angústia, filosofia e amores. Exposição do absurdo focado em sentimentos e perguntas levadas as vezes até ao ridículo.