Capítulo 11 - "𝐄𝐜𝐥𝐢𝐩𝐬𝐞, 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐨𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐢𝐬𝐬𝐨̃𝐞𝐬"

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"𝐂𝐚𝐝𝐚 𝐭𝐨𝐪𝐮𝐞...𝐞𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦𝐚 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐨𝐬𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬"

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- 𝑃𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑠𝑜𝑏 𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑙𝑎𝑠.

Havia passado-se exatamente duas semanas desde o ocorrido com Kiri, na Árvore das Almas.

Tudo parecia quieto, normal e caloroso. Claro que, depois do acontecimento, Kiri recusara muitas vezes os convites de Tuk, Tsireya e Kiary para sair do marui e irem explorar o Recife. A garota estava assustada, isso era completamente compreensível, a própria Kiary havia ficado duas semanas trancada no marui depois de seu ocorrido.

Mas a verdade era que ela estava preocupada com a adolescente Omatikaya.

Foi só depois da garota acordar de sua convulsão que, Kiary soube que Kiri era uma filha adotiva de Jake e Neytiri. Isso aqueceu o coração dela, mas ao mesmo tempo a deixou mais preocupada. Era óbvio que a visão que Eywa havia lhe dado tinha ligação com sua mãe biológica, a qual Kiary não sabia o nome.

Retirando este acontecimento, tudo parecia perfeito no Recife e na Vila Metkayina.

Claro que Kiary andara fazendo rondas e vigílias. Bem cedo de manhã, e bem tarde á noite. Ela ainda estava inquieta com a presença do povo do céu e a ameaça significativa que eles davam ao turlkuns e aos Na'Vi. Por isso, quase todas as noites durante aquela semana, ela saia do Recife com Creia, sempre á procura de ameaças. Vestia sua armadura de madeira resistente com um espartilho de algas e conchas, as lanças, flechas e adagas em suas aljavas a faziam se sentir mais segura.

Mas durante uma semana, tudo estava calmo. Na verdade, desde que os Sully chegaram ao Recife a pedido de Uturu que Kiary não vira mais nenhuma ameaça. Todos os turlkuns mortos foram vistos e assassinados cerca de uma e duas semanas antes da chegada dos Omatikaya.

Então, quando a garota cedeu - muito tempo depois - e atendeu as conversas de Creia, decidiu relaxar.

As saídas muito tarde da vila passaram a serem dedicadas a ficar mais tempo com Creia na Árvore das Almas, pendurada sob os galhos das árvores em volta das pedras, observando o Eclipse e cantarolando a música Metkayina do próprio cordão de canções.

Durante o dia, Kiary era obrigada a ficar quase a manhã toda com Tukey. Ela havia simpatizado com ele, e por mais que não tivesse gostado nenhum pouco disso no início, percebeu que estava criando um tênue laço de amizade com ele. Uma espécie de laço frágil e curto, que ela sabia que não duraria muito, mas percebeu que gostava mesmo assim.

E esse laço se tornou mais forte e poderoso quando ele confessou seus sentimentos para ela.

- Não estou apaixonado por você como nossos pais acham que estou - ele havia falado, confessado para ela a uma semana atrás. Eles estavam lado a lado, observando o nascer do Eclipse na costa, o som das ondas quebrando nas pedras e a maresia quase fizeram Kiary não ouvir as palavras. - Sinto muito. - era o que ele havia dito, quase como um pedido de desculpas ou um tipo de oração para que ela não se magoasse com as palavras dele.

Kiary viu nos olhos dele: o cansaço, mas ao mesmo tempo o alívio refletido depois de dizer algo que estava pesando em sua mente.

Não Me Deixe - Neteyam Sully Onde histórias criam vida. Descubra agora