Talvez fosse autossabotagem fugir dos meus sentimentos dessa maneira, mas eu preferia prevenir a sofrer sozinha no final.
Mick
Não demorei mais do que alguns segundos depois que estacionei meu carro para estar na frente da porta de Eduarda, batendo incessantemente até ser atendido. Era claro para mim que algo estava errado – mesmo disfarçando nossa relação na frente dos outros, Duda nunca era tão impessoal e quieta conversando comigo. Eu estava frustrado, confuso e, principalmente, com muita saudade da garota – o que me levou a ir imediatamente atrás dela.
- Mick?
Duda abriu a porta com uma expressão surpresa assim que me viu. Era impressionante para mim como ela conseguia ser linda da forma mais simples possível - os cabelos presos, com um moletom duas vezes maior que o seu tamanho e meias altas e coloridas.
Simplesmente linda.
- O que aconteceu, cuore?
Os olhos da garota desviaram dos meus, com algumas lágrimas se acumulando. Ela deu um passo para o lado, me dando passagem para entrar no seu apartamento. Eu estava tenso, preocupado com o que teria deixado Duda triste daquela forma – pensando o que eu poderia ter feito para magoá-la.
Eduarda se sentou no sofá, esperando que eu me juntasse a ela, e assim eu fiz. Era praticamente palpável a tensão que emanava da pequena garota ao meu lado, e a demora dela em começar a me explicar qual era o problema fazia meu coração praticamente saltar pela boca de tanto nervosismo.
- Ai, Mick. Eu sou muito ridícula. – Ela disse, rindo com as lágrimas escapando pelos seus olhos. – Lindsay apareceu hoje, lá na fábrica. E como a pessoa incrível que ela é, instaurou milhões de teorias na minha cabeça de minhoca, que já entendeu que você não quer nada comigo e possui milhares de melhores opções, mas eu nem ao menos conversei com você sobre e...
- Uau, ei, calma aí. – Interrompi, perdido nas milhares de palavras que Duda disparava. – Respira, linda. O que Lindsay fez?
Duda respirou fundo, olhando para baixo como se estivesse com vergonha de confessar o que estava chateando-a.
- Heidi... Ela me mostrou uma foto sua com Heidi. Disse que é a pessoa que mais te faz feliz, que você sempre a amou e que eu já deveria saber disso e eu fiquei com medo. Nervosa. Apavorada, para falar a verdade. – Riu nervosa.
Fiquei alguns segundos tentando entender o que diabos Lindsay foi fazer no meu local de trabalho, importunar Eduarda por algo tão sem sentido – mas aí lembrei: era da Lindsay que estávamos falando. Ela seria capaz de fazer montagens para deixar Eduarda triste, mesmo não sabendo oficialmente que estávamos juntos.
Então, quando me dei conta da história que ela havia dito para Duda, acabei não conseguindo segurar meu riso.
- Mick... Você tá rindo? – Duda falou, incrédula com a minha reação.
Em meio a risos, peguei sua mão. – Desculpa, amore. É que sim, realmente Heidi é muito importante pra mim... por isso fui andar a cavalo com ela e com sua esposa quando estava na Suíça.
Então Duda entendeu. Sua esposa.
Heidi não estava interessada em caras como eu. Na verdade, nem ao menos se interessava por caras.
- Heidi foi minha vizinha por anos, crescemos juntos brincando e jogando vídeo game. Você vai gostar muito dela, Du, ela é ótima!
Duda tapou seu rosto com suas mãos, tentando esconder suas bochechas rosadas e seu sorriso sem graça.
- Desculpa, Mick. Deus, eu sou muito surtada mesmo.
Ri, puxando delicadamente suas mãos do rosto e a trazendo para meu colo.
Ela se encaixou entre minhas pernas, ficando como um bebê em meu colo no sofá. Ela era tão fofa.
- Você não é "surtada", Du. Mas quero que você saiba que não precisa se sentir insegura comigo, estou aqui para te ouvir e conversar com você sobre qualquer coisa. Grite comigo, me xingue, faça o que quiser - mas não desapareça. Nunca desapareça sem me explicar o que aconteceu. Promete isso para mim?
Estendi meu dedinho mindinho para ela, numa forma de suavizar a situação e deixá-la mais calma. Duda riu, entrelaçando nossos mindinhos.
- Prometo, meu loirinho.
Sorri, entrelaçando todos os nossos dedos.
- Estamos juntos nessa, cuore. Lembre sempre disso.
Eduarda sorriu, me abraçando em seguida. Seu rosto se escondeu na curva do meu pescoço, e assim ficamos por alguns minutos, até que senti o peso da garota aumentar em meu colo. Depois de conferir se ela estava dormindo, me levantei e a carreguei até a cama, deitando no colchão ao lado dela.
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Oi, gente!
Será que ainda sobrou alguém aqui?
Primeiramente, queria pedir desculpas por mais um sumiço. As coisas mudaram tanto desde que comecei a escrever aqui, e infelizmente nunca mais consegui voltar a ter uma rotina de escrita. Minha inspiração por muito tempo foi por água a baixo, não conseguia nem ao menos sentar na frente do computador e digitar - mas, depois desse tempo todo, resolvi dar pelo menos um final digno para essa história que comecei despretensiosamente por aqui.
Por isso, em respeito a todas que leem, vou finalmente publicar o último capítulo de You Belong With Me!
Na minha mente, eu estenderia mais essa história, mas sei que é melhor encerrar do que prolongar algo que não consigo seguir postando. Espero que todas entendam e fiquem pelo menos satisfeitas de saberem o desfecho da história de Duda e Mick. <3
Até o próximo e, finalmente, último capítulo.
Um beijo,
Lui.
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You Belong With Me || Mick Schumacher
FanfictionO conforto e o medo podem fazer duas pessoas demorarem anos para finalmente encontrarem quem realmente merecem. Quando um jovem piloto em ascensão se aproxima cada vez mais de uma garota da sua equipe, quanto tempo levará para que o mesmo se despren...