6. "Heróis não escolhem quem salvar"

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Katsuki precisava do máximo de provas para conseguir salva‐lo. Uma coisa que o loiro aprendeu nesse tempo em que incriminou e intimidou Midoriya foi que ninguém estaria ao seu lado, individualidades são tudo, e se não houver uma, então porque se dar ao trabalho?

As coisas estavam ficando mais difíceis e perigosas para Izuku, e Tom parecia cada vez mais perto de deixar seus sentidos e sucumbir a vontade. Ele estava duro, se esfregando na criança esverdeada como um cão, e da porta o loiro sabia que áudios não seriam o suficiente. Por isso deixou o áudio gravando escondido enquanto ia na sala de artes e pegava a câmera fotográfica, fazia tudo em silêncio, não podia cometer nenhum erro sequer.

Se móvel na ponta dos pés novamente para a sala onde o áudio gravava, e olhando pela fresta sentia vontade de vomitar, sua mão coçava para explodir o decrépito. Tentou capturar tudo que acontecia, deixar explicito na foto o que estava acontecendo, e quando pensou ser o suficiente, pegou tudo e seguiu em direção ao sinal da escola, isso faria aquela palhaçada terminar, e Izuku estaria seguro, esperaria do lado de fora escondido até vê-lo sair pelo portão.

Com o som estridente soando mais alto que o normal por não haver movimento na escola, sentiu seu coração acelerar, correndo como nunca chegava na frente da escola, o sol ainda se punha lá fora, começando o entardecer, já estava de fora, observando o portão, esperando que Izuku saísse de uma vez de lá, mas ele não saia, estava demorando demais, seu coração acelerava como se estivesse correndo, e sua respiração ficava pesada, e quando ia se levantar e seguir em direção a escola para procurar Izuku, ele sai, roupas amassadas e úmidas, e o cabelo molhado, sua expressão aterrorizada, e logo atrás Tom, com um expressão furiosa.

—Vá para casa, Midoriya. — tocou o ombro do esverdeado dando um pequeno impulso para que começasse a andar — Já está tarde, eu vou fechar as coisas aqui. Tome cuidado e não fale com estranhos.

"Desgraçado hipócrita!" Ambas as crianças compartilhavam o mesmo pensamento. Tom era um verdadeiro cínico.

—Então eu já vou. — Izuku se despediu, segurando a alça da mochila ele ia em direção a casa, subindo pela rua e sumindo de vista, já Tom só entrou em silêncio com um olhar sombrio.

O loiro saiu de seu esconderijo e correu para alcançar o garoto esverdeado, e chegando na terceira esquina o avistou, sentado no banco da praça, sozinho e olhando para as próprias mãos fixamente. Katsuki parou seus passos e respirou fundo recuperando o ar de seus pulmões antes de andar até Izuku e se sentar quietamente do seu lado, o menino parece não ter dado atenção para si, só permaneceu em silêncio olhando para suas mãos. E a quietude permaneceu por um longo tempo até finalmente o sol se por completamente, sando espaço a somente a iluminação das estrelas e a lua.

—Melhor irmos para casa, os tios podem ficar preocupados com você. — o esverdeado se pronunciou pegando sua mochila e a colocando nas costas, mas ao olhar pela primeira vez no rosto do garoto loiro, viu sua expressão distante, seria e constante sobre si, já sabia que não poderia escapar daquela conversa — Você gravou tudo?

Bakugou parecia surpreso, Deku sabia que ele não tinha ido embora quando ele mandou, e parecia calmo sobre isso, tinha a ideia de que o loiro iria ser teimoso até nisso.

—Você percebeu. — o esverdeado afirma com a cabeça e Katsuki abaixa a cabeça olhando para seu próprio colo — Gravei um áudio e tirei fotos com a câmera da sala de artes.

—Okay. — respondeu frigido — O que pretende fazer com essas coisas?

—O que acha que vou fazer? — uma pergunta retórica misturada com um tom de desdém e logo continuou — Vou contar pros nossos pais e denunciar o desgraçado. Ele não vai sair dessa impune.

BNHA - Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora