Capítulo 3 - Uma nova aliança

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Depois da mensagem do herdeiro, se você estivesse com as cores da Sonserina, seria impossível andar pela escola sem notar os olhares nos acompanhando, que maravilha, meu primeiro ano na escola e já sou considerada uma ameaça renascida das cinzas da linhagem de Salazar Sonserina, sinceramente que besteira. Por mais que minha família seja de Sonserina a séculos, sem pular um único bruxo ou bruxa, nunca fomos parentes de Salazar, e a prova disso? Procure um ofidioglota na nossa árvore genealógica, não tem!

Sentada ao lado de Draco durante o almoço, eu observava os olhares esquivos dos nossos colegas das outras casas, todos querendo dar uma boa olhada em nós, como se fossemos uma atração de circo.

- Draco, isso é ridículo, eles vão ficar realmente nos encarando como se fossemos criminosos condenados? Você soube o que escreveram no banheiro das meninas? Pra mim? Elas acham que eu sou amaldiçoada, fala sério. – Olhei para ele e percebi que ele nem tinha me ouvido, olhava fixamente para a mesa da Grifinória, ele e Harry se encaravam em desafio... era só o que faltava, revirei o olhos e o cutuquei com o garfo por baixo da mesa.

- Aii, que foi?

- Eu to falando com você enquanto você baba no Potter, ta apaixonado maninho? – O encarei com deboche e comecei a rir. Ele se limitou a torcer o nariz e encarar o prato. Meio minuto depois ele se aproximou delicadamente da minha mente, esperando eu deixá-lo entrar:

- Aly preciso que você fale com o Harry.

- Ué, por que eu?

- Você não pode obedecer sem questionar uma vez na vida?

Rindo em sua mente, respondi – Não!

Ele bufou e soltou uma risada na minha cabeça, suspirando em rendição. – Ta, tanto faz, você não soube o que aconteceu no novo clube de duelos dos segundanistas ontem?

- Não. O que houve?

- Eu e Harry duelamos e achei que seria engraçado conjurar uma serpente... só que a porcaria da cobra foi em direção a um aluno da Lufa-Lufa, e ele reagiu, simplesmente guardando a varinha e falando com a merda da cobra Aly, ele é ofidioglota. – Quase como prevendo minha pergunta ele mesmo a fez:

- Como? Não faço ideia, mas uma coisa é certa, agora faz sentido a demora do chapéu seletor no Potter ano passado, acho que eu o induzi a escolher a Grifinória sendo um completo babaca com o Weasley.

Eu ri alto e ele me fuzilou com o olhar. Me controlei, passando os olhos pelos alunos mais próximos antes de continuar.

- Mas Draco, como o Harry seria o herdeiro de Sonserina? E outra, você consegue imaginar ele atacando alguém?

- Não imagino, Aly, mas o pior, você não soube do ataque a um lufano noite passada?

- Não me diga que é o mesmo... – Ele não me deixou terminar.

- Exatamente, o mesmo. Por isso quero que você fale com ele, ele está apavorado, todo mundo desconfiando dele, olha a cara dele. – Ele apontou com um gesto mínimo de cabeça, e bom, ele tinha razão, Harry parecia péssimo.

- O que você quer que eu diga à ele?

- Só seja você maninha, sem atuação, ele está precisando de alguém que entenda como é ser considerado o vilão sem perder a sanidade.

- Você ta amolecendo, Draco? – Eu ri com vontade na mente dele e vi ele relaxar os ombros ao meu lado e responder.

- Amo você maninha.

Alya Malfoy em O retorno do HerdeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora