Capítulo 10 - O lanche dos filhos de Aragog

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Harry estava obcecado pelo lance da aranha que ele viu no diário roubado, depois que Hermione foi petrificada, ele estava impaciente e revoltado, queria confrontar Hagrid e descobrir se aquilo era mesmo uma lembrança ou apenas uma manipulação. Se fosse a segunda, quem estaria tão disposto a nos manipular e incriminar Hagrid? Só tínhamos perguntas, estava na hora de conseguir algumas respostas.

- Como você e o Weasley pretendem ir até os jardins depois do toque de recolher com a escola em alerta máximo e os professores patrulhando os corredores? – Meu irmão perguntava cético.

- Tenho meus métodos Malfoy, e como sua irmã me disse uma vez que não pretendia revelar todos os segredos da família de vocês, não pretendo revelar todos os meus. ­­– Meu irmão encarou Harry com desdém.

Esses dois andavam insuportáveis, e hoje principalmente, Draco estava impaciente não por causa de alguns poucos nascidos trouxas petrificados, mas porque nosso pai avisou que viria a escola essa noite, não explicou o motivo, mas nos convidou para jantar na sala privada dos aposentos de Snape. Era tudo o que precisávamos, escolhemos um lado, e aos olhos do nosso pai, uma péssima escolha, se ele descobrisse, claro.

- Tanto faz, Potter. Pelo menos Snape vai estar ocupado conosco, menos um professor patrulhando os corredores.

- A visita do seu pai veio mesmo em boa hora.

- Alguém tem que achar isso. – Rebati frustrada. Não estava a fim de encontrar meu pai, não depois da confirmação de que ele estava por trás dos ataques do Herdeiro de Sonserina. Será que ele não pensou, nem por um segundo que isso ia recair sobre os filhos dele?

- Relaxa Aly, tenho certeza de que não tem nada a ver conosco, deve ser alguma coisa do conselho. – Afirmou meu irmão.

- Ou ele veio fiscalizar o trabalho do herdeiro de estimação dele. – Não conseguir nenhuma informação útil até agora estava acabando comigo e para meu pai aparecer na escola hoje à noite... não me cheirava a boa coisa.

Meu irmão soltou um longo suspiro.

- Ta, Aly, tanto faz. Potter, Weasley, vocês vão precisar de um plano se der algo errado com Hagrid. Existe outra saída da casa? Um caminho alternativo caso vocês precisem sair imediatamente?

- Relaxa Malfoy, não vamos precisar disso, como eu disse, temos nossos métodos.

Revirei os olhos, exausta dessa conversa, resolvi acabar com esse encontro logo.

- Certo, vamos nos arrumar para esperar nosso pai, ele chega antes do pôr do sol. Nos vemos amanhã, espero que consigam alguma coisa com Hagrid.

- Boa sorte, com o pai de vocês... – Harry pareceu aflito de verdade, quem sabe agora ele nos entendesse melhor. Ninguém desafiava Lúcio Malfoy, nem mesmo nós, talvez, nossa proximidade com Potter de forma pública, não tenha sido uma boa ideia, mesmo com as suspeitas de sermos os Herdeiros de Sonserina, se essa informação tivesse chegado aos ouvidos dos nossos pais, estávamos ferrados. Papai nunca quis que estudássemos em Hogwarts, queria que fossemos para Durmstrang, na época, mamãe conseguiu evitar, mas se nosso pai sonhasse que estávamos, literalmente agindo contra ele, por Merlin, para onde ele nos mandaria? Eu só queria um ano escolar tranquilo, fazer alguns amigos e me divertir como uma criança normal, era pedir muito?

- Valeu, Potter, boa sorte com o Hagrid. ­– Draco olhou para mim e fez um aceno com a cabeça para irmos logo, nos afastamos dos meninos, eu estava odiando cada segundo desse maldito dia.

Perto do horário combinado, nos dirigimos as portas de entrada do castelo para aguardar a chegada do nosso pai. Ele vinha caminhando pelos terrenos da escola como um lorde, devagar e imponente, eu não conseguia encará-lo, deixei meus sentimentos chegarem até meu irmão por legilimência e ele me encarou sério antes de responder em minha mente:

Alya Malfoy em O retorno do HerdeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora