12. the one who makes you cry

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"E então, fui ao paraíso mais uma vez naquela noite, quando a beijei novamente naquele quarto.

Mas quando acordei, senti apenas o vazio ao meu lado."

Duda

Eram exatamente 4h50 da manhã quando abri meus olhos e encontrei algo diferente de uma parede ao meu lado. De repente, flashes da noite anterior invadiram minha mente, dando então dicas de onde eu estava.

Mick dormia pacificamente ao meu lado, com seus braços firmes ao meu redor. Olhei para o loiro durante alguns minutos, tentando assimilar todas as lembranças, pensando em como eu deveria agir – mas no fundo eu já sabia o que teria que fazer.

Me afastei com cuidado de seu corpo, juntando meus sapatos do chão e saindo silenciosamente do quarto. Me senti uma covarde – eu sabia que a forma madura e correta de agir após o que aconteceu seria ter uma conversa, mas meu psicológico não tinha boas memórias com nada relacionado a conversas sobre relacionamento.

Eu sabia que não podia comparar histórias, pessoas e situações, mas nada tirava de minha cabeça a visão de se entregar de corpo e alma em um relacionamento unilateral, onde só tive desilusões. Apesar de ter acontecido há dois anos, as lembranças estavam frescas em minha mente. Ficar ali, ao lado de Mick, apenas alimentaria um sentimento que não havia sentido em nutrir; não seria apropriado me relacionar com ele. Mick Schumacher poderia ter qualquer garota, a qualquer momento – ele nunca se prenderia a alguém como eu.

Mas eu já estava presa a ele. E então, fugir era minha única solução.

~~~

Minha jaqueta vermelha da Prema se fazia cada vez mais necessária no Paddock, pois o vento gelado da Espanha não parava de aumentar. Prendi meus cabelos para evitar a bagunça que ficariam com a ventania, me ajeitando no reflexo de um motorhome qualquer – até ouvir a porta do mesmo se abrir.

- Você tá ótima! – Riu, encostando-se na porta.

Então era essa a sensação de estar na frente de um tetracampeão mundial, incrivelmente talentoso e exemplar?

É, essa era a sensação de estar na frente de Sebastian Vettel.

- Ah.. Obrigada! – Sorri, completamente tomada pela vergonha.

Sebastian me olhava curioso, como se estivesse me reconhecendo – o que era impossível. Sabia que Mick e ele eram próximos, além do alemão ser companheiro de equipe de Charles, mas nunca havia tido a chance de o conhecer.

- Não se preocupe em estar perfeita de aparência, Eduarda. Os garotos já sofrem por você normalmente. – Disse, levantando as sobrancelhas de uma forma engraçada.

Como Sebastian Vettel sabia meu nome?

- Co-como você sabe? O meu nome. – Perguntei, com o rosto vermelho igual a um tomate.

Sebastian riu, colocando as mãos na cintura.

- Quem você acha que falou de você primeiro? – Sorriu de lado, dando de ombros. – Até logo, garota. Boa sorte com seus rapazes.

Vi Sebastian se afastar como se acabasse de ter levado um tapa em meu rosto. O que aqueles dois estavam pensando? O que eles haviam falado sobre mim? Além disso, ouvir Vettel chamá-los de "meus rapazes" me fez pensar em algo: O que Charles pensaria de mim se soubesse o que aconteceu na noite anterior?

- Você está bem, Du? Parece que acabou de ver Max Verstappen dançar balé na sua frente. – Ri, ouvindo o sotaque forte do monegasco ao meu lado.

You Belong With Me || Mick SchumacherOnde histórias criam vida. Descubra agora