10. Exame GS

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Inko desde os acontecimentos recentes esteve totalmente abatida, parecia estar sempre pisando em ovos, e sempre perguntando do meu bem estar, coisa que de certa maneira me irritava, eu não queria falar sobre meus sentimentos com minha mãe ou com qualquer pessoa, e ela parecia não ter assuntos comigo desde que aconteceu tudo. Bem, isso era antes do jantar com a família Bakugou e o detetive na semana passada.

De primeira sua cabeça estava a mil por do nada ter tomado a decisão de querer mudar de escola assim que fizesse o exame de gênero secundário. Foi algo repentino, respondi sem pensar, mas sua mãe não parecia incomodada com minha decisão de querer mudar de escola, na verdade ela deu muito apoio, não só ela como a tia e o tio.

Estava pensando muito em minha decisão repentina, mas depois de ouvir sua mãe cantarolando no dia seguinte ao jantar, pensou que talvez ela só estivesse meio solitária antes, o humor só parecia melhor a cada dia, e seus risinhos para o celular só o deixavam mais curioso, e então resolveu finalmente espiar o celular dela de canto de olho enquanto ela saia de perto para olhar o forno.

Chocado.

Ela está batendo papo com o senhor Tanema, e estava risonha, no jantar ele foi o último a ir embora, e ele havia pego no sono. De repente tudo fazia sentido e todas as peças se encaixaram, eles estavam se engraçando um com o outro! Ou talvez eu estivesse exagerando e ela só estava feliz por ter um novo amigo, já que antes ela só tinha a tia. Meu deus quem eu quero enganar, nem eu acredito nisso. Faria sentido, ela é solteira e ele também, eles tem idades próximas, ela 36 e ele 38.

Resolveu perguntar assim que a viu passar pela porta.

—Mamãe, você está saindo com o detetive? — perguntei e ela imediatamente se engasgou, a viu ficar com uma expressão de surpresa e depois embaraçada.

—De onde tirou isso? — ela falou impaciente — É claro que não!

—É porque vocês trocam mensagens e você agora fica rindo para o celular. Eu pensei que-

—Não é porque dois adultos estão conversando e rindo que eles estejam saindo! Eu e ele fizemos amizade, é diferente, nós apreciamos coisas em comum e ele é bem agradável, então simplesmente estamos conversando. — ela falou acelerada, pode a ver ficar levemente envergonhada — É mal educado espiar o celular dos outros, e muito mais a conversa delas.

—Me desculpe, eu só fiquei curioso, é que a senhora parece bem feliz esses dias, então pensei que espiar só dessa vez não ia ser mal. — admitia que meteu essa de inocente para se aproveitar da situação e sair da bronca.

—Tá tudo bem, eu não estou brava. — falou ainda constrangida.

—Tem certeza que não estão saindo?

—Não estamos! Izuku Midoriya! — ela danou e me levantei e saí correndo escada a cima rindo sapeca.

Estava realmente feliz que sua mãe estava bem agora, seus papos voltaram ao normal e com isso não pode deixar de pensar que as coisas poderiam acabar voltando ao normal.

O dia correu normalmente, assim como o resto da semana. Ele foi apresentado de novo em turma pela mesma professora albina da última vez, dessa vez a turma parecia mais quieta e comportada, sem cochichos, sem bullying, sem provocação, os professores também pareciam tranquilos e compreensivos, a professora de matemática, Konako, ainda tentava o testar com novos métodos da sua matéria e de outras também. No fim ele realmente começou a gostar da mulher, ela era a única que continuou agindo normal.

Ele estava decidido a se destacar, se não fosse capaz de fazer isso tendo uma individualidade ou sendo herói, então ele faria isso pela inteligência, se esforçaria mais que todos nós estudos, e ajudaria a sociedade com seu conhecimento, estava determinado a ser inesquecível. Ele sempre foi uma vítima desde que nasceu, seu azar nunca acabava, mas estava realmente cansado dessa vez. Por que ele tinha que passar por essas coisas? Ele era só uma criança!

BNHA - Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora